JARDIM ABANDONADO
(Augusto
Pellegrini)
Há muito tempo
este portão não abre
Está trancado a chave e cadeado
Gonzos estão cobertos de azinhavre
E o ferro se desfaz, enferrujado
Está trancado a chave e cadeado
Gonzos estão cobertos de azinhavre
E o ferro se desfaz, enferrujado
Lá dentro o
mato já se assenhoreia
E teimosas florezinhas se apresentam
Tentando dar beleza à coisa feia
Que a incúria e o desleixo representam
E teimosas florezinhas se apresentam
Tentando dar beleza à coisa feia
Que a incúria e o desleixo representam
O lado de
dentro um dia foi jardim
Cuidado foi com diligência e esmero
Mas desavenças puseram um fim
E em pouco tempo veio o desespero
Cuidado foi com diligência e esmero
Mas desavenças puseram um fim
E em pouco tempo veio o desespero
Hoje não há
jardim, portão não há
Tampouco a natureza em pleno viço
Canteiro bem tratado, isso também não há
Somente a decadência e o descompromisso
Tampouco a natureza em pleno viço
Canteiro bem tratado, isso também não há
Somente a decadência e o descompromisso
A derrocada em
tudo se denota
Retrato infame do que um dia foi belo
Só vejo as ruínas daquele castelo
Uma aridez onde a saudade brota
Retrato infame do que um dia foi belo
Só vejo as ruínas daquele castelo
Uma aridez onde a saudade brota
Fevereiro 2019
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