sexta-feira, 13 de março de 2020





PANDEMIA
(Augusto Pellegrini)

Pandemônio! Pandemia!
O mundo ficou exposto
Na sua imensa geografia
A um perigo sem rosto

Pandemia! Pandemônio!
Não dá nem pra acreditar
Vidas, lucro, patrimônio
Tudo de pernas pro ar

Um ser insignificante
Bolinha cheia de espinhos
Se multiplica bastante
Deixa o caos pelo caminho

Como cidadãos comuns
Pouco podemos fazer
A não ser colaborar
Com os ditames da lei

Aceitemos, por prudência
As regras do bem viver
Basta usar a consciência
E um pouco do conhecer

Lavar as mãos é um fato
Histórico e corriqueiro
(Não como Pôncio PIlatos
Covarde e politiqueiro)

Hoje em dia isto é um estudo
Provado por cientistas
Pra manter boa a saúde
Contra doença oportunista

Muita água e sabonete
Ou então o álcool-gel
Também tenha sempre em mente
Usar toalha de papel

Se se sentir resfriado
E começar a tossir
Tenha o devido cuidado
De com a mão a boca cobrir

E se a febre aparecer
E o corpo ficar dolorido
Deve em casa se manter
Com repouso e comprimido

Pela orientação rasa
Dos doutores de plantão
Permaneçamos em casa
Se assim requer a ocasião

Mas não perca o bom humor
Porque, sem muita demora
Com nossa ação e vigor
A pandemia vai embora

Março 2020







CANTO DE GENTE TRISTE 

(canção composta por Augusto Pellegrini)

Deixe que eu cante a essa gente
Tristeza é pra se cantar
Quem sabe toda essa gente
Terá com que me alegrar
Violão tem sons na calçada
E a serenata em sereno
Pequeno mundo de sonhos
Em tua janela um segredo

Vem sorrindo com teu riso
Ensolarar noite escura
Abre a janela, em teu quarto
Vai clarear branca a lua
Violão tem sons na calçada
E a gente passa e nem sente
Deixe que eu cante a essa gente
No brilho sem sol da lua