Foto: Paul Mares
AS CORES DO SWING
(Livro de Augusto Pellegrini)
BANDLEADERS E DISCOGRAFIA
NEW ORLEANS RHYTHM KINGS (1921-1925)
Lider – PAUL MARES (1900-1949)
Nome completo – Paul Mares
Nascimento – Nova Orleans-Louisiana-EUA
Falecimento – Chicago-Illinois-EUA
Instrumento – corneta e trompete
Comentário – Apesar de ter sido um excepcional
trompetista, Paul Mares tem o seu nome ligado à história do jazz menos por suas
qualidades profissionais e mais por ter sido o líder do grupo New Orleans
Rhythm Kings. O mais impressionante é que o próprio grupo, conhecido como NORK,
mesmo sendo considerado uma das melhores bandas de jazz tradicional jamais
existentes, teve uma existência muito curta, pois foi formado em 1921 para ser
desfeito em 1925. Filho de um comerciante de classe média, Paul Mares teve uma
formação musical autodidata e começou sua vida profissional ainda muito jovem
tocando como trompetista na banda de um músico-empresário chamado Tom Brown,
que abrilhantava as viagens de um riverboat
de nome Capitol, subindo e descendo o Rio Mississipi. Depois, Mares tocou com
alguns grupos menores em Nova Orleans, até que em 1919 ele deixou a Louisiana e
foi para Chicago a fim de trabalhar com a banda do baterista Joe “Ragbaby”
Stephens, para mais tarde se apresentar como freelancer. Em 1921, Mares foi convidado para tocar num nightclub chamado Friars Inn e lá montou
e dirigiu a Friars Society Orchestra, ao lado de dois amigos de infância, o
trombonista George Brunies e o clarinetista Leon Roppolo. Em 1922 a banda foi
rebatizada e assumiu o nome de New Orleans Rhythm Kings, completando a sua
formação com o pianista Elmer Schoebel, o baterista Frank Snyder, o baixista
Alfred Loyacano e o banjoista Louis Black. Depois de algum tempo, o grupo saiu
do Friars Inn e começou a se apresentar em outros locais. A NORK realizou
algumas gravações para a gravadora Gennett contando inclusive com Jelly Roll
Morton no piano, e serviu de estímulo para o surgimento de outro músico
fantástico, Bix Beiderbecke, que na época do seu debut em Chicago chegou a tocar lá durante algum tempo. Em 1924,
George Brunies foi tocar com Ted Lewis, sendo substituído por Santo Pecora, mas
em menos de um ano o grupo se desfez porque Leon Roppolo começou a apresentar
problemas mentais. Paul Mares foi para Nova York e depois voltou para Nova Orleans,
onde tentou reeditar a NORK, tendo inclusive realizado algumas gravações. No
entanto, ele logo resolveu se aposentar da música para cuidar dos negócios da
família. Morreu aos quarenta e nove anos vítima de câncer no pulmão, ocasionado
– de acordo com seu irmão Joe – pela quantidade absurda de cigarros fumados
durante toda a vida.
Algumas gravações
Baby (Santo Pecora)
Bluin’ The Blues (Henry
Ragas)
Clarinet Marmalade (Henry Ragas-Larry Shields)
Eccentric (J.Russell
Robinson)
Farewell Blues (Paul
Mares-Leon Roppolo-Elmer Schoebel)
Golden Leaf Strut (Leon
Roppolo)
I Never Knew What A Girl Could Do (Elmer Schoebel)
Jazz Me Blues (Tom
Delaney)
Livery Stable Blues (Marvin Lee-Raymond
E.Lopez-Alcides “Yellow” Nuñez)
Original Dixieland One-Step (Nick LaRocca)
Panama Rag (William
Tyers)
Reincarnation (Paul
Mares)
She’s Crying For Me (Santo Pecora)
Shimmeshawable (Spencer Williams)
That’s A-Plenty (Ben
Pollack)
The Land Of Dreams (Paul Mares)
Tin Roof Blues (Walter
Melrose)
Weary Blues (Artie
Matthews)