BRASILEIROS EM AÇÃO
(ARTIGO PUBLICADO NO
CADERNO “SUPER ESPORTES” DO JORNAL “O IMPARCIAL” DE 13/03/2015)
Os
clubes brasileiros entraram em ação na disputa de mais uma Copa Libertadores da
América, uma missão sempre difícil, mas na qual nós temos nos desincumbido
relativamente bem nos últimos anos.
Nos
quinze torneios disputados a partir do ano 2000, os brasileiros abiscoitaram
seis, a mesma quantidade dos argentinos, contra um dos colombianos, um dos
equatorianos e outro dos paraguaios.
Considerando
a disputa desde 1960, quando o torneio teve início, os argentinos têm vinte e
três conquistas contra dezessete do Brasil e quatorze dos demais países juntos.
Nesta edição o
futebol brasileiro está sendo representado por Atlético Mineiro, Corinthians,
Cruzeiro, Internacional e São Paulo (em ordem alfabética, pra não ferir
suscetibilidades), e apesar da sequência dos jogos realizados já mostrar uma
tendência nesta fase de grupos, ainda é cedo para a gente fazer uma previsão
definitiva porque os clubes ainda tem todo o returno pela frente.
No
entanto, é possível fazer uma análise momentânea das possibilidades das equipes
brasileiras, levando em conta o que aconteceu até agora.
Todos
os times mexeram no elenco, alguns mais, outros menos, e o entrosamento entre
os jogadores considerados titulares ainda não é o ideal também por causa da
disputa dos campeonatos regionais, onde os times têm se apresentado mesclado de
reservas.
Mas
o Corinthians está jogando com sobras, e num grupo onde estão o atual campeão –
o argentino San Lorenzo – e o rival caseiro São Paulo, o alvinegro já saiu na
frente com duas vitórias, tendo inclusive batido os argentinos na própria
Buenos Aires.
O
tricolor está no momento disputando a segunda vaga contra o San Lorenzo, mas não
pode perder mais pontos e terá que melhorar muito se quiser seguir adiante. O
outro disputante do grupo é o Danubio, do Uruguai, franco atirador que poderá
aprontar alguma surpresa.
O
Cruzeiro, que foi obrigado a repor muitas peças importantes, está mostrando um
futebol que pelo menos até o momento não estimula a sua torcida a acreditar
numa classificação. Mas sempre resta uma esperança, pois apesar de “não existir
mais bobo no futebol”, seus adversários não são aquilo que se poderia chamar de
poderosos – o mediano argentino Huracán e os quase desconhecidos Universitario
de Sucre, da Bolívia, e Mineros de Guayana, da Venezuela.
Seu
rival mineiro, o Atlético, tem uma missão mais difícil. Com duas derrotas em
dois jogos disputados, o Galo não pode se dar ao luxo de perder mais pontos ou
acabará se distanciando dos dois primeiros colocados e comprometendo de vez a
sua passagem para a próxima fase. Seus adversários são em tese mais difíceis do
que os do rival Cruzeiro – o colombiano Santa Fé, o chileno Colo-Colo e o
mexicano Atlas.
Por
fim, o Internacional parece que está respirando um pouco melhor, pois no
momento divide a liderança contra os equatorianos do Emelec, embora tenha o
Universidad de Chile e o boliviano The Strongest no seu encalço. Todos os
adversários do Colorado são times que tradicionalmente costumam dar muito
trabalho na Copa Libertadores.
Passando
para a fase seguinte, o afunilamento vai começar a apresentar problemas, pois
os argentinos Boca Juniors e Estudiantes, além do chileno Libertad e do
tradicional Racing Club, também da Argentina, devem estar entre os nossos
adversários. Sem esquecer os surpreendentes Wanderers, do Uruguai e Tigres, do
México. E ainda tem o River Plate, correndo por fora.