Está chegando o
carnaval, então vale lembrar que samba-enredo também pode ser poesia. Este aqui
foi composto a quatro mãos, incluindo letra e música, pois eu tenho a parceria
do poeta Nelson “Zurumba” Gengo. O tema a ser explorado era um mundo melhor,
sonho do final dos anos 1970, quando se vaticinava um século 21 como sendo a
apregoada Era de Aquarius, paz e amor. Infelizmente todos estávamos enganados,
mas nossa boa vontade ficou registrada. O samba-enredo foi composto para a
G.R.E.S Pérola Negra, da Vila Madalena, bairro boêmio de São Paulo.
NOVO TEMPO
Um clarão
Ilumina o nosso novo tempo
Apagou
As marcas do passado e do tormento
Ilumina o nosso novo tempo
Apagou
As marcas do passado e do tormento
Até a natureza
se modificou
Quando o homem compreendeu
Que o bem da vida é ser amor
As flores se espalharam pelo campo
As aves coloridas
Nos saudaram com seu canto
Quando o homem compreendeu
Que o bem da vida é ser amor
As flores se espalharam pelo campo
As aves coloridas
Nos saudaram com seu canto
Adeus à guerra
Adeus à dor
Um hino à terra eu vou cantar
Louvando a paz dourada que chegou
Adeus à dor
Um hino à terra eu vou cantar
Louvando a paz dourada que chegou
Bem que dizia o
poeta
Arauto da divina inspiração
A esperança ainda resta
De vivermos uma festa
De mãos dadas como irmãos
Arauto da divina inspiração
A esperança ainda resta
De vivermos uma festa
De mãos dadas como irmãos
Abana o lenço,
quanta magia
Vem festejar
O clarão do novo dia
Vem festejar
O clarão do novo dia
1979