COPA 2014 – A COLÔMBIA
DESPONTA NO GRUPO C
O
Grupo C da Copa do Mundo terá como participantes a Colômbia, o Grécia, a Costa
do Marfim e o Japão.
Visto
sob a ótica do retrospecto, este grupo pode ser considerado o mais fraco de
todos, pois reúne seleções que nunca chegaram a assustar. Teoricamente existe
um certo equilíbrio porque apesar de a Colômbia ser a cabeça de chave, o Japão,
último a ser escolhido no sorteio, possui mais tradição tanto na quantidade de
Copas disputadas como nos resultados obtidos.
Mas
a imprensa especializada e os comentaristas de diversos países colocam a
Colômbia entre as seleções que podem surpreender, pois ela está atualmente em
quarto lugar no ranking da Fifa, atrás apenas da Espanha, Alemanha e Portugal,
e à frente do Uruguai, Argentina e Brasil.
A equipe possui alguns jogadores
de renome que atuam no futebol europeu e disputou com muito brilho as
Eliminatórias Sul-Americanas, terminando em segundo lugar a apenas dois pontos
da Argentina.
Historicamente,
porém, a Colômbia nunca chegou a cumprir um bom papel em Copas do Mundo. Sua
melhor participação foi em 1990, quando chegou até as oitavas de final,
terminando na 14ª posição. Em 1962, 1994 e 1998 apenas cumpriu tabela, sendo
eliminada logo na primeira fase.
No
Brasil, a equipe tem condições de seguir em frente, pois jogará contra a Grécia
sob o calor de Belo Horizonte à uma da tarde, enfrentando depois a Costa do
Marfim em Brasília e o Japão em Cuiabá.
A
Colômbia vem credenciada por ter na sua escalação os jogadores Cristian Zapata
(Milan), Héctor Quiñones (FC Porto), Juan Camilo Zuñiga (Napoli), Fredy Guarin
(Internazionale), Juan Guillermo Cuadrado (Fiorentina), e espera poder contar
com Falcao Garcia (Monaco), que se recupera de contusão. Na lista, dois
conhecidos dos brasileiros – Edwin Valencia (Fluminense) e Dorlan Pabón (São
Paulo).
Sua
maior conquista foi a Copa América de 2001, disputada na própria Colômbia.
O
Japão é a seleção mais laureada da Ásia. Tetracampeão asiático – 1992, 2000,
2004 e 2011 – conseguiu seu melhor lugar em Copas do Mundo em 2010, quando
alcançou as oitavas de final e chegou em 9ª lugar na classificação geral. Foi
também 9º em 2002. Em 1998 e 2006, porém, não passou da primeira fase.
O
Japão não possui grandes destaques individuais, mas trabalha um futebol bastante
disciplinado e com grande noção de conjunto. O meia Keisuke Honda (Milan) e o
atacante Shinji Kagawa (Manchester United) poderão fazer a diferença, ao lado
de Atsuto Uchida (Shalke 04), Gotoku Sakai (Stuttgart) e Takashi Inui (Eintracht
Frankfurt).
A
Grécia, campeã da Eurocopa em 2004, disputou apenas duas Copas do Mundo – 1994
e 2010 – chegando em 23º e 25º lugar, respetivamente. É verdade que se
classificou com sobras para esta Copa, fazendo 25 pontos ao lado da Bósnia,
deixando o terceiro colocado a 12 pontos de diferença, mas seu futebol não
anima nem os mais otimistas.
Seus
principais jogadores são o zagueiro Sotirios Kyrgiakos (Sunderland), e os
atacantes Theofanis Gekas (Konyaspor – Turquia) e Giorgios Samaras (Celtic).
A
Costa do Marfim surge como uma incógnita, o que costuma ser uma marca
registrada das seleções africanas. Sua presença na Copa do Mundo se limita a
duas passagens opacas – 2006 e 2010 – onde foi eliminada na primeira fase e ficou
respectivamente em 17º e 19º lugar.
Os
marfinenses estão com dois sérios problemas. O volante Yaya Touré (Manchester
City) sofreu uma contusão grave no último domingo num jogo pelo campeonato
inglês e está praticamente fora da Copa, e o veterano atacante Didier Drogba
(Galatassaray-Turquia) chegará no Brasil se recuperando de uma lesão. Sobra
para Kolo Touré (zagueiro do Liverpool), Didier Zokora (volante do Trabzonspor-Turquia)
e para o atacante Gervais Yao Kouassi, mais conhecido como Gervinho (Roma).
Augusto Pellegrini
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