terça-feira, 9 de março de 2021

 


AS CORES DO SWING
           (Livro de Augusto Pellegrini)

BANDLEADERS E DISCOGRAFIA


DON ELLIS (1934-1978) 

Nome completo – Donald Johnson Ellis

Nascimento – Los Angeles-California-EUA

Falecimento – Hollywood-California-EUA

Instrumento – trompete

 

Comentário – Don Ellis cresceu no meio de gospels e spirituals, pois seu pai era pastor luterano e sua mãe tocava órgão na igreja. Bastou, no entanto, ele assistir a um concerto da orquestra de Tommy Dorsey para que se rendesse completamente ao jazz. Depois de estudar música e se graduar em composição pela Universidade de Boston, Ellis decidiu ser trompetista. Seu primeiro trabalho, aos vinte e dois anos, foi na Glenn Miller Orchestra, que na época, nove anos depois da morte de Miller, era dirigida por Ray Mc Kinley. Depois, Ellis serviu no exército americano na Alemanha, onde se juntou à Seventh Army Symphony and Soldiers’ Show Company, e conheceu o pianista Cedar Walton e os saxofonistas Eddie Harris e Don Menza. Quando retornou aos Estados Unidos, Don Ellis excursionou com a orquestra de Charlie Barnet e depois ingressou na banda de Maynard Ferguson antes de participar de gravações junto à orquestra de Charlie Mingus, que executava um jazz post-bop explorando elementos vanguardistas. Foi nestas orquestras que Ellis adquiriu toda a bagagem musical que faria dele um respeitado inovador dentro do campo do jazz de big band, especialmente na música orquestral de vanguarda. Don Ellis se notabilizou como trompetista, baterista e compositor, exercendo grande influência sobre os músicos nas orquestras por onde passou, pelo seu grande conhecimento, por seu caráter imaginativo e por sua incessante busca de novos sons. Com base nesta liderança, ele montou a sua própria orquestra em 1965, produzindo um som vibrante e “cheio de cores”. Sua big band misturava o estilo bop com o free-jazz e também utilizava fragmentos da música clássica e da música indiana. Sua orquestra se notabilizou pelo lineup diferente – ele chegava a utilizar três contrabaixistas e três bateristas na mesma execução musical, variando ele próprio na execução do trompete e da bateria. Infelizmente, Don Ellis não conseguiu seguir em frente com seus experimentos, pois morreu aos quarenta e quatro anos, vitimado por um ataque cardíaco, privando o mundo do jazz de um músico criativo e promissor. Don Ellis se manteve musicalmente ativo desde o final dos anos 1950 até a final dos anos 1970.

 

Algumas gravações 

Beat Me Daddy, Seven To The Bar (Hughie Prince-Don Raye-Eleanore Sheehy)

Chain Reaction (Hank Levy)

Concerto For Trumpet (Don Ellis)

Final Analysis (Don Ellis)

I Remember Clifford (Benny Golson)

Indian Lady (Don Ellis)

Loneliness (Don Ellis)

New Nine (Don Ellis)

Night City (Don Ellis-Kelly McFadden)

Passacaglia And Fugue (Hank Levy)

Pussywiggle Stomp (Don Ellis)

Put It Where You Want It (Joe Sample)

Seven Up (Howlett Smith)

Tears Of Joy (Don Ellis)

The Blues (Don Ellis)

Turkish Bath (Ron Meyers)

 

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