CAIXA DE SURPRESAS
(Augusto Pellegrini)
Lá estava eu, sentado quieto no meu
canto
Sem nada pra fazer, sem um destino certo
Quando ela veio, sem causar surpresa ou espanto
Sem qualquer emoção, e sem ninguém por perto
Tinha consigo uma caixa envolta em papel
pardo
À guisa de presente, um tanto inusitado
Se aproximou e se desvencilhou do fardo
Depositando a caixa no chão, bem ao meu
lado
Então tocado eu fui por imensa surpresa
Que foi se transformando em preocupação
A caixa conteria alegria ou tristeza?
Traria ela bons fluidos ou pranto e danação?
Me apoderei da caixa, rasguei o papel
pardo
Curioso, quis saber o que ela continha
Lá dentro se encontrava todo o meu
passado
E o meu futuro oculto em uma outra
caixinha.
Fevereiro 2021
Nenhum comentário:
Postar um comentário