COPA 2014 – AS
DIFICULDADES DO GRUPO D
O
Grupo D da Copa é sem dúvida o mais equilibrado. Ao final da primeira fase pelo
menos uma seleção de ponta vai voltar mais cedo para casa.
O
grupo reúne nada menos do que três campeões mundiais, representando sete
títulos conquistados ao longo de dezenove disputas, a partir de 1930.
Uruguai
(campeão em 1930 e 1950), Inglaterra (1966) e Itália (1934, 1938, 1982 e 2006)
não deverão ter dificuldades em despachar a Costa Rica, mas um vacilo contra os
caribenhos poderá significar o fim de qualquer pretensão.
O
Uruguai já participou de 11 Copas do Mundo, com dois títulos e três quartos
lugares na bagagem. É conhecido como “Celeste Olímpica” pela cor da sua camisa
e por ter sido duas vezes medalha de ouro nos Jogos Olímpicos (1924 e 1928).
No
cenário continental, em 43 edições da Copa América e do antigo Campeonato
Sul-Americano o Uruguai venceu 15 vezes.
O
grande nome da seleção uruguaia é o atacante Luiz Suárez (Liverpool), mas o
time tem outros jogadores experientes como Diego Forlán (Bola de Ouro na Copa
de 2010 e maior artilheiro do país, hoje com 34 anos e jogando no Cerezo Osaka
do Japão), Diego Lugano (zagueiro do West Bromwich) e Edinson Cavani (atacante
do PSG).
Muitos
dos convocados vão se sentir em casa, pois atuam no Brasil, como Martin Silva
(goleiro do Vasco), Alvaro Pereira (São Paulo), Sabastián Eguren (Palmeiras),
Maxi Rodriguez (Grêmio) e Nicolás Lodero (Botafogo).
A
trajetória celeste para chegar à sua décima segunda Copa não foi fácil, pois a
vaga foi conseguida apenas na repescagem, contra a Jordânia.
A
Inglaterra, que se vangloria de ser o inventor do futebol association, tem na verdade uma pálida participação em Copas do
Mundo, com apenas um título em 13 disputas, tendo chegado às semifinais apenas
uma vez, em 1990.
Dentro
da Europa também não obtém sucesso, pois em 14 disputas pela Eurocopa o máximo
que conseguiu foi chegar às semifinais em 1968.
Mesmo
assim, reza a tradição que é um país a ser temido. Apesar dos times ingleses
serem fortes, a seleção fica enfraquecida porque a maioria dos jogadores que
disputam a Premier League não são ingleses.
Mas
como sempre, o English Team apresenta ao mundo alguns jogadores diferenciados,
como os veteranos Steven Gerard (Liverpool), Frank Lampard e Ashley Cole (Chelsea),
e o também rodado Wayne Rooney (Manchester United). Atenção também para Glen
Johnson, Daniel Sturridge e o jovem jamaicano Raheem Sterling (todos do
Liverpool) e Steven Caulker (Cardiff).
Teoricamente,
a Itália é a seleção mais consistente do grupo, com uma defesa forte e um
ataque criativo. Tradicionalmente a equipe se supera nas Copas do Mundo e
geralmente alcança excelentes resultados.
Participou
de 18 dos 19 torneios disputados e, além dos 4 títulos conquistados, tem a seu
favor um vice-campeonato, um terceiro e um quarto lugares.
Na
história da Eurocopa, a Itália conquistou um título (1968) e dois
vice-campeonatos.
A
base atual da Azzurra é o time da Juventus. O craque da Itália continua sendo
Andrea Pirlo e a segurança vem do veterano capitão e goleiro Luigi Buffon (ambos
do time de Turim). Os zagueiros Giorgio Chiellini, Andrea Barzagli e Leonardo Bonucci
(todos também da Juventus) são quase intransponíveis, e o ataque fica por conta
de Mario Balotelli (Milan) e Alberto Gilardino (Genoa). O time tem ainda
Daniele De Rossi (Roma), Sebastián Giovinco (Juventus) e Stephan El Shaarawy
(Milan).
A
Costa Rica entra como coadjuvante, na esperança de fazer um bom papel e roubar
pontos dos favoritos. Segunda colocada nas Eliminatórias, abaixo apenas dos
Estados Unidos, apresenta os jogadores Bryan Ruiz (Fulham), Leylor Naves
(Levante) e Joel Campbell (Olympiakos) como destaque. Seu principal jogador,
Bryan Oviedo, que atua pelo Everton, está contundido, e fora da competição.