CARTAGO
(Augusto
Pellegrini)
A morte rasga a
carne da vil soldadesca
Em meio à intensa névoa e a um grande rebuliço
E a virgem segue nua e exposta ao sacrifício
Toda banhada em sangue na cena dantesca
Em meio à intensa névoa e a um grande rebuliço
E a virgem segue nua e exposta ao sacrifício
Toda banhada em sangue na cena dantesca
A horda invade
a praça, as ruas e as vielas
Ao som do grito louco dos conquistadores
O fogo queima tudo, portas e janelas
E os moradores lutam, sucumbindo em dores
Ao som do grito louco dos conquistadores
O fogo queima tudo, portas e janelas
E os moradores lutam, sucumbindo em dores
O massacre
segue solto, gritos e gemidos
Os animais se lançam numa cruel debandada
Espadas ceifam vidas em brutal alarido
E o sangue lava as ruas e corre nas calçadas
Os animais se lançam numa cruel debandada
Espadas ceifam vidas em brutal alarido
E o sangue lava as ruas e corre nas calçadas
Como ponto final
a um século de guerras
Um povo escravizado, a vida num impasse
O invasor espalha sal na conquistada terra
Para que o chão estéril nunca mais vicejasse
Um povo escravizado, a vida num impasse
O invasor espalha sal na conquistada terra
Para que o chão estéril nunca mais vicejasse
Não temos uma
guerra, é execução, somente
Pois o povo indefeso não é feito de soldados
Pura maldade de um invasor inclemente
É Roma destruindo a República de Cartago
Pois o povo indefeso não é feito de soldados
Pura maldade de um invasor inclemente
É Roma destruindo a República de Cartago
Fevereiro 2019
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