O CARNAVAL DOS OUTROS
Terceira parte
O
carnaval não se resume às festas mais conhecidas que a mídia divulga pelo
planeta afora.
Neste
mundo globalizado, ele se espalhou e já “contaminou” Santiago de Cuba, Austin, no
Texas, Los Angeles, na Califórnia, Cádiz, na Espanha, Oruro, na Bolívia, Londres,
as Ilhas Canárias e tantos outros lugares.
O carnaval
brasileiro acontece em praticamente todas as cidades do país, com maior ou
menor brilho, mas os mais concorridos, inclusive com respeito ao apelo
turístico, são Rio de Janeiro, Salvador, Olinda e Recife, cada qual com uma
característica própria.
Pode-se dizer que, com maior ou menor devoção, as pessoas das cidades acabam se envolvendo com o chamado tríduo momístico, seja participando das concentrações populares, seja protagonizando os próprios desfiles, seja se reunindo com amigos pra uma diversão mais moderada, ou seja dando uma espiadela na cobertura da televisão, que mescla folia com notícia.
Pode-se dizer que, com maior ou menor devoção, as pessoas das cidades acabam se envolvendo com o chamado tríduo momístico, seja participando das concentrações populares, seja protagonizando os próprios desfiles, seja se reunindo com amigos pra uma diversão mais moderada, ou seja dando uma espiadela na cobertura da televisão, que mescla folia com notícia.
E como em toda
atividade praticada com fervor, alguns acabam ficando totalmente dependentes da
folia e não veem a hora de chegar a temporada carnavalesca para espantar (ou
soltar) as bruxas e as frangas.
O leque de
fantasias, feitas com capricho ou improvisadas, é muito grande – de rei ou de
pirata ou jardineira – e a crítica mordaz a políticos e personalidades também
se faz presente. O que não falta é homem vestido de mulher, mas isto Freud
explica!
O carnaval, proposto em diferentes formas, faz parte da comemoração de diversos países. Alguns tipos de carnaval são claramente baseados nos festejos do Rio de Janeiro, é certo, mas outros se baseiam em origens próprias e diferem em forma e conteúdo.
O carnaval, proposto em diferentes formas, faz parte da comemoração de diversos países. Alguns tipos de carnaval são claramente baseados nos festejos do Rio de Janeiro, é certo, mas outros se baseiam em origens próprias e diferem em forma e conteúdo.
O
que existe de idêntico em todos eles é a data da celebração. O tempo de carnaval
é baseado na quaresma, que marca quarenta dias de jejum – período que Cristo
passou jejuando no deserto, antecedendo o domingo de Páscoa, cuja data é fixada
como o primeiro domingo depois do aparecimento da primeira lua cheia na
primavera do hemisfério norte (confuso, não?).
Apesar
dos relatos históricos que atestam a origem grega dos festejos, a história
moderna situa o início das festividades a partir da implantação da Semana Santa
pela Igreja Católica no século 11, antecedidas pelos ditos quarenta dias de
jejum, a tal quaresma.
Assim,
“carnis levale” significava um adeus
temporário aos prazeres deste mundo durante quarenta dias de jejum e
abstinência, e para tanto os homens promoviam grandes “festas de despedida”,
evidentemente com muita esbórnia e libações diversas. O carnaval significa um
desapego à existência, onde tudo vale em nome da alegria – fugaz, posto que
momentâneo, mas extremado, como se o folião estivesse contando os últimos dias,
as últimas horas, os últimos instantes de felicidade antes de encarar a volta
da dura realidade da vida.
A Quarta-Feira de Cinzas significa para muitos a volta ao trabalho e à realidade, mas para muitos apenas um dia para refazer as forças a fim de voltar com tudo no fim – ou nos fins – de semana seguinte.
A Quarta-Feira de Cinzas significa para muitos a volta ao trabalho e à realidade, mas para muitos apenas um dia para refazer as forças a fim de voltar com tudo no fim – ou nos fins – de semana seguinte.
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