EU
E A MÚSICA - UMA ORQUESTRA DANÇANTE
O dia era 19 de outubro de 1978.
Estávamos em Belo Horizonte, eu e um engenheiro americano chamado Bob Mount, a serviço de uma empresa multinacional para a qual trabalhávamos na época.
O dia havia sido quente, abafado e cansativo. Após ficarmos o tempo todo expostos à poluição do Distrito Industrial de Contagem, finalmente voltamos para a cidade no fim da tarde, chacoalhando no Land Rover que nos servia de transporte.
Depois de um banho reconfortante e de um breve repouso, nos encontramos no bar do hotel – o tradicional Hotel Del Rey – para enfim tomar a nossa merecida cerveja bem gelada e fazer os planos para um jantar à mineira (muito embora os pedaços de queijo também mineiro e a delícia de um pão de queijo que honrava a culinária local já de certa forma nos saciassem a fome).
Sobre a mesa asséptica com tampo de fórmica escura, ao lado de um cardápio plastificado e dos indefectíveis porta-guardanapo, cinzeiro e galheteiro encontrava-se um pequeno folder anunciando para “hoje, às nove da noite, o show do ano”’, o que se afigurava simplesmente imperdível: era a orquestra de Harry James se apresentando no Palácio das Artes!
Seduzidos pela oportunidade de assistirmos a um espetáculo memorável, deixamos prontamente de lado a ideia do jantar à mineira para nos engajar numa típica noitada norte-americana.
Bob já havia assistido a uma ou duas apresentações da orquestra de Harry James nos Estados Unidos – ele não sabia precisar exatamente onde, mas acreditava ter sido em Pittsburgh, cidade sede da empresa onde trabalhávamos, e em Houston, onde ele morava – mas para mim, que conhecia James apenas de alguns filmes de Hollywood e de alguns discos, seria uma novidade fantástica.
O Palácio das Artes ficava a uma distância não muito grande do hotel, mas por via das dúvidas e pelo adiantado da hora resolvemos apanhar um taxi, o que acabou sendo muito providencial porque de repente caiu uma chuva repentina que serviu para amenizar a temperatura da noite, mas que poderia ter esfriado o nosso ânimo.
A porta do teatro apresentava uma fila caudalosa, atrasando o início do show, mas auspiciando o sucesso do espetáculo. Afinal, tratava-se de Harry James, um remanescente das grandes orquestras dos anos 1930, quando surgiu como um dos principais solistas de trompete, e dos anos 1940 em diante, quando liderou uma orquestra que variava entre o swing tradicional e a mais pura e romântica música dançante.
Harry James era possuidor de um sopro peculiar, forte, limpo, macio e tecnicamente perfeito. Dono de um timbre inconfundível aliava muito lirismo a um balanço formidável que convidava à dança.
Já veterano, James trazia consigo para a temporada brasileira uma mescla de músicos bastante rodados – caso do trompetista Nick Buono, remanescente do seu antigo grupo, do baterista Sonny Payne, que durante muitos anos havia feito parte da orquestra de Count Basie, e do trombonista Art Dragon, que tocava regularmente tanto na sua orquestra como na Disneyland Band – com músicos bem mais jovens, como a louríssima e bela saxofonista-barítono Beverly Dahlke-Smith (única mulher do grupo), o baixista Ira Westley com seus cabelos bem na moda dos anos setenta, e um vocalista quase desconhecido chamado Francis Dennis.
Harry James, uma legenda na história da música instrumental, reeditou o brilho da época de ouro do swing e fez uma apresentação de gala, com muito fôlego e muita elegância, sempre imprimindo uma liderança segura sobre o grupo.
As músicas se sucediam dentro de um repertório irrepreensível: “Two O’Clock Jump” (Harry James, Benny Goodman e Count Basie), “Cherokee” (Ray Noble), “Don’t Be That Way” (Benny Goodman, Edward Sampson e Mitchell Parish), “You’ll Never Know” (Mack Gordon e Harry Warren), “More Splutie, Please” (Thad Jones), “Shiny Silk Stocking” (Frank Foster), “You Go To My Head” (J.Fred Coots-Haven Gillespie), “Serenade In Blue” (Mack Gordon-Harry Warren), tendo como base um drive orquestral majestoso que servia de suporte para o som aveludado de James.
Terminado o show, eis-nos de volta ao hotel bastante animados e dispostos a fechar a noite diante de mais algumas cervejas. Afinal, tínhamos assunto de sobra para conversar, Bob lembrando os shows dançantes da sua juventude em Des Moines, no Iowa, e eu me atendo aos discos das grandes orquestras que ouvia desde adolescente.
Novamente no bar, naquela altura quase vazio, experimentamos um petisco mais substancioso, pois afinal não havíamos jantado. Naquela altura já nem fazia sentido a gente reverenciar a culinária local, então partimos para um camarão frito que, dizia o cardápio, era uma das especialidades do hotel.
De repente, entre vozes e gargalhadas, nos deparamos com dois alegres camaradas que vieram ocupar uma mesa ao lado da nossa e se dirigiram ao garçom também pedindo cerveja, mas numa mistura de inglês e castelhano.
Eram um sujeito negro, de meia idade e de estatura baixa e um outro quase ruivo, mais alto, uns vinte anos mais jovem, ambos com a camisa desabotoada no pescoço e as mangas arregaçadas.
Imediatamente, nós os identificamos como músicos da orquestra de James, que coincidentemente estava hospedada no mesmo hotel. Prontamente nos apresentamos e iniciamos uma conversa, o que foi facilitado pelo fato de Mount também ser americano, o que quebrou o gelo instantaneamente.
Os nossos companheiros de fim de noite eram o baterista Sonny Payne e o sax-tenorista Norm Smith, que ficaram felizes por termos estado presentes no show e se declararam encantados com a receptividade do público.
Bob Mount aproveitou para matar saudades das coisas gringas – eles usaram muitas vezes de um linguajar tão coloquial que alguns detalhes me escaparam totalmente, em meio às suas gargalhadas – e eu aproveitei para pedir seus autógrafos na capa do LP que eu havia adquirido no teatro.
Sonny Payne era algo assim como uma figura histórica no mundo das big bands. Desde meados dos anos 1940, Payne havia tocado com diversas orquestras – entre elas Dud & Paul Bascomb, Erskine Hawkins, Count Basie – e em 1966 ingressou na orquestra de Harry James, numa tentativa que James fez de levar para a sua orquestra a “pegada” da cozinha de Count Basie – coisa que James jamais negou. Mais tarde, Payne retornou para a banda de Basie por algum tempo e finalmente voltou a tocar com James, onde estava agora, e onde iria encerrar a sua carreira.
Menos conhecido, Norman Smith havia tocado em diversas bandas, inclusive na orquestra de Ted Herman, da qual saiu para se juntar a Harry James, e era um saxofonista muito seguro, embora não fizesse parte dos mais requisitados.
Atravessamos boa parte da madrugada com muitas cervejas, muitas histórias e muito aprendizado, até que o garçom viesse sinalizar que o serviço de bar seria encerrado.
Quer pelo cansaço, quer pela condição de astro principal, Harry James não desceu para o bar e preferiu tomar a sua cerveja, ou qualquer coisa que o valha, no próprio apartamento, assim como os demais membros da sua entourage, o que foi uma pena.
Na manhã seguinte, o Land Rover seguiu um pouco mais tarde para a nossa missão no Distrito Industrial.
Estávamos em Belo Horizonte, eu e um engenheiro americano chamado Bob Mount, a serviço de uma empresa multinacional para a qual trabalhávamos na época.
O dia havia sido quente, abafado e cansativo. Após ficarmos o tempo todo expostos à poluição do Distrito Industrial de Contagem, finalmente voltamos para a cidade no fim da tarde, chacoalhando no Land Rover que nos servia de transporte.
Depois de um banho reconfortante e de um breve repouso, nos encontramos no bar do hotel – o tradicional Hotel Del Rey – para enfim tomar a nossa merecida cerveja bem gelada e fazer os planos para um jantar à mineira (muito embora os pedaços de queijo também mineiro e a delícia de um pão de queijo que honrava a culinária local já de certa forma nos saciassem a fome).
Sobre a mesa asséptica com tampo de fórmica escura, ao lado de um cardápio plastificado e dos indefectíveis porta-guardanapo, cinzeiro e galheteiro encontrava-se um pequeno folder anunciando para “hoje, às nove da noite, o show do ano”’, o que se afigurava simplesmente imperdível: era a orquestra de Harry James se apresentando no Palácio das Artes!
Seduzidos pela oportunidade de assistirmos a um espetáculo memorável, deixamos prontamente de lado a ideia do jantar à mineira para nos engajar numa típica noitada norte-americana.
Bob já havia assistido a uma ou duas apresentações da orquestra de Harry James nos Estados Unidos – ele não sabia precisar exatamente onde, mas acreditava ter sido em Pittsburgh, cidade sede da empresa onde trabalhávamos, e em Houston, onde ele morava – mas para mim, que conhecia James apenas de alguns filmes de Hollywood e de alguns discos, seria uma novidade fantástica.
O Palácio das Artes ficava a uma distância não muito grande do hotel, mas por via das dúvidas e pelo adiantado da hora resolvemos apanhar um taxi, o que acabou sendo muito providencial porque de repente caiu uma chuva repentina que serviu para amenizar a temperatura da noite, mas que poderia ter esfriado o nosso ânimo.
A porta do teatro apresentava uma fila caudalosa, atrasando o início do show, mas auspiciando o sucesso do espetáculo. Afinal, tratava-se de Harry James, um remanescente das grandes orquestras dos anos 1930, quando surgiu como um dos principais solistas de trompete, e dos anos 1940 em diante, quando liderou uma orquestra que variava entre o swing tradicional e a mais pura e romântica música dançante.
Harry James era possuidor de um sopro peculiar, forte, limpo, macio e tecnicamente perfeito. Dono de um timbre inconfundível aliava muito lirismo a um balanço formidável que convidava à dança.
Já veterano, James trazia consigo para a temporada brasileira uma mescla de músicos bastante rodados – caso do trompetista Nick Buono, remanescente do seu antigo grupo, do baterista Sonny Payne, que durante muitos anos havia feito parte da orquestra de Count Basie, e do trombonista Art Dragon, que tocava regularmente tanto na sua orquestra como na Disneyland Band – com músicos bem mais jovens, como a louríssima e bela saxofonista-barítono Beverly Dahlke-Smith (única mulher do grupo), o baixista Ira Westley com seus cabelos bem na moda dos anos setenta, e um vocalista quase desconhecido chamado Francis Dennis.
Harry James, uma legenda na história da música instrumental, reeditou o brilho da época de ouro do swing e fez uma apresentação de gala, com muito fôlego e muita elegância, sempre imprimindo uma liderança segura sobre o grupo.
As músicas se sucediam dentro de um repertório irrepreensível: “Two O’Clock Jump” (Harry James, Benny Goodman e Count Basie), “Cherokee” (Ray Noble), “Don’t Be That Way” (Benny Goodman, Edward Sampson e Mitchell Parish), “You’ll Never Know” (Mack Gordon e Harry Warren), “More Splutie, Please” (Thad Jones), “Shiny Silk Stocking” (Frank Foster), “You Go To My Head” (J.Fred Coots-Haven Gillespie), “Serenade In Blue” (Mack Gordon-Harry Warren), tendo como base um drive orquestral majestoso que servia de suporte para o som aveludado de James.
Terminado o show, eis-nos de volta ao hotel bastante animados e dispostos a fechar a noite diante de mais algumas cervejas. Afinal, tínhamos assunto de sobra para conversar, Bob lembrando os shows dançantes da sua juventude em Des Moines, no Iowa, e eu me atendo aos discos das grandes orquestras que ouvia desde adolescente.
Novamente no bar, naquela altura quase vazio, experimentamos um petisco mais substancioso, pois afinal não havíamos jantado. Naquela altura já nem fazia sentido a gente reverenciar a culinária local, então partimos para um camarão frito que, dizia o cardápio, era uma das especialidades do hotel.
De repente, entre vozes e gargalhadas, nos deparamos com dois alegres camaradas que vieram ocupar uma mesa ao lado da nossa e se dirigiram ao garçom também pedindo cerveja, mas numa mistura de inglês e castelhano.
Eram um sujeito negro, de meia idade e de estatura baixa e um outro quase ruivo, mais alto, uns vinte anos mais jovem, ambos com a camisa desabotoada no pescoço e as mangas arregaçadas.
Imediatamente, nós os identificamos como músicos da orquestra de James, que coincidentemente estava hospedada no mesmo hotel. Prontamente nos apresentamos e iniciamos uma conversa, o que foi facilitado pelo fato de Mount também ser americano, o que quebrou o gelo instantaneamente.
Os nossos companheiros de fim de noite eram o baterista Sonny Payne e o sax-tenorista Norm Smith, que ficaram felizes por termos estado presentes no show e se declararam encantados com a receptividade do público.
Bob Mount aproveitou para matar saudades das coisas gringas – eles usaram muitas vezes de um linguajar tão coloquial que alguns detalhes me escaparam totalmente, em meio às suas gargalhadas – e eu aproveitei para pedir seus autógrafos na capa do LP que eu havia adquirido no teatro.
Sonny Payne era algo assim como uma figura histórica no mundo das big bands. Desde meados dos anos 1940, Payne havia tocado com diversas orquestras – entre elas Dud & Paul Bascomb, Erskine Hawkins, Count Basie – e em 1966 ingressou na orquestra de Harry James, numa tentativa que James fez de levar para a sua orquestra a “pegada” da cozinha de Count Basie – coisa que James jamais negou. Mais tarde, Payne retornou para a banda de Basie por algum tempo e finalmente voltou a tocar com James, onde estava agora, e onde iria encerrar a sua carreira.
Menos conhecido, Norman Smith havia tocado em diversas bandas, inclusive na orquestra de Ted Herman, da qual saiu para se juntar a Harry James, e era um saxofonista muito seguro, embora não fizesse parte dos mais requisitados.
Atravessamos boa parte da madrugada com muitas cervejas, muitas histórias e muito aprendizado, até que o garçom viesse sinalizar que o serviço de bar seria encerrado.
Quer pelo cansaço, quer pela condição de astro principal, Harry James não desceu para o bar e preferiu tomar a sua cerveja, ou qualquer coisa que o valha, no próprio apartamento, assim como os demais membros da sua entourage, o que foi uma pena.
Na manhã seguinte, o Land Rover seguiu um pouco mais tarde para a nossa missão no Distrito Industrial.
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No dia 27 de outubro, em São Paulo, a orquestra de Harry
James encerrava a sua temporada no Brasil, depois de passar pelo Rio de Janeiro,
Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba. Esta seria a sua última turnê pela
América do Sul, pois o maestro passava por problemas de saúde e começaria a
rarear os shows – na verdade James viria a morrer cinco anos depois, em Las
Vegas.
O show em São Paulo foi realizado num grande salão chamado Boite Aquarius, e eu novamente participei da grande festa, desta vez sem a presença de Bob Mount.
A Aquarius era uma das discoteques mais badaladas da cidade e sua pista de dança normalmente fervilhava com as músicas quentes do final dos anos 1970 como “I Will Survive” (Gloria Gaynor) com Gloria Gaynor, “Macho Man” (Henri Belolo, Victor Willis e Jacques Morali) com o Village People, “Stayin’ Alive” (Barry Gibb, Robin Gibb e Maurice Gibb) com os Bee Gees e “Dancing Queen” (Benny Andersson e Bjorn Ulvaeus) com o grupo ABBA, com direito à devida decoração e efeitos psicodélicos especiais.
Naquela noite muito particular, tanto a sonoridade quanto a decoração da sala mudou drasticamente, e o ambiente voltou no tempo e variou de “Trumpet Blues” (Harry James) a “You Made Me Love You” (Joseph McCarthy e James V.Monaco), dois dos maiores sucessos de James – que não haviam estado no repertório de Belo Horizonte – e a Aquarius se transformou num grande Savoy Ballroom dos anos 1940.
Depois da apresentação, a orquestra se retirou do palco, mas a música que havia sido gravada no show continuou tocando por quase uma hora para que o pessoal pudesse continuar dançando, e alguns músicos caíram na gandaia junto com o público.
Entre eles, lá estava o nosso amigo Sonny Payne, que esbanjava alegria e dançava um insuspeito lindy hop, para a alegria dos presentes.
Num momento de repouso, voltamos a trocar ideias junto ao balcão do bar, relembrando a madrugada do Del Rey American Bar ao lado de mais outras tantas latinhas de cerveja.
Ele estava feliz em ter vindo para o Brasil e fazia planos para retornar num futuro breve, pegando carona com alguma orquestra que viesse fazer alguma temporada por aqui.
Mas Sonny não conseguiu realizar os seus planos, pois morreu num acidente de carro três meses depois numa estrada de Los Angeles.
O show em São Paulo foi realizado num grande salão chamado Boite Aquarius, e eu novamente participei da grande festa, desta vez sem a presença de Bob Mount.
A Aquarius era uma das discoteques mais badaladas da cidade e sua pista de dança normalmente fervilhava com as músicas quentes do final dos anos 1970 como “I Will Survive” (Gloria Gaynor) com Gloria Gaynor, “Macho Man” (Henri Belolo, Victor Willis e Jacques Morali) com o Village People, “Stayin’ Alive” (Barry Gibb, Robin Gibb e Maurice Gibb) com os Bee Gees e “Dancing Queen” (Benny Andersson e Bjorn Ulvaeus) com o grupo ABBA, com direito à devida decoração e efeitos psicodélicos especiais.
Naquela noite muito particular, tanto a sonoridade quanto a decoração da sala mudou drasticamente, e o ambiente voltou no tempo e variou de “Trumpet Blues” (Harry James) a “You Made Me Love You” (Joseph McCarthy e James V.Monaco), dois dos maiores sucessos de James – que não haviam estado no repertório de Belo Horizonte – e a Aquarius se transformou num grande Savoy Ballroom dos anos 1940.
Depois da apresentação, a orquestra se retirou do palco, mas a música que havia sido gravada no show continuou tocando por quase uma hora para que o pessoal pudesse continuar dançando, e alguns músicos caíram na gandaia junto com o público.
Entre eles, lá estava o nosso amigo Sonny Payne, que esbanjava alegria e dançava um insuspeito lindy hop, para a alegria dos presentes.
Num momento de repouso, voltamos a trocar ideias junto ao balcão do bar, relembrando a madrugada do Del Rey American Bar ao lado de mais outras tantas latinhas de cerveja.
Ele estava feliz em ter vindo para o Brasil e fazia planos para retornar num futuro breve, pegando carona com alguma orquestra que viesse fazer alguma temporada por aqui.
Mas Sonny não conseguiu realizar os seus planos, pois morreu num acidente de carro três meses depois numa estrada de Los Angeles.
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