ARTIGO PUBLICADO NO
CADERNO “SUPER ESPORTE” DO JORNAL “O IMPARCIAL” DE 15/05/2014
Grupo G – O RETROSPECTO FAVORECE A ALEMANHA
A
Alemanha se afigura como a grande força do seu grupo, tanto no que diz respeito
ao retrospecto como ao futebol atualmente praticado.
A
seleção germânica deixou de disputar apenas duas das dezenove Copas realizadas
(em 1930, quando não se interessou em viajar para o Uruguai, e em 1950, banida
pela Fifa por causa das estripulias nazistas). Mas quando participou quase
sempre deixou a sua marca: quatro vezes em terceiro lugar, quatro vezes em
segundo e três vezes campeã (1954,1974 e 1990). Seu currículo também mostra
três conquistas da Eurocopa.
O
futebol da Alemanha foi fortemente marcado pela política. De 1938 a 1945 os
austríacos, com a anexação do país, fizeram parte da seleção, mas isso não
chegou a fazer diferença. De 1950 a 1990 ela atuou dividida, pois a forte
Alemanha Ocidental e a fraca Alemanha Oriental possuíam seleções distintas – a
união veio com a queda do muro de Berlim.
Os
jogadores alemães aliam um grande refinamento técnico a muita força e
determinação, atacando e defendendo em bloco.
A
base do time que vai se apresentar na Copa é formada por jogadores do Bayern
Munich: o goleiro Manuel Neuer, os defensores Phillip Lahm e Jérôme Boateng e
os meias Bastian Schweinsteiger, Thomas Müller e Mario Götze. Somam-se a estes
o zagueiro Per Mertesacker (Arsenal), os meias Sami Khedira e Mezut Özil (Real
Madrid) e Marco Reus (Borussia Dortmund) e os atacantes Lukas Podolski
(Arsenal) e Miroslav Klose (Lazio), que disputa a sua última Copa com a
intenção de ser o maior artilheiro dos Mundiais.
Por
outro lado, Portugal, seu mais forte adversário, tem um retrospecto muito fraco
em Copas do Mundo. Disputou apenas cinco vezes, e o melhor que conseguiu foi um
terceiro lugar em 1966. Pior na Eurocopa, para a qual se classificou apenas
três vezes (o melhor resultado alcançado foi um vice-campeonato para a Grécia
em 2004, apesar de jogar em casa).
O
público brasileiro e a numerosa colônia lusitana terá a oportunidade de torcer
por alguns bons jogadores, que estão a merecer um resultado melhor nessa
competição. O goleiro será Eduardo (Braga) ou Rui Patrício (Sporting), seguidos
dos defensores Fabio Coentrão (Real Madrid), Bruno Alves (Fernebahçe) e do
luso-alagoano Pepe (Real Madrid), dos meias João Moutinho (Monaco) e Raul
Meireles (Fernebahçe) e dos atacantes Nani (Manchester United), Hélder Postiga
(Valencia), Hugo Almeida (Besiktas) e Cristiano Ronaldo (Real Madrid),
atualmente o melhor jogador do mundo.
Gana
é uma das maiores forças do futebol africano. Venceu quatro Copas das Nações
Africanas e cinco Copas da África Ocidental, e conquistou três títulos mundiais
do futebol de base – dois Campeonatos Sub-17 e um Sub-20. Participou de duas
Copas do Mundo, em 2006, quando foi eliminada pelo Brasil na segunda fase, e em
2010, quando perdeu para o Uruguai nos pênaltis, nas quartas de final. Em
Copas, jogou duas vezes contra os norte-americanos e venceu por 2x1 nas duas
oportunidades.
Seu
principal jogador é o meia Michael Essien, que joga no Milan. Outros destaques são
os defensores Jonathan Mensah (Sunderland), John Boye (Rennes) e Daniel Opare
(Standard Liège), o meia Sulley Ali Muntari (Sunderland) e os atacantes Asamoah
Gyan (Sunderland), Kevin-Prince Boateng (Schalke 04) e Mathew Amoah (NAC Breda
– Holanda).
Os
Estados Unidos participaram de dez edições e sua melhor colocação foi um
terceiro lugar em 1930. Atualmente o país ocupa a honrosa 13ª posição no
ranking da Fifa e o primeiro lugar na CONCACAF. O nome mais conhecido é o
veterano atacante Landon Donovan, que atualmente defende o LA Galaxy – EUA.
Outros jogadores experientes são o goleiro Tim Howard (Everton) e o meia
Jermaine Jones (Besiktas). O elenco também conta com os zagueiros Geoff Cameron
(Stoke City) e John Brooks (Hertha Berlim), os meias Michael Bradley (Toronto)
e Alejandro Bedoya (Nantes), e os atacantes Clint Dempsey (Fulham) e Jozy
Altidore (Sunderland).
Augusto Pellegrini
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