sábado, 22 de maio de 2021

 


AS CORES DO SWING
           (Livro de Augusto Pellegrini)

BANDLEADERS E DISCOGRAFIA


LUCKY MILLINDER (1910-1966) 

Nome completo – Lucius Venable Millinder

Nascimento – Anniston-Alabama-EUA

Falecimento – Nova York-New York-EUA

Instrumento – nenhum (vocal)

 

Comentário – Lucky Millinder era um homem de sorte, como seu próprio nome “Lucky” (sortudo) indica. Nascido num lugarejo sem grandes perspectivas, ele se mudou para Chicago ainda criança, e lá conseguiu desenvolver algumas aptidões artísticas e adquirir uma larga experiência de palco, vindo a se transformar em pouco tempo num bandleader de renome, mesmo sem possuir qualquer formação musical. Millinder começou a trabalhar nos clubes, salões e teatros da cidade no final dos anos 1920 como dançarino e mestre de cerimônias sob seu verdadeiro nome – Lucius Venable. Dono de uma voz agradável, Venable foi incentivado a trabalhar como entertainer e crooner de orquestra, sendo logo indicado para cantar e comandar uma orquestra chamada Mills Blue Rhythm Band, grupo que congregava os músicos Charlie Shavers, Henry “Red” Allen, J.J.Higginbotham, Harry “Sweets” Edison, e a cantora-guitarrista Rosetta Tharpe (com a qual Millinder gravaria seu sucesso “Trouble In Mind” anos depois, em 1941). Em 1938 Lucky Millinder se juntou ao grupo do pianista Bill Doggett com quem permaneceu até meados de 1940, quando finalmente se colocou à frente de uma orquestra com o seu próprio nome – a Lucky Millinder Orchestra.  A orquestra tocou durante muitos anos no Savoy Ballroom, na época um dos clubes noturnos mais tradicionais de Nova York, casa que havia abrigado Fletcher Henderson, Cab Calloway, Jimmie Lunceford e outros gigantes, com os quais Milllinder pode enfim ser comparado. Gravou diversos discos entre 1940 e 1952, modificando pouco a pouco o estilo da sua orquestra para finalmente, já no final da carreira, dedicar-se em definitivo ao rhythm & blues. Depois disso, Millinder se aposentou da função de bandleader para trabalhar como disc-jóquei e representante de vendas de bebidas. Mesmo sem ser um músico de formação, Millinder compôs diversas músicas, especialmente no estilo rhythm & blues, e se manteve na ativa como bandleader desde os anos 1930 até os anos 1950.

 

Algumas gravações 

Apolo Jump (Lucky Millinder-Ernest Purce-Prince Robinson)

Awful Natural (Lucky Millinder)

Big Fat Mama (Lucky Millinder-Stafford Simon)

Clap Your Hands (Henry Glover-Sally Nix)                                 

Heavy Sugar (Lucky Millinder-Henry Glover)

I’ll Never Be Free (Bennie Benjamin-George David Weiss)

It’s Been A Long, Long Time (Henry Glover-Sally Nix)

Let Me Off Uptown (Earl Bostic-Redd Evans)

Little John Special (Lucky Millinder)

Moaning The Blues (Lucky Millinder-Henry Glover)

Mr.Trumpet Man (Jimmy Mundy- Henry Glover-Sally Nix)

Night Train (Jimmy Forrest-Lewis Simpkins-Oscar Washington)

Oh Babe! (Louis Prima-Milt Kabak)

Savoy (Bill Doggett-Lucky Millinder)

Sweet Slumbers (Lucky Millinder-Al J.Neiburg-William H.Woode)

Trouble In Mind (Richard M.Jones)

When I Gave You My Love (Lucky Millinder-Henry Glover)

quinta-feira, 20 de maio de 2021

 


AS CORES DO SWING
           (Livro de Augusto Pellegrini)

BANDLEADERS ED DISCOGRAFIA


LOUIS JORDAN (1908-1975) 

Nome completo – Louis Thomas Jordan

Nascimento – Brinkley-Arkansas-EUA

Falecimento – Los Angeles-California-EUA

Instrumento – saxofone e vocal

 

