sábado, 4 de junho de 2022

 


CURIOSIDADES ESPORTIVAS

CAMPEÕES DO MUNDO       

1998 - Campeão: FRANÇA
            Vice-campeão: BRASIL

Eis uma Copa que deu o que falar, despertou teorias da conspiração e ainda é objeto de discussões acadêmicas: a Copa de 1998, disputada na França e vencida pelos anfitriões. O fato é que tanto França como Brasil tinham grandes seleções, mas o apagão brasileiro pode ser comparado ao que iria acontecer 26 anos depois no fatídico 7x1 aplicado pela Alemanha em Belo Horizonte. Para chegar à final, o Brasil de Taffarel, Cafu, Aldair, Roberto Carlos, Leonardo, Rivaldo, Bebeto e Ronaldo passou pela Escócia (2x1), por Marrocos (3x0), perdeu para a Noruega (2x1) e depois venceu o Chile (4x1), a Dinamarca (3x2) e a Holanda (4x2 nos pênaltis, depois de um empate em 1x1). Na véspera da final contra a França. O atacante Ronaldo, um dos nossos maiores trunfos, sofreu uma convulsão e chegou a ser hospitalizado. Talvez por causa do ocorrido, mesmo  com Ronaldo em campo, o Brasil se apresentou de forma pífia e foi literalmente destruído pelos franceses de Zidane, perdendo por 3x0 no Estade de France, Saint-Denis – Paris, com dois gols de Zidane e um de Petit. A França foi campeã com Barthez; Thuram, Desailly (Dugarry), Leboeuf e Lizarazu; Deschamps (capitão), Petit e Karembeu (Boghossian); Zidane, Djorkaeff (Patrick Vieira) e Guivarc’h (Dugarry). Na disputa pelo terceiro lugar, a Croácia venceu a Holanda por 2x1.

sexta-feira, 3 de junho de 2022

 


VOLTEI PRO SAMBA

1974

(Samba de quadra de Augusto Pellegrini)

 

Voltei pro samba

De glória imensa

E o meu recado tem

De ser guardado

Cem anos de ausência

 

Voltei pro samba

De fidalguia

Nesta homenagem vim

Dizer que agora é sim

Como eu queria

 

E alegremente

Com amor no coração

Venho à Pérola Negra

Agradeço o presente

Vim prestar colaboração

 

Quando vem madrugada

Na avenida ou na quadra

Quando vem madrugada

Na avenida ou na quadra

 

quinta-feira, 2 de junho de 2022

 


SINOPSE DO PROGRAMA SEXTA JAZZ DE 20/09/2019
RÁDIO UNIVERSIDADE FM - 106,9 MHz
São Luís - mA

BENNY GOLSON SEXTET - THE MODERN TOUCH

O hard-bop é uma evolução do bebop com uma forte influência do blues e do rhythm 'n' blues que afetou principalmente as execuções do saxofone e do piano.  Por estranho que possa parecer, o estilo "hard" (que pode ser traduzido como duro, agressivo) acabou aparando as arestas mais ásperas do bebop, dando à música mais leveza e fluência. Um dos maiores expoentes do hard-bop é o veterano saxofonista-tenor Benny Golson, uma das grandes reservas artísticas do jazz. Golson está atualmente aposentado, com seus 90 anos, mas durante a sua carreira foi um dos incentivadores do estilo, brilhando no cenário do jazz por cerca de 50 anos na mesma linha de Lionel Hampton, Dizzy Gillespie, Art Blakey, Clifford Brown e Art Farmer, só para citar alguns dos seus companheiros. Nesta gravação, feita em 1957, ele executa um hard-bop da primeira linha comandando um sexteto de altíssima qualidade – o baterista Max Roach, o baixista Paul Chambers, o trombonista J.J.Johnson, o pianista Wynton Kelly e o trompetista Kenny Dorham.   

 Sexta Jazz, nesta sexta, oito da noite, produção e apresentação de Augusto Pellegrini

                                                                                                                                    

terça-feira, 31 de maio de 2022

                      


                                               PÁGINAS ESCOLHIDAS

Do livro À NOITE, TODOS OS GATOS (1998)
(Augusto Pellegrini)

UMA NOITE SINISTRA

E então, a tragédia.
Numa das minhas costumeiras caminhadas noturnas, madrugada plena, parei diante da geladeira, abri a porta dos mil prazeres e ao flertar com um generoso pedaço de goiabada cascão que piscava para mim, não hesitei. Veio a primeira mordida e a primeira mastigada quando, sem prévio aviso, o nervo exposto do molar produziu aquela pontada aguda e fina que me encheu de cores.
Parece que houve uma interrupção repentina na corrente elétrica – ou fui eu que perdi o senso de luz do mundo – enquanto a mão comprimia a bochecha e o palavrão era proferido com todas as honras.
O medo atávico do dentista se transformou em amor à primeira vista e me sobreveio uma intensa saudade do doutor Jacinto, apesar do ruído da broca, do esguicho direcionado da água gelada e do sopro quente do ar comprimido.
Mas se eu telefonar para você agora para desatar o nó das minhas desesperanças, caro Jacinto, é bem provável que você me convide para uma consulta rápida e sem volta, um analgésico, uma extração e depois um tiro na boca para que eu nunca mais venha incomodá-lo no seu lazer da madrugada, usando uma britadeira à guisa de broca para arrancar-me a língua, a glote e a epiglote.
Parece ser mais prudente, dente por dente, esperar o dia e as coisas clarearem e tomarem a forma de normalidade, uma mera norma de formalidade.
Enquanto isso, vou chutar a parede com muita força, quem sabe o dedão se quebra e a dor pelo menos se transfere de lugar, pois não é possível que o cérebro tenha tanta capacidade de memória para armazenar mais dores do que as que já sinto, Jacinto.


(A influência da goiabada cascão na metafísica e no comportamento humano)