segunda-feira, 26 de junho de 2017





TÂNIA MARIA NO SEXTA JAZZ

(No dia 28/01/2011, Tânia Maria estava em São Luís curtindo a cidade e os parentes quando foi procurada pelos produtores Celijon Ramos e Fafá Cristina – leia-se Satchmo Produções – para uma possível aparição no meu programa Sexta Jazz, na Rádio Universidade. Ela concordou gentilmente e teve um programa feito com a sua presença e em sua homenagem)

O programa já havia começado quando Tania Maria apareceu com o seu séquito. Ela não parecia nenhuma rainha, pois este não é o seu jeito de ser, mas a sua presença e sua simpatia iluminaram o estúdio de uma forma diferente, pois existia realeza no ar.
Não vou falar da Tânia Maria cantora, compositora ou pianista, pois muito já foi dito e ainda se diz em releases os mais diversos, biográficos e discográficos.
Além do mais, a sua música fala por ela.
Vou falar da mulher amadurecida pelos anos e curtida em bons barris de jazz que se vê e vê a todos com a simplicidade que só as grandes pessoas possuem. 
Conversamos sobre os mais diversos assuntos em on e em off que envolveram desde os primórdios da sua carreira de cantora até algumas admiráveis carraspanas que já passou porque, é claro, isso é muito bom e ninguém é de ferro.
Pra não dizer que não falei da artista Tânia Maria, cabe dizer que sua obra discográfica é vasta, rica e absolutamente autêntica, não se percebendo nela traços dos grandes pianistas americanos – Tatum, Peterson, Evans, Brubeck – mas a malícia de João Donato ou Johnny Alf.
Mesmo residindo em Paris, depois de um estágio em Nova York, ela não nega suas origens e compõe com o espírito brasileiro, inclusive lançando mão do nosso idioma em diversas criações.
O estúdio se curvou, emocionado, quando Tânia Maria declarou alto e bom som sem ter sido perguntada: “eu não costumo dar entrevistas, e este é o primeiro programa radiofônico de jazz do qual em participo”.

Sexta Jazz e Augusto Pellegrini agradecem comovidos.

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