quinta-feira, 20 de junho de 2019


THE GRAMMAR BIBLE

ENGLISH IN DROPS
      Copyright Michael Strumpf & Auriel Douglas)


A MISUSED MODIFIER
Question: “Here’s a beauty I discovered in a history textbook,” said a physician and a close friend. “Allenby’s troops included 200 rangers mounted on camels and D.H.Lawrence.”  
Answer: Poor D.H.Lawrence! No poet has the material fiber to carry so many rangers through the desert. It’s sheer brutality! The sentence contains an odd past participle phrase, “mounted on camels and D.H.Lawrence.” The fault lies with the prepositional phrase “on camels and D.H.Lawrence.” It modifies the participle as an adverbial would, telling where the rangers were mounted. “D.H.Lawrence” appears to be an object of the preposition “on”, so both he and the camels would have carried rangers. The author intended to include D.H.Lawrence among the rangers “on” the camels. I believe a bit of rearrangement is in order. The sentence should read, “Allenby’s troops included D.H.Lawrence and 200 rangers mounted on camels.”     


TRADUÇÃO




UMA FRASE MAL ESCRITA

Pergunta: “Eis aqui uma preciosidade que eu descobri num livro de história”, disse um médico amigo meu. “As tropas de Allenby tinham 200 soldados montados em camelos e D.H.Lawrence”.

Resposta: Coitado do D.H.Lawrence! Nenhum poeta tem tanta energia para carregar tantos soldados através do deserto. Seria uma brutalidade! A sentença contém uma frase construída com um particípio passado que soa estranha, “montados em camelos e D.H.Lawrence”. O problema está na frase preposicional “em camelos e D.H.Lawrence”. Ela modifica o particípio como o faz uma locução adverbial, indicando onde os soldados estavam montados. Assim, “D.H.Lawrence” parece ser um objeto da preposição “on” (“sobre”), parecendo que ele (Lawrence) e os camelos teriam carregado os soldados. O autor da sentença pretendia incluir D.H.Lawrence entre os soldados “sobre” os camelos. Eu acho que é preciso fazer um pequeno arranjo de palavras. A sentença deveria ser “As tropas de Allenby tinham D.H.Lawrence e 200 soldados montados em camelos”.   

Nota: Em português bastaria uma vírgula para colocar as coisas em ordem. A sentença poderia ser “A tropas de Allenby tinham 200 soldados montados em camelos , (vírgula) e D.H.Lawrence. Mas o uso da vírgula em inglês segue outras regras.







SUBVERSIVOS
                     (excerto)

Joguei as cobertas no chão, apesar do frio que fazia, e me pus a andar de chinelos pelo quarto.
Eu estava acostumado a dormir de pijama, mas as circunstâncias da noite levaram o pijama pro beleléu. Ana Luíza, ainda deitada, refletia se todo o incêndio noturno fora suficiente para apagar da sua cabeça a imagem de um antigo namorado cujo semblante e cuja barba eram mencionados por ela a cada instante.
Ana Luíza trabalhava para um instituto de pesquisa de mercado e passava os dias nas ruas inquirindo homens e mulheres a respeito de tudo o que se possa imaginar em termos de usos e costumes.
“menta, eucalipto ou gengibre”?
“pizza, frango frito ou sanduíche natural?
“lavanda, colônia ou capim-limão”?
“máscara capilar, escova ou reparação total”?
“montanha, praia ou campo?”
Definitivamente um saco.
Minha preocupação no aconchego da alcova era que, estando a meu lado tentando esquecer o tal Pedro (este o nome do indivíduo barbudo), ela se pusesse a me fazer perguntas, mas felizmente isso não aconteceu. Senão, sabe-se lá que tipo de pergunta eu ouviria, se chegasse a ouvir...   
Os atos são sempre melhores que as palavras, disso eu tinha absoluta convicção, e utilizava esta filosofia sempre que possível – “boca chiusa ed al lavoro” – a frase espocava na minha cabeça sempre que eu fazia algo agradável.
Tudo começou há pouco tempo em uma investida (dela) numa praça no centro da cidade para a conveniente sessão de perguntas. Só que, no meio das perguntas, ela começou a falar do tal Pedro, ficou definitivamente amuada e me contou que descobrira amores furtivos entre e ele e uma amiga que trabalhava no circo – se descobrira é porque não eram tão furtivos assim – e ela supunha que ele tivesse partido assim de repente por algum problema de paternidade, não por culpa deles, como atesta a Encíclica, mas por alguma falha no dispositivo de segurança da pílula.  
E Pedro, com as barbas de molho, foi cantar em outra freguesia.
Isso tudo ela me disse aquele dia naquela praça, sentados num banco de madeira, com lágrimas nos olhos e tremendo de frio, pois era junho e o inverno estava inclemente...
Nossa conversa revelou intimidades, e logo comecei a me sentir um possível – e provável – protagonista de um desempate amoroso, apesar da minha cara ser mais lisa do que bola de bilhar, e o meu semblante... bem, deixa pra lá.

