sexta-feira, 22 de novembro de 2019







NÃO VOU JAMAIS AMAR 

(Samba de Augusto Pellegrini – Marinho – Luís Albuquerque)

Me vejo perdido num canto
A chorar de aflição
Passado, saudade
Lembrança, desilusão
Palavras que têm consistência
Num samba, é verdade
Mas que na realidade
Só fazem magoar um coração

Pedaços da minha vida
Espalhados ao chão
Colhidos e reconfessados
Por meu violão 
Se toda a filosofia
Pudesse assim demonstrar
Toda a verdade contida
Num samba na mesa de um bar
Confesso, então eu diria
Ironia, melhor não falar
Em samba e na poesia
Não vou jamais amar

1976

Nenhum comentário: