sábado, 8 de maio de 2021

 


AS CORES DO SWING
           (Livro de Augusto Pellegrini)

BANDLEADERS E DISCOGRAFIA


LES BROWN (1912-2001) 

Nome completo – Lester Raymond Brown

Nascimento – Reinerton-Pennsylvania-EUA

Falecimento – Los Angeles-California-EUA

Instrumento – sax-alto e clarinete

 

Comentário – Embora sendo filho de um trombonista, Les Brown aprendeu a tocar o sax-alto antes de completar dez anos de idade. Ele cresceu ouvindo as grandes orquestras, em especial a Casa Loma, da qual sofreu uma grande influência. Estudou teoria musical, harmonia e composição no Conservatório Musical de Ithaca e aos vinte e quatro anos ingressou na Universidade de Duke onde se juntou à banda da instituição, chamada Duke Blue Devils, com a qual chegou a realizar algumas gravações. Logo depois, Brown teve a oportunidade de ingressar na orquestra de Jimmy Dorsey, passando depois pelas orquestras de Isham Jones e Larry Clinton. Em 1938, não satisfeito em ser apenas um coadjuvante, Brown montou seu primeiro grupo e a partir daí acabou se firmando como um dos bandleaders mais qualificados, responsável por uma orquestra de alta classe que apresentou o seu trabalho para o público amante da boa música durante os sessenta anos seguintes. Sem falsa modéstia, e buscando um nome que tivesse uma sonoridade rimada, ele batizou a sua orquestra com o nome de “Les Brown and the Band of Renown” (Les Brown e a Banda de Renome). Sua música não continha arranjos inovadores, mas era bastante agradável de ouvir e sempre sugeria a dança. Em 1940 Brown resolveu renovar nos arranjos e permitir aos solistas a execução de longos improvisos. Como sua primeira crooner, Les Brown contratou a notável cantora Doris Day. Em 1947, ele começou a investir em Hollywood, o que lhe valeu uma longa parceria com o ator e humorista Bob Hope, com o qual fez diversas turnês. Sua orquestra acompanhou alguns dos maiores cantores dos Estados Unidos, como Doris Day, Frank Sinatra, Nat “King” Cole, Dean Martin, Julie London, June Christie, Jo Ann Greer e Ella Fitzgerald. Pouco antes de morrer, aos oitenta e oito anos, Les Brown ainda participou de uma excursão com sua banda, que continua em atividade agora nas mãos do seu filho, Les Brown Jr. Como músico e bandleader, Les Brown se manteve em atividade desde os anos 1930 até o início do século vinte e um.

 

Algumas gravações 

Back In Your Own Backyard (Al Jolson-Dave Dreyer-Billy Rose)

I’ve Got My Love To Keep Me Warm (Irving Berlin)

It’s All Right With Me (Cole Porter)

Joltin’ Joe DiMaggio (Alan Courtney-Ben Homer)

On The Alamo (Isham Jones-Gus Kahn)

Leap Frog (Leo Corday-Joe Garland)

Lover (Richard Rodgers-Lawrence Hart)

Midnight Sun (Lionel Hampton-Sonny Burke-Johnny Mercer)

Moonlight In Vermont (John Blackburn-Karl Suessdorf)

Nothin’ (Sid Kuller-Ray Golden-Hal Borne)

Red Sails In The Sunset (Jimmy Kennedy-Hugh Williams)

Sentimental Journey (Les Brown-Bud Green-Ben Homer)

Shine On Harvest Moon (Nora Bayes Norworth-Jack Norworth)

Stormy Weather (Harold Arlen-Ted Koehler)

That Old Black Magic (Harold Arlen-Johnny Mercer)

Why Shouldn’t I? (Cole Porter)

 

 

sexta-feira, 7 de maio de 2021

 


SINOPSE DO PROGRAMA SEXTA JAZZ DE 22/06/2018
RÁDIO UNIVERSIDADE FM 106.9 Mhz
São Luís-MA

THE MARK LOTZ QUARTET

Produto de uma incrível diversidade cultural, Mark Alban Lotz tem o que se pode chamar "uma história de vida", produzindo um estilo que representa uma ponte entre o jazz convencional e a música contemporânea. De nacionalidade alemã, embora nascido na Tailândia, ele viajou muitas terras e muitas tradições espalhadas por lugares aparentemente mais desencontrados, como Uganda, Holanda, Alemanha e Índia, onde aprendeu a tocar diversos instrumentos relacionados com a flauta, como a própria flauta em todas as suas extensões, o piccolo, a flauta de bambu indiana e a flauta como instrumento eletrônico. Aos 63 anos, ele não se considera um músico de jazz, embora sempre faça incursões neste campo, como neste álbum gravado com quarteto em 1993 e 1999 chamado Blue Moods, onde ele mostra a toda a sua diversidade interpretando clássicos da música americana ("Indian Summer", "Pyramid") intercalados com clássicos da música brasileira ("Mas Que Nada","Você", "Folhas Secas").  