Comentário – Louis Jordan foi líder de uma big band apenas por um breve período de tempo, pois durante boa parte da sua vida artística ele conduziu combos menores de seis a nove elementos. Seu pai, um bandleader chamado Jim Jordan, o estimulou a tocar clarinete logo aos sete anos, e a partir daí ele evoluiu pra todos os tipos de saxofones. Jordan passou parte da sua juventude acompanhando um grupo itinerante de variedades chamado Rabbit Foot Minstrels por algumas cidades de Arkansas. Depois, começou a estudar música e se graduou no Colégio Batista de Little Rock, tendo iniciado a sua vida profissional em 1930 com os grupos de Charlie Gaines e Jim Winter. Em 1932 sua família se mudou para Philadelphia, onde ele conheceu o pianista Clarence Williams e passou a tocar com ele. Em 1936, Louis Jordan ingressou na orquestra de Chick Webb, onde ficou até 1938, naquele que foi talvez o mais importante período da sua vida em termos de aprendizado. Lá, além de tocar saxofone ele aprimorou a sua qualidade como cantor, o que lhe permitiu sair em 1939 para formar o seu primeiro combo, que ele denominou “Louis Jordan And His Tympany Five”. O seu Timpany Five ficou muito famoso durante cerca de dez anos, de 1942 até 1951, ocasião em que liderou a venda de discos da gravadora Decca na categoria rhythm & blues e influenciou decisivamente na formação de bandas de rock and roll que continham saxofone no seu lineup. Baseado no trabalho de Louis Jordan, o maestro e arranjador Quincy Jones elaborou em 1956 um álbum de rhythm & blues para a gravadora Mercury voltado para o rock and roll, e Ray Charles considera o trabalho de Jordan fundamental para a inclusão das estruturas de jazz e do rhythm & blues na soul music. Louis Jordan foi o homem que manteve acesa a chama do rhythm & blues dentro do jazz, e acabou sendo uma espécie de ponte entre a era das big bands e o blues rítmico do final do século vinte. Ele se manteve ativo desde os anos 1930 até 1974, quando sofreu um enfarte em pleno palco numa apresentação em Nevada, vindo a morrer um ano depois.

 

Algumas gravações 

All Of Me (Seymour Simons-Gerald Marks)

Beware (Brother, Beware) (Fleecie Moore-Morry Lasco-Dick Adams)

Blue Light Boogie (Jessie Mae Robinson)

Buzz Me Baby (Dave Dexter Jr.-Fleecie Moore)

Caldonia (Fleecie Moore)

Don’t Worry ‘Bout Me (Ruby Bloom-Ted Koehler)

Fat Sam From Birmingham (J.Mayo Williams-Bob Astor)

G.I.Jive (Johnny Mercer)

Hungry Man (Bobby Troup)

I Can’t Give You Anything But Love, Baby (Jimmy McHugh-Dorothy Fields)

Lemonade (Wardell Gray-Louis Jordan)

Let The Good Times Roll (Fleecie Moore-Sam Theard)

On The Sunny Side Of The Street (Jimmy McHugh-Dorothy Fields)

Potatoe Pie (Frank Paparelli-Raymond Leveen-Lorenzo Pack)

Run Joe (Louis Jordan-Joe Willoughby-Walter Merrick)

Saturday Night Fish Fry (Louis Jordan-Ellis Welsh)

You Rascal You (Sam Theard)

terça-feira, 18 de maio de 2021

 


AS CORES DO SWING
           (Livro de Augusto Pellegrini)

BANDLEADERS E DISCOGRAFIA


LOUIS ARMSTRONG (1901-1971) 

Nome completo – Louis Daniel Armstrong

Nascimento – Nova Orleans-Louisiana-EUA

Falecimento – Nova York-New York-EUA

Instrumento – trompete e vocal

 

Comentário – Louis Armstrong é considerado pelos críticos e pelos músicos como um gênio que reformulou a linguagem do jazz. Em termos de jazz, ele teria sido o Bach, o Dante e o Shakespeare da música norte-americana. Sua inventividade, interpretação e brilho ainda hoje influenciam os músicos de jazz, e não apenas os trompetistas. Armstrong teve uma infância pobre e atribulada, e aprendeu a tocar corneta quando estava internado em um reformatório para recuperação de delinquentes juvenis. Aos dezesseis anos ele tocava em cabarés de Nova Orleans quando foi convidado pelo afamado King Oliver para participar da sua banda, e foi com Oliver para Chicago. Em 1919 Louis se mudou para a banda de Fate Marable, onde ficou até 1921, após o que retornou para a orquestra de Oliver, na época a Creole Jazz Band, onde gravou seus primeiros discos e se casou com a pianista do grupo, Lilian “Lil” Hardin. Por insistência de Hardin, Louis se transferiu em 1924 para a orquestra de Fletcher Henderson, mas ficou lá apenas um ano. Depois, tocou na banda Dreamland Syncopators, também por influência da esposa. Em 1925, Armstrong montou uma banda de estúdio chamada The Hot Five (depois The Hot Seven), com a qual realizou uma série de sessenta gravações para a Okeh Records, concluídas em 1928. A partir daí Armstrong decolou não apenas como solista, mas também na sua trajetória como líder de banda. A gravação de “Muskrat Ramble” em 1926, ao lado de Kid Ory, Lil Hardin, Johnny St.Cyr e Johnny Dodds foi um marco na sua carreira. Em 1927 ele montou outra banda, para tocar no Sunset Café, em Chicago, chamada Louis Armstrong and His Stompers, e em 1930 dirigiu a orquestra de Luís Russell. Durante os anos 1930, Armstrong já era conhecido como “Satchmo”, corruptela de “satchelmouth” (alguns dizem que este apelido – “boca de mochila” – lhe foi dado devido ao formato da sua boca, outros garantem que foi devido a um personagem que ele encenou numa banda de minstrels). Ele também era conhecido como “Pops”. Armstrong continuou organizando e dirigindo bandas, tocando seu trompete inconfundível e cantando com sua voz nada ortodoxa, e a partir da década de 1940, com a Louis Armstrong All Stars, ampliou o seu sucesso por todo o país e preparou a sua caminhada triunfal para conquistar o mundo. Armstrong foi um artista que ultrapassou todas as fronteiras, tanto na sua exuberante presença de palco e na sua execução individual, orquestral e cantada de jazz como em baladas românticas, incluindo aí músicas estritamente comerciais. Louis Armstrong morreu aos setenta anos depois de mais de cinquenta anos de carreira.

