sábado, 6 de fevereiro de 2021

 


AS CORES DO SWING
           (Livro de Augusto Pellegrini)

BANDLEADERS E DISCOGRAFIA


BOB CROSBY (1913-1993) 

Nome completo – George Robert Crosby

Nascimento – Spokane-Washington-EUA

Falecimento – La Jolla-California-EUA

Instrumento – nenhum (cantor)

 

Comentário – Bob Crosby era o irmão mais novo do cantor e ator Bing Crosby. Bob não cantava tão bem quanto Bing, mas era muito carismático e muito mais envolvido com o jazz do que o irmão. No entanto, o fato de ser irmão de um cantor famoso desagradava Bob, que era frequentemente ignorado e mencionado como “o irmão de Bing”. Curiosamente, Bob Crosby se transformou em músico e bandleader sem saber ler partituras nem tocar qualquer instrumento, o que não o impediu de obter um grande e surpreendente sucesso. Ele começou a cantar em 1932 na obscura orquestra de Anson Weeks, progrediu, e chegou a ser vocalista da famosa orquestra de Tommy Dorsey antes de formar em 1935 a sua própria banda de dixieland com músicos saídos da orquestra de Ben Pollack, a qual denominou Bobcats. Com o suporte de músicos de qualidade, como Yank Lawson, Bob Haggart, Ray Bauduc, Eddie Miller, Jess Stacy e Joe Sullivan, a Bob Crosby Bobcats foi pouco a pouco foi impondo um estilo mais parecido com o swing e a orquestra acabou por conseguir um grande sucesso no show business americano. Crosby se cercou de músicos tão importantes, que curiosamente acabou se tornando a pessoa menos famosa da própria orquestra, mas nem por isso menos carismática. Além dos já citados, também passaram por lá os trompetistas Billy Butterfield e Muggsy Spanier e o clarinetista Irving Fazola, entre outros. Em 1935, Bob Crosby começou a investir no cinema, aparecendo no filme “Rhythm On The Roof”. Participou também de “Let’s Make Music” (1940), “The Singing Sheriff” (1944), “Two Tickets To Broadway” (1951) e, finalmente, “The Five Pennies” (1959), onde ele interpretava a biografia do músico Red Nichols. Bob Crosby se manteve musicalmente ativo durante os anos 1930 e 1960.

 

Algumas gravações 

Blue Surreal (Phil Moore)

Fidgety Feet (Eddie Edwards-Nick LaRocca-Henry Ragas-Tony Sbarbaro-Larry Shields)

Girl Of My Dreams (Sonny Clapp)

Happy Times (Bob Crosby)

Hindustan (Oliver Wallace-Harold Weeks)

If I Had You (Ted Shapiro-Jimmy Campbell-Red Connelly)

Muskrat Ramble (Kid Ory-Ray Gilbert)

Over The Rainbow (Harold Arlen-Edgar Ypsel “Yip” Harburg)

South Rampart Street Parade (Bob Crosby-Ray Bauduc-Bob Haggart)

Squeeze Me (Fats Waller-Clarence Williams)

That Da-Da Strain (Edgar Dowell-Mamie Medina)

The Love Nest (Otto Harbach-Walter Hirsch)

Three Little Words (Bert Kalmar-Harry Ruby)

Way Down Yonder In New Orleans (Henry Creamer-Turner Layton)

What’s New? (Johnny Burke-Bob Haggart)

You’re Driving Me Crazy (Walter Donaldson)

You’re The Top (Cole Porter)

 

 


NOVOCABULÁRIO INGLÊS

(Copyright Cambridge) 

(ver tradução após o texto)

 

VACCINE STAMP 

VACCINE STAMP is a mark made in a passport to show that the holder has been vaccinated against the Covid-19 virus. The new “VACCINE STAMPS” would allow tourists to avoid being held up at the borders if the international travel industry starts to pick up in the middle of next year as the pandemic subsides. The stamps are being considered by ministers at Department of Transport as a significant way to boost the tourism and aviation industry by giving a degree of certainty to travelers planning overseas holidays next summer.   

 

 

            “There are rumors that the travelers that have been vaccinated against the Covid-19 virus could have a VACCINE STAMP in their passport to enable them to travel freely.”  

 

            “Could a Covid-19 VACCINE STAMP in passports become a permanent obligation for travelers?”

           

            “VACCINE STAMPS are mooted as proof of inoculation against Covid-19.”

 

           

           

TRADUÇÃO

 

SELO DE VACINA

SELO DE VACINA é uma marca feita no passaporte para mostrar que o seu detentor foi vacinado contra o vírus da Covid-19. Os novos “SELOS DE VACINA” evitará que turistas fiquem retidos nas fronteiras caso a indústria internacional de viagens se recupere em meados do próximo ano quando a pandemia diminuir. Os selos são considerados pelos responsáveis pela área como uma forma significativa de impulsionar a indústria da aviação e do turismo dando a ela um grau de certeza para aqueles que estiverem planejando viajar para outros países nos feriados do próximo verão.   

 

“Há rumores de que os viajantes que foram vacinados contra a Covid-19 poderão ter um SELO DE VACINA no seu passaporte para permitir que eles possam viajar sem restrições”.


“Será que o SELO DE VACINA contra a Covid-19 nos passaportes se tornará uma exigência obrigatória para aqueles que viajam?”


“Discute-se se o SELO DE VACINA seria uma prova de inoculação contra o Covid-19”.

 

 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

 


AS CORES DO SWING
           (Livro de Augusto Pellegrini)

BANDLEADERS E DISCOGRAFIA


BILLY MAY (1916-2004) 

Nome completo – William Edward May, Jr.

Nascimento – Pittsburgh-Pennsylvania-EUA

Falecimento – San Juan Capistrano-California-EUA

Instrumento - trompete

 

Comentário – Ainda muito jovem, Billy May começou a tocar tuba aconselhado pelo médico da família como terapia para curar uma asma crônica. Não demorou muito, ele se curou da asma e trocou a tuba pelo trompete, instrumento muito mais leve e mais prático de se tocar. May iniciou a carreira de trompetista na Gene Olsen’s Polish-American Orchestra em 1933, para depois tocar nas bandas de Al Howard, Lee River e Barron Elliott. Em 1938, Billy ingressou na orquestra de Charlie Barnet, onde ficou até 1942, indo então para a orquestra de Glenn Miller. Mas May não conseguia ficar por muito tempo em um único grupo, e depois de pouco tempo se transferiu para a orquestra de Les Brown. Com o passar do tempo, Billy May percebeu o motivo de tamanha inquietude: o seu talento como arranjador-orquestrador superava em muito as suas qualidades de trompetista – o sucesso alcançado com o arranjo feito para a música “Cherokee”, de Ray Noble, gravada pela orquestra de Charlie Barnet, foi elogiado nacionalmente. Ele começou então a investir na ideia, montando uma orquestra de estúdio. Como arranjador e bandleader, ao longo da sua carreira, May fez inúmeras gravações com a sua orquestra regular e também trabalhou acompanhando cantores famosos. Com as orquestras da NBC e da Capitol, Billy May acompanhou Frank Sinatra, Nat “King” Cole, Peggy Lee, Vic Damone, Bobby Darin, Nancy Wilson, Bing Crosby e Rosemary Clooney, desenhando arranjos especiais para cada tipo de intérprete. Passou depois pela RCA e pelo selo Reprise, gravadora de Sinatra. Seus arranjos privilegiavam tempos rápidos e intervenções intrincadas dos metais, impregnando a música com uma forte cadência que misturava o swing com o estilo shuffle utilizado por Les Elgart e Ray Conniff, marca de autênticas orquestras de dança. Billy May se manteve em atividade como regente-arranjador desde meados dos anos 1940 até o final dos anos 1990.

 

Algumas gravações 

All Of Me (Seymour Simons-Gerald Marks)

Always (Irving Berlin)

Cheek To Cheek (Irving Berlin)

Cocktails For Two (Arthur Johnston-Sam Coslow)

Fat Man Boogie (Billy May)

If I Had You (Ted Shapiro-Reginald Connely-Jimmy Campbell)

Love Is Just Around The Corner (Leo Robin-Lewis Gensler)

Mayhem (Billy May)

Perfidia (Alberto Dominguez)

Say It Isn’t So (Irving Berlin)

The Carioca (Vincent Youmans-Gus Kahn-Edward Eliscu)

The Desert Song (Sigmund Romberg-Oscar Hammerstein II-Otto Harbach)

Unforgettable (Irving Gordon)

When I Take My Sugar To Tea (Sammy Fain-Irving Kahal-Pierre Norman)

Young At Heart (Johnny Richards-Carolyn Leigh)

You’re Driving Me Crazy (Walter Donaldson)

 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

 


A FOLHA E O EQUILIBRISTA

(Augusto Pellegrini)

É outono. As folhas caem
Deixando as árvores nuas
O vento as leva e as espalha
Pelos campos, pelas ruas

Algumas descem do céu
Em uma festa imprevista
Como se debaixo dela
Estivesse um equilibrista

Talvez uma delas desça
Mesmo sem prévio destino
Sobre um cão, bem na cabeça
Incomodando o focinho

O cão desperta do sono
Com a folha sobre a cabeça
Sente o aroma bom do outono
E volta a dormir sua sesta

Fazem parte da paisagem
A árvore, o cão e a praça
Mostrando do outono a imagem
De paz, de leveza e graça

O cão equilibra a folha
Bem na ponta o nariz
Mas o faz por própria escolha
Como um palhaço feliz

Março, 2019

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

 


AS CORES DO SWING
          (Livro de Augusto Pellegrini)

BANDLEADERS E DISCOGRAFIA


BILLY ECKSTINE (1914-1993) 

Nome completo – William Clarence Eckstein

Nascimento – Pittsburgh-Pennsylvania-EUA

Falecimento – Pittsburgh-Pennsylvania-EUA

Instrumento – nenhum (cantor)

 

Comentário – Billy Eckstine foi um dos maiores cantores da sua época. Barítono de raros predicados, ele chegou a rivalizar com Frank Sinatra durante os anos 1950. Chamado de Mr.B. pelos fãs, Eckstine também era conhecido como “a cópia de Sinatra”, apesar de possuir um estilo mais voltado para a balada romântica ou para o scat-jazz do que para o jeito malandro de Frank. Cantando desde os sete anos de idade e participando de muitos shows de talentos, Eckstein, como era grafado o seu nome de batismo, cresceu dentro da música. Ele se profissionalizou após vencer um concurso de calouros em 1934, e então resolveu ir para Chicago a fim de trabalhar como cantor freelancer. Foi quando o dono de um night club fez com que ele mudasse a grafia do seu nome de Eckstein para Eckstine (apesar de a pronúncia ser a mesma) para “evitar uma conotação judaica”. Eckstine obteve total reconhecimento da crítica e dos músicos, o que culminou com a sua contratação em 1939 por Earl “Fatha” Hines para ser o crooner de baladas na sua Grand Terrace Orchestra. Eckstine também se tornou famoso na história do jazz pela big band que comandou, embora por apenas um breve tempo. Foi em 1943 que Billy Eckstine formou a sua própria orquestra, onde ele evidentemente era o crooner, acompanhado por músicos importantes como Dizzy Gillespie, Charlie Parker, Dexter Gordon, Fats Navarro e Art Blakey, e contava com a participação da cantora Sarah Vaughan. Sua orquestra é considerada uma das primeiras big bands de bebop, e foi um sucesso absoluto até 1947, quando ele decidiu sair do comando, passando o bastão para Dizzy Gillespie. Eckstine continuou cantando baladas junto com outros astros do jazz, até realizar a sua última gravação em 1986. Sua atividade como músico de jazz durou quase cinquenta anos, mas como bandleader ele durou apenas cinco.

 

Algumas gravações 

All Of Me (Seymour Simons-Gerald Marks)

Blowing The Blues Away (Billy Eckstine-Gerald Valentine)

Cool Breeze (Tadd Dameron-Billy Eckstine-Dizzy Gillespie)

Good Jelly Blues (Billy Eckstine-Earl Hines)

I’m In The Mood For Love (Jimmy McHugh-Dorothy Fields)

I Only Have Eyes For You (Al Dubin-Harry Warren)

In The Still Of The Night (Cole Porter)

Prelude To A Kiss (Irving Mills-Duke Ellington-Irving Gordon)

Prisoner Of Love (Leo Robin-Russ Columbo-Clarence Gaskill)

Rhythm In A Riff (Billy Eckstine)

Second Balcony Jump (Billy Eckstine-Gerald Valentine)

Tell Me, Pretty Baby (Billy Eckstine-Al Outcalt-Gerald Valentine)

What’s New? (Johnny Burke-Bobby Haggart)

Without A Song (Vincent Youmans-Edward Eliscu-Billy Rose)

You’re My Everything (Harry Warren-Joe Young-Mort Dixon)

 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

 


SINOPSE DO PROGRAMA SEXTA JAZZ DE 05/10/2018
RÁDIO UNIVERSIDADE FM - 106,9 Mhz
São Luís-MA

A IMORTAL BILLIE HOLIDAY

Billie Holiday é uma das mais emblemáticas cantoras de jazz e uma das favoritas do público e da crítica. Sua interpretação, sempre impregnada de uma forte emoção, é uma mistura de romance e sofrimento, com uma pitada de malícia. Dona de uma extensão vocal não muito extensa, ela usa esta limitação para recriar linhas melódicas fantásticas, colocando em cada música cantada a sua marca registrada. O ouvinte terá a oportunidade de ouvir nesta sexta-feira uma compilação de alguns dos seus maiores sucessos gravados entre 1936 e 1958 ao lado de alguns músicos que a acompanharam durante boa parte da sua carreira, como Lester Young, Teddy Wilson, Ben Webster, Roy Eldridge e outros. No repertório, "Georgia On My Mind", "Summertime", "All Of Me", "Love Me Or Leave Me", "I Cried For You" e outros standards que marcaram a sua presença na música americana e mundial.

 

Sexta Jazz, nesta sexta, oito da noite, produção e apresentação de Augusto Pellegrini

                                                                                                                                    

 

domingo, 31 de janeiro de 2021

 


AS CORES DO SWING
           (Livro de Augusto Pellegrini)

BANDLEADERS E DISCOGRAFIA


BILL HOLMAN (1927-       ) 

Nome completo – Willis Leonard Holman

Nascimento – Olive-Califórnia-EUA

Instrumento – clarinete e sax-tenor

 

Comentário – Bill Holman aprendeu a tocar clarinete e sax-tenor quando ainda frequentava a escola de segundo grau, ocasião em que chegou a comandar uma pequena banda formada pelos colegas estudantes. Mesmo assim, foi apenas alguns anos mais tarde, depois de servir na Marinha e de se formar em Engenharia, que ele decidiu investir o seu futuro na música. Assim, no final dos anos 1940, ele resolveu estudar música no Westlake College of Music de Los Angeles e se aperfeiçoar em composição com os professores Russ Garcia e Lloyd Reese. Em 1949, Holman tocou na banda de Ike Carpenter, e em 1951 foi contratado por Charlie Barnet para escrever arranjos. Em 1952 ele já trabalhava com Stan Kenton, com quem ficou por diversos anos, até que se interessou pelo movimento west coast jazz e foi para a Califórnia para trabalhar com os músicos representativos do estilo, como o trompetista Shorty Rogers e o baterista Shelly Manne. Entre 1954 e 1960, Bill Holman dirigiu as orquestras das gravadoras Capitol, Coral, Andex e Hi-Fi. Em 1958, liderou um quinteto com Mel Lewis. Durante os anos 1960 Holman contribuiu como arranjador para diversos músicos, tais como Count Basie, Louis Bellson, Terry Gibbs, Woody Herman, Buddy Rich, Gerry Mulligan e também para os cantores Anita O’Day, Sarah Vaughan, June Christie e o conjunto pop Fifth Dimension.  Em 1991 ele fez o arranjo para o best-selling Unforgettable, gravado pela cantora Natalie Cole. Por incrível que possa parecer, com toda esta intensidade musical, foi apenas em 1975 que Holman montou a sua própria banda, chamada simplesmente The Bill Holman Band. A orquestra gravou três álbuns para a JVC em ocasiões muito espaçadas – “The Bill Holman Band” em 1988, “A View From The Side” em 1995 e “Brilliant Corners: The Music Of Thelonious Monk” em 1997, embora tenha gravado outros álbuns dirigindo outros grupos orquestrais, como por exemplo big bands da Noruega e da Holanda. Na sua formação, Holman contava com solistas da estirpe de Phil Woods, Sam Nestico e Lee Konitz. Desde 1980, Holman tem trabalhado ativamente na Europa, escrevendo arranjos para a West German Orchestra de Colônia e para a Metropole Orchestra na Holanda. Bill Holman continua em atividade, mesmo com 93 anos, escrevendo arranjos e orientando orquestras, tendo a seu credito quase sessenta anos de serviços prestados à música.

 

Algumas gravações 

Airegin (Sonny Rollins)

Blues For Alfie (Bill Holman)

Come Rain Or Come Shine (Harold Arlen-Johnny Mercer)

Flirt (Bill Holman)

In A Sentimental Mood (Duke Ellington-Irving Mills-Manny Kurtz)

June Is Bustin’ Out All Over (Richard Rodgers-Oscar Hammerstein II)

Just Friends (Sam M.Lewis-John Klenner)

Lush Life (Billy Strayhorn)

Ol’ Man River (Jerome Kern-Oscar Hammerstein II)

Plain Brown Paper (Bill Holman)

Speak Low (Kurt Weill-Ogden Nash)

Swee’pea (Bill Holman)

Ticker (Bill Holman)

Told You So (Bill Holman)

Tree Frog (Bill Holman)

The Git (Bill Holman)