sexta-feira, 4 de maio de 2018




SINOPSE DO PROGRAMA SEXTA JAZZ DE 06/03/2015
RÁDIO UNIVERSIDADE FM - 106,9 Mhz
São Luís-MA

Disco:  BILLY TAYLOR TRIO - MY FAIR LADY LOVES JAZZ

A peça Pigmalião, escrita por George Bernard Shaw e apresentada pela primeira vez no teatro em 1912, foi adaptada para os palcos da Broadway sob o nome de "My Fair Lady" (Minha Querida Dama) pelo roteirista Alan Jay Lerner com a colaboração do compositor Frederick Loewe. Em 1964, o cineasta George Cukor levou a peça para o cinema e produziu um dos melhores musicais já feitos em todo mundo, estrelado por Audrey Hepburn e Rex Harrison. Em 1957 o musical operístico recebeu um tratamento jazzístico do maestro e arranjador Quincy Jones e foi gravado pelo trio formado pelo pianista Billy Taylor, o baixista Earl May e o baterista Ed Thigpen, "emprestado" por Oscar Peterson, com a participação de uma forte orquestra de sopro, da qual participam Gerry Mulligan, Jimmy Cleveland e Don Eliott. O programa desta sexta-feira vai apresentar  este álbum, que inclui músicas de muito sucesso, como "I Could Have Danced All Night", "Get Me To The Church On Time" e "On The Street Where You Live".


Sexta Jazz, nesta sexta, oito da noite, produção e apresentação de Augusto Pellegrini





SOMOS NÓS 

A letra de “Somos Nós” (Augusto Pellegrini-Renato Winkler) já foi postada há um ano, precisamente em 24/04/2017. Hoje segue a versão feita em inglês

Agora nós dois somos sós
O dia partiu sem adeus
A praia deitou com o mar
E um beijo marcou nossa paz
Beijo leve assim, como a flor
Como é doce o amor, como é bom
Abro a cortina, e a lua então
Nos manda sua pálida luz

E neste silêncio
E neste momento
Desta imensidão
Deste nosso mundo
Sequer pensamento
Existe a esta hora
Pra ser mais que o amor
Que serena em nós

Agora nós dois somos sós
Um resto de mundo, mas nós
Distantes do mundo, mas nós
E um beijo marcou nossa paz
E fico em você, mudo então
Escutando o seu coração
Sentindo o seu perfume bom
E o dia partiu sem adeus


WE

Now we are all alone
The day went away without saying goodbye
Sea and beach lay together
And a kiss sealed our peace
A kiss that is light as a flower
Love is so sweet and so good
I open the curtain and
The moon sends us its pale light

In this silence, at this moment
In the immensity of our world
There wouldn’t be any kind of thought
That could show more than this love
Drizzling over us

Now we are all alone
Even being some rest of the world, we are us
Distant from the world, but we are us
And a kiss sealed our peace
And, speechlessly, I stay with you
And listen to your heart
Feeling your womanish scent
As the day goes away without saying goodbye

quinta-feira, 3 de maio de 2018




O IMPROVISO NO JAZZ

(Parte 1)

(Artigo escrito para a página da Academia Poética Brasileira – https//www.facebook/com/academiapoetica/ )