 

Algumas gravações 

Basin Street Blues (Spencer Williams)

Dream A Little Dream Of Me (Fabian André-Gus Kahn-Wilbur Schwandt)

Hello Dolly (Jerry Herman)

I Cover The Waterfront (Johnny W.Green-Edward Heyman)

I’m Confessin’ (Al J.Neiburg-Ellis Reynolds-Doc Daugherty)

Mack The Knife (Marc Blitzstein-Kurt Weill-Bertold Brecht)

Mahogany Hall Stomp (Spencer Williams)

Muskrat Ramble (Edward “Kid” Ory-Ray Gilbert)

On The Sunny Side Of The Street (Jimmy McHugh-Dorothy Fields)

(Our) Love Is Here To Stay (George Gershwin-Ira Gershwin)

Royal Garden Blues (Clarence Williams-Spencer Williams)

Someday You’ll Be Sorry (Louis Armstrong)

St. James Infirmary (Joe Primrose)

Stardust (Hoagland “Hoagy” Carmichael-Mitchell Parish)

Struttin’ With Some Barbecue (Lil Hardin)

That’s My Desire (Helmy Kresa-Carroll Loveday)

West End Blues (King Oliver-Clarence Johnson-Spencer Williams)

When It’s Sleepy Time Down South (Leon Rene-Otis Rene-Clarence Muse)

You Rascal You (Sam Theard)

 

 

segunda-feira, 17 de maio de 2021

 

SINOPSE DO PROGRAMA SEXTA JAZZ DE 23/03/2018
RÁDIO UNIVERSIDADE FM - 106,9 Mhz
Dão Luís-MA

GEORGE BENSON SPECIAL


George Benson á uma lenda viva do chamado "jazz guitar". Com mais de 60 anos de atividade, ele personifica o smooth jazz, o rhythm 'n' blues, o jazz fusion e o jazz funk como nenhum outro. Além de exímio guitarrista, George Benson também se apresenta como cantor, especializado no pop e na soul music e com isso agrega um outro público ao seu público cativo de jazz. Neste programa, ele será apresentado tocando faixas de diferentes álbuns gravados entre 1969 e 2009. Entre elas, "Affirmation", de José Feliciano. "Take Five", de Paul Desmond, "Something", de George Harrison, "I Remember Wes", de sua autoria, homenageando uma das suas influências, Wes Montgomery, "Stella By Starlight", de Victor Young e Ned Washington, e a formidável "This Masquerade", de Leon Russell, onde ele exercita o seu talento vocal.

   

Sexta Jazz, nesta sexta, oito da noite, produção e apresentação de Augusto Pellegrini

                                                                                                                                    

domingo, 16 de maio de 2021



NOVOCABULÁRIO INGLÊS

(Copyright FluentU) 

(ver tradução após o texto)

 

WOEBEGONE 

Can you guess what a WOEBEGONE person looks like? It’s easy to know if you break this word into two parts – WOE (extreme sadness) and BEGONE (an old-fashioned word that meant “surrounded by something” at that time). So, WOEBEGONE means “surrounded by sadness”. It comes from the English used in the Middle Ages.


             “Why do you look so WOEBEGONE?”

           “All of the children were WOEBEGONE at the loss of their dog…”

 

            “A look of WOEBEGONE was evident on the face of the losing players.” 

 

            

            TRADUÇÃO 

ARRASADO

Você sabe dizer o que é, em inglês, uma pessoa “WOEBEGONE”? Fica fácil saber se você dividir a palavra em duas partes – WOE (“tristeza extrema”) e BEGONE (uma palavra em desuso cujo significado era, na época, “cercado por alguma coisa”).  Então, WOEBEGONE significa “cheio de tristeza, abatido, desolado. A palavra vem do inglês falado na Idade Média.

            “Por que você está tão desconsolada?”

“As crianças estavam arrasadas com a perda do cachorro...”

“Um olhar de desalento era evidente na face dos jogadores derrotados.”