quinta-feira, 12 de janeiro de 2017


                                                               




                          HELÔ

(poema que eu construí em 1970 sobre uma melodia de Renato Winkler)

Estou sozinho, Helô
Lápis na mão
Meus companheiros são
Papéis inúteis pelo chão

Paredes brancas
Quadros sem cor
Meus versos sem valor
Refletem só vazio, Helô

Velhas poltronas
Livros abertos
Cadeiras duras
Relógios lentos
Lâmpada acesa
Cinzeiro cheio
Mesa empoeirada
Porta se abrindo...

Noite outonada, Helô
Chuva sem graça, Helô
Estrada molhada, amor
Cansado o passo, Helô



Nenhum comentário: