TÂNIA MARIA NO SEXTA JAZZ
(No dia 28/01/2011, Tânia Maria estava em São Luís curtindo a
cidade e os parentes quando foi procurada pelos produtores Celijon Ramos e Fafá
Cristina – leia-se Satchmo Produções – para uma possível aparição no meu programa
Sexta Jazz, na Rádio Universidade. Ela concordou gentilmente e teve um programa
feito com a sua presença e em sua homenagem)
O
programa já havia começado quando Tania Maria apareceu com o seu séquito. Ela
não parecia nenhuma rainha, pois este não é o seu jeito de ser, mas a sua
presença e sua simpatia iluminaram o estúdio de uma forma diferente, pois
existia realeza no ar.
Não
vou falar da Tânia Maria cantora, compositora ou pianista, pois muito já foi
dito e ainda se diz em releases os mais diversos, biográficos e discográficos.
Além
do mais, a sua música fala por ela.
Vou
falar da mulher amadurecida pelos anos e curtida em bons barris de jazz que se
vê e vê a todos com a simplicidade que só as grandes pessoas possuem.
Conversamos
sobre os mais diversos assuntos em on e em off que envolveram desde os
primórdios da sua carreira de cantora até algumas admiráveis carraspanas que já
passou porque, é claro, isso é muito bom e ninguém é de ferro.
Pra
não dizer que não falei da artista Tânia Maria, cabe dizer que sua obra
discográfica é vasta, rica e absolutamente autêntica, não se percebendo nela
traços dos grandes pianistas americanos – Tatum, Peterson, Evans, Brubeck – mas
a malícia de João Donato ou Johnny Alf.
Mesmo
residindo em Paris, depois de um estágio em Nova York , ela não nega
suas origens e compõe com o espírito brasileiro, inclusive lançando mão do
nosso idioma em diversas criações.
O
estúdio se curvou, emocionado, quando Tânia Maria declarou alto e bom som sem
ter sido perguntada: “eu não costumo dar entrevistas, e este é o primeiro
programa radiofônico de jazz do qual em participo”.
Sexta
Jazz e Augusto Pellegrini agradecem comovidos.
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