sábado, 30 de abril de 2022

 


NOVOCABULÁRIO INGLÊS

(Copyright FluentU)

Commonly mispronounced words in the English language 

(ver tradução após o texto) 

PSEUDONYM  

 

How it is mistakenly pronounced: “POO-soo-doh-nim or “SOO-doh-name” 

How it is actually pronounced: “SOO-doh-nim” 

 

A PSEUDONYM is a fake name used by authors and artists. It is a great example of the silent “p” sound, which frequently found in English.

 

“J.K.Rowling (Harry Potter books) used a pseudonym when she started writing crime fiction.”

 

            

            TRADUÇÃO

 

Palavras muito comuns de serem pronunciadas erradamente na língua inglesa

 

PSEUDÔNIMO

Pronúncia incorreta na língua inglesa: “PSU-dó-nim”

Pronúncia correta na língua inglesa: SU-do-nim”

 

Um PSEUDÔNIMO é um nome falso criado por escritores e artistas para não revelar a verdadeira identidade. Esta palavra (“Pseudonym”) é um bom exemplo do som “p” silencioso, frequentemente encontrado na língua inglesa.

 

            “J.K.Rowling (escritora do Harry Potter) usava um pseudônimo quando começou a escrever sobre ficção policial”.

 

                       

 

 

 

quinta-feira, 28 de abril de 2022

 


ABRAM ALAS

(SÃO PAULO DE ADONIRAM BARBOSA)

1974

(Augusto Pellegrini – Francisco Siqueira)

 

Abram alas, Pérola Negra vai passar

Pisa o chão cantando, é o povo

É o mais lindo verso que há

O Bexiga, o Brás, Barra Funda e a maloca

Num terreno dez por dez

Que fica no alto da Mooca

 

Eeê eeá

É o samba de São Paulo

Que agora tem seu lugar

Eeê eeá

É São Paulo Adoniram

É o compositor popular

 

Mato Grosso chorou, mas ficou sem morar

Namorando as “mariposa”

Que estão cintilando no ar

Vem Pafunça sambando de pé no chão

E Iracema foi-se embora

Atravessou contra-mão

 

Eeê, vale um prêmio de quinhentos mil réis

Eeê, o progresso está na Praça da Sé

Eeê, vou pegar meu trem, não posso ficar

Eeê, minha mãe não dorme se eu não chegar

 

Os Demônios faço também desfilar

A Malvina, o velho Arnesto,

Sargento Oliveira, Mane e Guiomar

 

Eeê eeá

É o samba de São Paulo

Que agora tem seu lugar

Eeê eeá

É São Paulo Adoniram

É o compositor popular

 

segunda-feira, 25 de abril de 2022

 


SINCERAMENTE...
(Augusto Pellegrini)

Sinceramente, não sei mais o que pensar
Mas gostaria de saber o que tu pensas
Pois este impasse só me faz considerar
Tuas vãs promessas, tuas promessas densas

Sinceramente, eu não sei mais como agir
Mas gostaria que tu agisses de outro jeito
Pois esta oblíqua situação me faz sentir
Presa enjaulada no teu preconceito

Sinceramente, não sei mais para onde ir
Mas quero ir para mais perto de onde estás
Mesmo sabendo que o que ainda está por vir
Possa render muita tristeza e mal-estar

Sinceramente, eu não sei pra onde seguir
Mas gostaria de estar sempre ao teu lado
Embora agora estejas bem longe de mim
Distante lua lá no céu todo estrelado

Sinceramente, não sei mais o que fazer
Mas gostaria que tu enfim compreendesses
Que o sentimento que há dentro do meu ser
Tem a tua marca, tem tuas benesses

Sinceramente, sequer sei se estás me ouvindo
Mas gostaria muito que estivesses
Para que tu pudesses, refletindo
Colaborar com estes meus pobres vieses

Sinceramente, esta é a hora da verdade
Quero saber o que foi resolvido
Se vais voltar e esquecer o era errado
Fazendo do futuro o nosso novo abrigo

Novembro 2018

 

domingo, 24 de abril de 2022

 


COMO NASCEM AS CANÇÕES
(Augusto Pellegrini)
 

(Parte 8) 

