A FOLHA E O EQUILIBRISTA
(Augusto
Pellegrini)
É outono. As
folhas caem
Deixando as árvores nuas
O vento as leva e as espalha
Pelos campos, pelas ruas
Deixando as árvores nuas
O vento as leva e as espalha
Pelos campos, pelas ruas
Algumas descem
do céu
Em uma festa imprevista
Como se debaixo dela
Estivesse um equilibrista
Em uma festa imprevista
Como se debaixo dela
Estivesse um equilibrista
Talvez uma
delas desça
Mesmo sem prévio destino
Sobre um cão, bem na cabeça
Incomodando o focinho
Mesmo sem prévio destino
Sobre um cão, bem na cabeça
Incomodando o focinho
O cão desperta
do sono
Com a folha sobre a cabeça
Sente o aroma bom do outono
E volta a dormir sua sesta
Fazem parte da paisagem
A árvore, o cão e a praça
Mostrando do outono a imagem
De paz, de leveza e graça
Com a folha sobre a cabeça
Sente o aroma bom do outono
E volta a dormir sua sesta
Fazem parte da paisagem
A árvore, o cão e a praça
Mostrando do outono a imagem
De paz, de leveza e graça
O cão equilibra
a folha
Bem na ponta o nariz
Mas o faz por própria escolha
Como um palhaço feliz
Bem na ponta o nariz
Mas o faz por própria escolha
Como um palhaço feliz
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