sábado, 22 de julho de 2017




AINDA SOBRE O FAIR PLAY

Este parece um assunto que não tem fim, assim como não tem fim a capacidade do ser  humano em manipular situações para levar vantagens.
As modalidades esportivas foram criadas para equilibrar a saúde, melhorar a aptidão física e proporcionar entretenimento, e as práticas coletivas acabaram motivando também a competitividade.
Foi aí então que a busca da harmonia corporal começou a sofrer as influências dos Jogos Romanos, onde se misturava religião com recreação, arte e muita pancada.
O futebol moderno nasceu de uma discordância sobre o que deveria ser tolerado no rugby na Inglaterra do fim do século 19, já que o esporte permitia ponta-pés, agarrões e rasteiras, o que o tornava muito violento. Foi quando surgiu o futebol, que restringia as jogadas mais ríspidase truculentas, enquanto o rugby prosseguiu com as suas regras, hoje mais civilizadas, mas ainda admitindo um contato físico acima do razoável.
As regras do futebol dá ao árbitro e aos jogadores uma noção de respeito à integridade física dos participantes, e o árbitro dá a cada lance a sua visão interpretativa mandando prosseguir a jogada ou a interrompendo com a marcação de faltas e a aplicação de outras sanções.
A forma de disputa pela bola, que mescla técnica e aplicação tática com disposição física, traz normalmente problemas de contusões, muitas vezes não intencionais.
Este quadro levou o esporte a se utilizar de uma outra regra, consensual mas não escrita, que prega que quando um jogador se machuca por causa do lance disputado, o adversário abre mão de continuar jogando e geralmente coloca a bola para fora para que o atleta machucado seja atendido.
A isso se deu o nome de "fair play" - "jogo leal" numa tradução literal.
Infelizmente a mentalidade atual, mercantilista e personalista, faz de cada jogo uma verdadeira guerra onde é preciso vencer a qualquer custo, sob a pena de - no acúmulo de derrotas - rolarem cabeças de técnicos, jogadores serem dispensados e diretorias terem que tomar providências no sentido de acalmar a turba insana na qual se transforma a massa de torcedores.
Estes ingredientes, acrescidos da natural falta de caráter do ser humano, levou à degradação do "fair play", pois durante a disputa muitos jogadores usam da sua conveniência para dele se beneficiar. 
Assim, sem motivo aparente que não seja o de ganhar tempo e "esfriar" o jogo, os jogadores desabam no gramado, e mesmo quando o adversário não concorda em usar do "fair play" para o atendimento do atleta, o próprio árbitro paralisa a jogada para que o atleta seja atendido.    
Então, o milagre se opera: o mesmo jogador que rolava no gramado denunciando dores atrozes e foi colocado numa maca para ser atendido fora do campo, tão logo sai do campo de jogo se levanta lépido e ágil pedindo autorização para retornar. Aleluia!
E o árbitro, esse banana, ao invés de lhe pespegar um cartão amarelo (ou vermelho, se for o caso), simplesmente se torna cúmplice da pantomima e manda seguir o jogo.
E coitado do jogador que vê um adversário caído e fingindo contusão e não coloca a bola para fira a fim de propiciar o "atendimento" do artista. Esse sim é passível de levar um cartão amarelo na cara além de sofrer acusações e ameaças por parte dos adversários, numa absoluta inversão de valores. 
O mesmo raciocínio com respeito à falta de respeito pelo adversário, pelo público e pelo esporte se dá quando o jogador retarda que a bola seja colocada em jogo com a absoluta complacência dos árbitros que muitas vezes sequer adicionam ao final da partida o tempo perdido com a malandragem havida.
 
 
 

sexta-feira, 21 de julho de 2017




SINOPSE DO PROGRAMA SEXTA JAZZ DE 23/01/2015
RÁDIO UNIVERSIDADE FM 106,9 Mhz
São Luís-MA

GEORGE BENSON

George Benson é um dos mais completos guitarristas populares do mundo. Ele passeia pelo jazz, desde o clássico até o smooth, viaja pelo R&B e pelo fusion e decididamente faz parte de um time seleto de músicos que vão do funk ao soul com a mesma categoria e sensibilidade. Além de tocar guitarra, George Benson é também um excelente cantor na linha do funk e do soul, embora também interprete os standards da música americana com a mesma perfeição. Atualmente com 71 anos, Benson começou a tocar ukelelê a quando tinha 10, ocasião em que fez a sua primeira gravação.  Começou profissionalmente aos 20 anos e bebe na fonte de guitarristas como Charlie Christian e Wes Montgomery e de jazzistas como Charlie Parker e Horace Silver. George Benson é figura obrigatória para quem tem bom gosto e aprecia música de qualidade.  


Sexta Jazz, nesta sexta, oito da noite, produção e apresentação de Augusto Pellegrini

segunda-feira, 17 de julho de 2017




ALEGRE DESPEDIDA

Nem mesmo foi preciso que você falasse
Havia um pressentimento dentro de mim
Há muito, na expressão de sua face
Senti que o nosso amor ia chegando ao fim

Hoje, para encontrá-la eu quase não vim
Pois tinha tanto medo desse desenlace
Mas tudo terminou, e foi melhor assim
Também para você que terminasse

Nosso amor não durou mais do que um dia
Uma flor que morreu quando desabrochou
Um perfume que ao surgir desvanecia
Morreu como um pôr do sol que perdeu a cor

Agora, pra terminar com esta incerteza
Brindemos, nesta alegre despedida
A natureza é assim, escreve certo
Nas linhas tortuosas desta vida

(1978)