 Sexta Jazz, nesta sexta, oito da noite, produção e apresentação de Augusto Pellegrini

                                                                                                                                    

 

 

 

 

 


AS CORES DO SWING

(Livro de Augusto Pellegrini)

BANDLEADERS E DISCOGRAFIA


LARRY CLINTON (1909-1985) 

Nome completo – Larry Clinton

Nascimento – Nova York-New York-EUA

Falecimento – Tucson-Arizona-EUA

Instrumento – trompete, trombone e clarinete

 

Comentário – Larry Clinton foi um competente maestro, compositor e arranjador que participou do cenário do swing e da música de dança durante os anos 1930. Clinton começou a sua carreira como arranjador e trompetista da orquestra de Ferde Grofé em 1932. Quando saiu da orquestra de Grofé, Clinton passou a escrever arranjos para Tommy Dorsey e a trabalhar como freelancer para diversos outros maestros. Durante um certo tempo a partir de 1935, Clinton comandou a Casa Loma Orchestra. Seu primeiro reconhecimento público foi quando ele fez o arranjo da música “The Dipsy Doodle”, interpretada pela orquestra de Dorsey. A partir de então, por causa da música, ele foi apelidado de “The Old Dipsy Doodler” (“o velho pateta bêbado”), nada lisonjeiro, diga-se de passagem. Suas primeiras gravações em 1937 revelaram uma excelente cantora, chamada Bea Wain, no tempo em ele costumava executar canções de jazz romântico. Com o passar do tempo, Clinton passou a exercitar outra das suas especialidades, a de jazzificar músicas de compositores eruditos, como Piotr Ilitch Tchaikovski, Friedrich Von Flotow e outros. Suas adaptações e arranjos feitos para “Reverie”, de Claude Debussy, e “I Dreamt That I Dwelt In Marble Halls”, de Michael Balfe, são estupendos. Larry Clinton montou uma sofisticada orquestra de danças para a qual compôs músicas estranhas, muitas das quais voltadas para o sobrenatural e para o satanismo. São exemplos dessas peças “Midnight In The Madhouse” (“Meia-Noite No Hospício”), “Shades Of Hades” (“Sombras Do Inferno”), “Night Shades” (“Sombras Da Noite”), “The Devil With The Devil” (“O Inferno Com O Demônio!”), “Satan In Satin (“Satã Vestido De Cetim”) e  “Study In Surrealism” (“Estudo Em Surrealismo”). Clinton realizou excelentes gravações com deversas cantoras, como a citada Bea Wain, a então jovem Ella Fitzgerald, Helen Forrest, Peggy Mann e Nan Wynn. Em 1941, ele desfez a orquestra e se alistou na Força Aérea como piloto, serviu com distinção e foi condecorado por mérito. Ao voltar da guerra, Clinton percebeu que o período das dance-bands estava no fim e resolveu não retomar a orquestra para apresentações, trabalhando apenas como orquestrador. Em 1961, Clinton se aposentou da música e se dedicou à atividade de escritor de ficção. Sua orquestra sempre foi bastante elogiada pelo sentido de modernidade que ele imprimiu ao swing, apesar de ter permanecido em evidência por pouco mais de uma década.

 

Algumas gravações 

Always And Always (Robert C.Wright-George Forrest-Edwin Ward)

I Dreamt I Dwelt In Marble Halls (Larry Clinton-Michael Balfe)

I’ve Got My Heart Set On You (Mack Gordon-Harry Revel)

Love Is Here To Stay (George Gershwin-Ira Gershwin)

Martha (Ach, So Fromm) (Ah, So Pure) (Friedrich Von Flotow)

Midnight In The Madhouse (Larry Clinton)

Milenburg Joys (Jelly Roll Morton-Paul Mares-Leon Roppolo)

My Heart Belongs To Daddy (Cole Porter)

My Reverie (Larry Clinton-Claude Debussy)

Night Shades (Larry Clinton)

Over The Rainbow (Harold Arlen-Edgar Y.”Yip” Harburg)

Shades Of Hades (Larry Clinton)

Study In Blue (Larry Clinton)

The Big Deeper (Larry Clinton-Frances Day Colgems)

The Dipsy Doodle (Larry Clinton)

The Jitterbug (Harold Arlen-Edgar Y.”Yip” Harburg)

You Took Advantage Of Me (Richard Rodgers-Lorenz Hart)

 

 


CORES

(Augusto Pellegrini)

Depois de passados muitos anos
Quando uma mulher fizer a revisão da sua vida
Ela pode dizer com certeza
Que foi amada em diferentes matizes
Cabendo a ela identificar quem foram os pintores
Que deixaram as marcas coloridas na sua pele

Ela foi amada em azul-claro e em cor-de-rosa
Em ouro, prata, lilás, turquesa
Mas também em um rubro vivo
Que ficou mais rubro e mais vivo com o passar do tempo
Cabendo também a ela identificar quem foi esse pintor especial
Que tingiu não só a sua pele, mas também toda a sua alma

Mesmo que com os anos apareçam amores alaranjados
Levemente avermelhados ou até brancos como a pureza do lírio
Nada jamais suplantará aquele rubro vivo
Que pode não ter marcado de rubro a sua vida
Mas que, com certeza, marcou a vida do pintor

 

 


NOVOCABULÁRIO INGLÊS

(Copyright FluentU) 

(ver tradução após o texto)

 

CURMUDGEON

 

Are you trying to find just the right word for someone who’s very bad-tempered and grumpy? “CURMUDGEON” must be the just the word that you’re looking for! Dating back from at least the 16th century, this word has been used for a long time and probably came from a place that’s currently Holland, originated from “cur” (mongrel dog).  The word is used for crusty, ill-tempered, often elderly people.


             “I don’t like our History teacher – he is a real CURMUDGEON!”

           “My neighbor is an old CURMUDGEON who keeps the soccer balls that accidentally come into his yard…”

 

            “Try to have some fun, pal, don’t be such a CURMUDGEON!!”

 

 

            

            TRADUÇÃO

 

MAL-HUMORADO

Você está tentando encontrar a palavra exata em inglês para alguém rabugento e mal-humorado?  A palavra que você está procurando deve ser “CURMUDGEON. Essa palavra, que é usada desde o século 16, veio provavelmente de um lugar onde atualmente é a Holanda, derivada de “CUR” (cachorro vira-lata). Ela é utilizada para definir pessoas mesquinhas, impertinentes e difíceis de trato, especialmente as mais idosas.  

            “Eu não gosto do nosso professor de História – ele é um sujeito INTRATÁVEL”.

“Meu vizinho é um velho MAL-HUMORADO que não devolve as bolas de futebol que acidentalmente caem no seu quintal”.

“Tente se divertir, cara, não seja um ESTRAGA-PRAZER!”

 

terça-feira, 4 de maio de 2021

 


             AS CORES DO SWING
 (Livro de Augusto Pellegrini)

            BANDLEADERS E DISCOGRAFIA  


LALO SCHIFRIN (1932-       ) 

Nome completo – Boris Claudio Schifrin

Nascimento – Buenos Aires – Argentina

Instrumento – piano

 

 

Comentário – Filho de um violinista que liderou durante trinta anos a seção de violinos da orquestra do Teatro Colón, Lalo Schifrin começou a estudar piano com Enrique Baremboim quando tinha seis anos de idade. Com o objetivo de prosseguir na música erudita, aos dezesseis anos ele teve como professor o ex-diretor do Conservatório de Kiev, Andreas Karalis. Aos vinte anos, enquanto cursava o Conservatório de Paris sob as ordens do professor Olivier Messiaen ele teve seus primeiros contatos com o jazz e começou tocar em casas noturnas da Cidade Luz. Em 1955 Lalo participou de Festival Internacional de Jazz de Paris junto com Astor Piazzolla. Em 1956, Schifrin conheceu Dizzy Gillespie, para o qual compôs uma série de músicas de big band, destacando-se os álbuns “Gillespiana” e “New Continent”. Ainda nessa época ele trabalhou como arranjador da orquestra de Xavier Cugat. Entre 1962 e 1982, Schifrin produziu e gravou doze trabalhos jazzísticos, entre eles uma obra-prima do jazz-barroco chamada “The Dissection And Reconstruction Of Music From The Past As Performed By The Inmates Of Lalo Schifrin’s Demented Ensemble As A Tribute To The Memory Of The Marquis De Sade”, sem dúvida o título mais longo jamais escrito para um álbum de jazz. Dada a sua origem latina, Lalo Schifrin não teve vivência com o blues nem com o ambiente da criação do jazz, e isto explica a profunda influência da música erudita nas suas obras. Ele acabou por se especializar em trilhas sonoras para filmes e seriados como “Bullitt”, “Dirty Harry”, “Mission Impossible” e outras, totalizando ao longo da sua carreira a impressionante marca de setenta e oito “scores” para cinema e doze para televisão, até o momento. Aos oitenta e oito anos, Lalo Schifrin continua produzindo música, depois de ganhar quatro prêmios Grammy e de ter seu nome registrado na Calçada da Fama de Hollywood.

 

Algumas gravações 

Aria (Lalo Schifrin)

Bullitt (Lalo Schifrin)

But Not For Me (George Gershwin)

Gillespiana (Lalo Schifrin)

Insensatez (Antonio Carlos Jobim-Vinicius de Morais)

It’s Alright With Me (Cole Porter)

Just One Of Those Things (Cole Porter)

La Nevada (Lalo Schifrin)

Marquis de Sade (Lalo Schifrin)

Old Laces (Lalo Schifrin)

Renaissance (Lalo Schifrin)

Secret Code (Lalo Schifrin)

The Gentle Earthquake (Lalo Schifrin)

The Blues (Lalo Schifrin)

The Wig (Lalo Schifrin)

Versailles Promenade (Lalo Schifrin)