DOS USOS E (MAUS) COSTUMES
(Augusto Pellegrini)
Fazendo uma exegese dos costumes
Vou começar falando de comida
Necessidade principal do homem
E de qualquer ser que nesta terra habita
Que todo dia tem que saciar a fome
Para manter sua condição de vida
Qualquer ser vivo sente fome, e come
Isto é fundamental para a subsistência
Assim, os animais, os insetos e o homem
Conseguem conservar sua energia
Com todo o combustível que consomem
Para consolidar sua sobrevivência
Mas tudo é feito sem muito critério
Alguns comem demais, outros de menos
Há os que colocam lenha demais na
fornalha
Ficando obesos, pesados e lentos
E os que não têm o pão, só as migalhas
Rosto sem vida, triste e macilento
Outra necessidade é a do agasalho
Que nos protege dos olhares e do tempo
Já foi-se o tempo em que mulher e homem
Usavam pele de animais como paramento
Depois veio a vergonha – diz a lenda
E começaram a cobrir as partes pudendas
Por um estranho desvio de conduta
Estamos atualmente em retrocesso
E as partes que eram pudicamente veladas
Agora são mostradas a céu aberto
Por homens e mulheres que por certo
Gostam de estar pelados e peladas
Outro fator que determina a história
É a convivência dos povos, ou a falta
dela
Pois desde os tempos em que se tem
registro
Homens se batem, combatem e se matam
Uns aos outros, por qualquer motivo
Transformando o mundo todo num lugar sinistro
Não existe um ano só, no calendário
Em que o mundo não registre alguma
guerra
Uma revolução ou algum distúrbio sério
O que leva os homens a se digladiarem
Fazendo de um jardim um cemitério
E molhando de sangue e lágrimas a terra
Fazer do uso bom um mau costume
Tornou-se do homem especialidade
Pois ele sempre busca um adversário
Na luta por poder ou materialidades
Ou outras condições que lhe provocam
inveja
E o fazem ser de um crime mandante ou sicário
Dezembro 2020
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