À PROCURA DO MEU EU
(Augusto
Pellegrini)
Saí um dia à
procura
Do meu eu mais que perfeito
E retornei contrafeito
Pois depois de tanta lida
Percebi que nesta vida
Não há meu eu que dê jeito
Do meu eu mais que perfeito
E retornei contrafeito
Pois depois de tanta lida
Percebi que nesta vida
Não há meu eu que dê jeito
Saí um dia à
procura
De um amor verdadeiro
E passei um ano inteiro
Batendo de porta em porta
Pra saber se alguém se importa
Com este meu eu romanceiro
De um amor verdadeiro
E passei um ano inteiro
Batendo de porta em porta
Pra saber se alguém se importa
Com este meu eu romanceiro
Saí um dia à
procura
De algo meu proibido
Como um vício desmedido
Que me levasse à loucura
E percebi que a procura
Tornou meu eu desvalido
De algo meu proibido
Como um vício desmedido
Que me levasse à loucura
E percebi que a procura
Tornou meu eu desvalido
Saí um dia à
procura
De um tesouro à deriva
Pra tornar mais atrativa
Esta vida de problemas
E vi meu eu num dilema
Entre o fato e a expectativa
De um tesouro à deriva
Pra tornar mais atrativa
Esta vida de problemas
E vi meu eu num dilema
Entre o fato e a expectativa
Saí um dia à
procura
De um destino, embora incerto
Fui em frente, peito aberto
Não passei do desejado
Recuei, amedrontado
Sem ter salvação por perto
De um destino, embora incerto
Fui em frente, peito aberto
Não passei do desejado
Recuei, amedrontado
Sem ter salvação por perto
Saí um dia à
procura
Do meu mundo verdadeiro
E era você, por inteiro
O meu eu que eu procurava
No fim, não passou de um sonho
A imagem que se formava
Do meu mundo verdadeiro
E era você, por inteiro
O meu eu que eu procurava
No fim, não passou de um sonho
A imagem que se formava
Saí um dia à
procura
Daquela paz almejada
Notei que no fim da estrada
Tinha alguém à minha espera
Entre a surpresa e a quimera
Era o meu eu que lá estava
Daquela paz almejada
Notei que no fim da estrada
Tinha alguém à minha espera
Entre a surpresa e a quimera
Era o meu eu que lá estava
Outubro 2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário