A PORTA ABERTA
(Augusto
Pellegrini)
E, de repente,
a porta fica aberta
Deixando passar uma lembrança amarga
Tento um protesto, mas a voz embarga
Lembrança errada na hora mais incerta
Por que
voltaste a me assombrar em sonhos
E reviver uma mágoa esquecida?
Lembrança má das ilusões sofridas
Qual vagas loucas chicoteando escolhos
A porta fica
aberta e tu passas por ela
A mesma imagem que atravessa os anos
Dores da alma, pranto, desenganos
Passam também, seguindo o vulto em tela
Quero acordar
deste meu sonho ruim
Fugir do teu, do meu fantasma abjeto
Sonho importuno que me deixa inquieto
Sonho indiscreto que não tem mais fim
Mar 2018
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