Improviso de uma música é uma interpretação não estudada da melodia onde o executante faz variações em torno de um tema preestabelecido navegando sobre a harmonia original e praticamente colocando uma nova melodia sobre os acordes.
Mais do que qualquer outra música, o jazz é um estilo rico em improvisos.
Não existe jazz em que não exista pelo menos algum nível de improvisação. Isto porque a própria origem do jazz se baseia numa música que não era transcrita em partituras e onde cada músico a interpretava da forma como ele a sentia ou como lhe permitiam as suas qualificações técnicas.
A história dos improvisos no jazz nos conta casos bastante curiosos, e aqui seguem alguns exemplos.
Um dos motivos pelos quais Billie Holiday interpretava as músicas de uma maneira não convencional é porque tinha um enorme talento mas não tinha a mesma extensão de voz de outras cantoras como Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Helen Forrest ou Lena Horne. Assim, Billie modulava a linha melódica de modo que o espírito da melodia originalmente escrita ficasse mantido dentro da base harmônica instrumental, sem ter no entanto a necessidade de colocar as notas exatas, e isso ela fazia de uma forma magistral.
Mesmo sem seguir rigidamente a melodia, o seu modo lânguido de interpretar a transformou em uma das cantoras mais representativas do jazz no século XX.
Outro caso diz respeito ao trompetista Miles Davis, um dos músicos mais emblemáticos da história do jazz, por ter sido um inovador importante em todos os movimentos dos quais fez parte (bebop, cool jazz, hard bop, modal jazz, fusion e jazz-funk). Ele não possuía a mesma habilidade técnica de outros ícones na execução do instrumento – como Louis Armstrong, Roy Eldridge ou Dizzy Gillespie – mas a sua veia improvisadora foi tão criativa que ele acabou fazendo escola dentro do jazz. Na sua criatividade, Miles Davis explorava as notas longas, as pausas e as modulações dentro da mesma frase melódica, o que o tornou um improvisador ímpar.
Já o cantor Mel Tormé não contava com a extensão vocal nem os graves de Bing Crosby, Billy Eckstine, Frank Sinatra ou Joe Williams, mas possuía um veludo na voz e a graça da improvisação no modo de cantar. Baterista e compositor, ele sabia como explorar a divisão e a sincopatização da música com maestria, e foi um dos primeiros cantores a executar o improviso como se fosse não uma voz, mas um instrumento, numa técnica denominada “scat singing” (também utilizada com muita propriedade pela cantora Ella Firzgerald).
Cantores, e principalmente instrumentistas de jazz, costumam fazem uso deste recurso que embeleza a interpretação e dá à música a “cara do jazz”. 
Quando analisamos, porém, o assunto “improvisação”, devemos tomar cuidado para não confundir improvisação com solo, pois um solo nem sempre corresponde a um improviso e o improviso não necessariamente transcreve um solo, pois é possível improvisar sobre uma abertura, uma finalização, uma passagem ou sobre um “riff”.

segunda-feira, 30 de abril de 2018






GATINHA DE MAIÔ

(Música no estilo bossa nova, composta na época da bossa nova, lá no início dos anos 1960, com direito a sol, amor e mar) - Augusto Pellegrini

Foi outro dia
Que eu vi uma gatinha
De maiô coral
Na beira da praia
Olhando pro céu
Conversando com o mar
E deitada na areia
Ela era um poema
Passando a canção
A minha gatinha
Era tudo que havia
De belo e de bom, bom, bom...

Não sei como aconteceu
Não sei
No azul dos seus olhos vi
Tudo que era meu
Tudo que era olhar
E eu sou o gatinho
Daquela gatinha
De maiô coral
Hoje estou com ela
E canto pra ela
Somente pra ela
Onde eu estiver
Estou contente
Com a minha gatinha
De noite e de dia
Gatinha é mulher






SINOPSE DO PROGRAMA SEXTA JAZZ DE 06/01/2017
RÁDIO UNIVERSIDADE FM - 106,9 Mhz
São Luís-MA 

HOMENAGEM A CLIFFORD BROWN  

Clifford Brown foi um dos mais refinados trompetistas da era da do bebop e um músico muito promissor que infelizmente teve sua carreira abruptamente encerrada por um acidente automobilístico antes de completar 26 anos. Seu desempenho era admirável, e ele deixou uma legião de trompetistas seguidores, entre os quais se incluem Donald Byrd, Lee Morgan, Arturo Sandoval e Freddie Hubbard. Este último se reuniu com o saxofonista Benny Golson, o pianista Kenny Barron, o baixista Cecil McBee, o baterista Ben Riley e com outro trompetista, Woody Shaw, para gravar em dezembro de 1982, portanto há 34 anos, uma sessão de sucessos de Brownie - apelido de Clifford Brown. O disco mostra algumas preciosidades do bepop e do hard-bop, como "I'll Remember April", "No Dancin'" e a famosa "Jordu", uma das maiores performances do homenageado.

Sexta Jazz, nesta sexta, oito da noite, produção e apresentação de Augusto Pellegrini