Edu Lobo, que já havia composto com Vinicius a romântica “Canção Do Amanhecer” (“Ouve, fecha os olhos meu amor, é noite ainda / Que silêncio / E nós dois na tristeza de depois / A contemplar o grande céu do adeus...”),  também entrou no movimento da “nova música popular” dentro de uma abrangência maior, cantando a saga do retirante nordestino em fuga do seu destino para o sul do país, como em “Borandá” – “vamos embora” no linguajar do sertão – (“Vam’borandá, que a terra já secou / Borandá / Vam’borandá, que a chuva não chegou / Borandá / Já fiz mais de mil promessas / Rezei tanta oração / Deve ser que eu rezo baixo / Pois meu Deus não ouve não...”) ou “Chegança” (“Estamos chegando daqui e dali / E de todo lugar que se tem pra partir / Trazendo na chegança foice velha e mulher nova / E uma quadra de esperança...”).  

Foi quando Roberto Menescal e Luiz Fernando Freire responderam com uma música na tentativa de acabar com a polêmica que já começava a dividir os músicos do Rio ao mesmo tempo em que justificava coexistência pacífica do “mar-amor-luar” e da “lata d’água na cabeça”, estado de coisas que apontava um dos sérios problemas sociais ainda presentes no estado.

A música se chama “Vê”, foi composta em 1964, e segue assim – (“Vê, entende a gente / Que é feita de amor / E simplesmente à vida dá valor / E sem razão pra tanta reunião / Pra nós importa a voz do coração / E o nosso tema consiste de ternura / Mas só entende quem tem a alma pura / E não depende de quem não vê / Que o mundo é cor / Que o mundo é céu e mar / E que uma flor não vai alienar / Uma canção que é feita pra cantar / E a discussão não vai adiantar / Quem tanto fala devia embora andar / Na mesma praia um dia vai achar / O mesmo céu e aquele mesmo mar...”).
Marcos e Paulo Sérgio Valle também entraram na onda do desagravo da bossa nossa com “A Resposta” (“Se alguém disser que o teu samba não tem mais valor / Porque ele é feito somente de paz e amor / Não ligue não, que essa gente não sabe o que diz / Não pode entender quando um samba é feliz / O samba pode ser feito de céu e de mar / O samba bom é aquele que o povo cantar / De fome basta o que o povo na vida já tem / Pra que lhe fazer cantar isso também?... / ... Falar da terra na areia do Arpoador / Quem pelo pobre na vida não faz um favor / Falar do morro morando de frente pro mar / Não vai fazer ninguém melhorar”).
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Alheias ao movimento surgiram peças um pouco mais raras, mas não menos belas, como as composições que mostram o diálogo entre duas pessoas –  como em “Sinal Fechado”, obra prima de Paulinho da Viola lançada por ele no V Festival de MPB da TV Record em 1969 (“Olá, como vai? / Eu vou indo, e você, tudo bem? / Tudo bem! Eu vou indo correndo, buscar meu lugar no futuro, e você? / Tudo bem!  Eu vou indo em busca de um sono tranquilo... quem sabe? / Quanto tempo, pois é, quanto tempo...”), ou “Amigo É Pra Essas Coisas”, composta por Aldir Blanc e Silvio da Silva Junior em 1970 e imortalizada pelo MPB4 (“Salve! Como é que vai? / Amigo, há quanto tempo! / Um ano ou mais / Posso sentar-me um pouco? / Faça o favor / A vida é um dilema / Nem sempre vale a pena / A... / O que é que há? / ...Rosa acabou comigo / Meu Deus, por que? / Nem Deus sabe o motivo / Deus é bom... / Mas não foi bom pra mim / Todo amor um dia chega ao fim...”). Ou lembrando ainda a antológica “Teresa Da Praia”, de Antônio Carlos Jobim e Billy Blanco, que já havia sido composta em 1954 para as vozes de Dick Farney e Lucio Alves (“Lucio, arranjei novo amor no Leblon / Que corpo bonito, que pele morena / Que amor de pequena, amar é tão bom, tão bom / Oh, Dick, ela tem o nariz levantado / Os olhos verdinhos bastante puxados / Cabelos castanhos / E uma pinta do lado...”).