-0-0-0-
  
Tirei os chinelos e entrei no chuveiro.
Ela já havia se levantado, e agora passeava de lá pra cá vestindo a minha camisa, diante da porta escancarada do banheiro, carregando livros, travesseiros e a pasta preta de trabalho cheia de questionários e tabulações. De vez em quando olhava para onde eu estava, de onde saia um vapor reconfortante do banho quente em exercício, mas estava com a expressão contrariada.
Era a primeira vez que não falava, não perguntava e não induzia, o que me fez pensar que o caso com o Pedro da barba deve ter sido realmente sério, ou pelo menos deixara marcas profundas no seu rosto abatido.
Ou teria sido a minha virilidade?...

quarta-feira, 19 de junho de 2019






NOVOCABULÁRIO INGLÊS
(Copyright MacMillan)

(ver tradução após o texto)

DOOCE

If you’ve had a bad day at the office and you’re about to relieve the tension about your problems on a personal weblog (online diary) then think again. If you write something which criticizes the people you work with, you risk being DOOCED and not being welcomed back to the office. It’s not worth being fired just because you were angry.
 “The rise of blogging has also brought an increase in the number of people being DOOCED – sacked for blogging about their company.” (New Zealand Herald – 27th May, 2005)
  

TRADUÇÃO
PÉ NA BUNDA
Se você teve um mau dia no escritório e está a fim de aliviar as tensões sobre os problemas havidos fazendo comentários em um blog pessoal (uma espécie de diário “online”), é bom pensar duas vezes.  Se escrever alguma crítica a respeito das pessoas que trabalham com você, você corre o risco de levar UM PÉ NA BUNDA e não poder sequer voltar ao escritório. Não vale a pena ser demitido só porque ficou zangado.

 “O crescimento da quantidade de blogs trouxe também um aumento no número de demissões – devido a postagens de mensagens sobre a empresa”. (publicado no New Zealand Herald em 27 de maio de 2005)

Nota: O termo “dooce” vem do nome da blogueira americana Heather Armstrong, que escreve sob o pseudônimo “Dooce”.

segunda-feira, 17 de junho de 2019





CANÇÃO DA DERRADEIRA ESPERA

(Augusto Pellegrini)

Tarde linda
Que mais pra ter?
Se há o azul do céu
Se há o imenso mar
E se o coração
Traz beleza e paz
Pra cantar, cantar...

Tento inutilmente te dizer enfim
Tudo o que desejo que tu saibas sobre mim
Desde a derradeira noite
A derradeira espera
Desde o inútil pranto
Desde a primavera
Desta noite o manto desce sobre mim

Falo inutilmente à gente em meu redor
De tanto tentar não ouço a voz nem vejo o olhar
Quero que os teus olhos sintam
A desesperança
Já fartei de lágrimas
Não sou criança
Deste desabafo já nem sou capaz