AS CORES DO SWING
(Livro de Augusto Pellegrini)
BANDLEADERS E DISCOGRAFIA
DON ELLIS (1934-1978)
Nome completo – Donald Johnson Ellis
Nascimento – Los Angeles-California-EUA
Falecimento – Hollywood-California-EUA
Instrumento – trompete
Comentário – Don Ellis cresceu no meio de gospels e spirituals, pois seu pai era pastor luterano e sua mãe tocava órgão
na igreja. Bastou, no entanto, ele assistir a um concerto da orquestra de Tommy
Dorsey para que se rendesse completamente ao jazz. Depois de estudar música e
se graduar em composição pela Universidade de Boston, Ellis decidiu ser
trompetista. Seu primeiro trabalho, aos vinte e dois anos, foi na Glenn Miller
Orchestra, que na época, nove anos depois da morte de Miller, era dirigida por
Ray Mc Kinley. Depois, Ellis serviu no exército americano na Alemanha, onde se
juntou à Seventh Army Symphony and Soldiers’ Show Company, e conheceu o
pianista Cedar Walton e os saxofonistas Eddie Harris e Don Menza. Quando
retornou aos Estados Unidos, Don Ellis excursionou com a orquestra de Charlie
Barnet e depois ingressou na banda de Maynard Ferguson antes de participar de
gravações junto à orquestra de Charlie Mingus, que executava um jazz post-bop explorando elementos
vanguardistas. Foi nestas orquestras que Ellis adquiriu toda a bagagem musical
que faria dele um respeitado inovador dentro do campo do jazz de big band, especialmente na música
orquestral de vanguarda. Don Ellis se notabilizou como trompetista, baterista e
compositor, exercendo grande influência sobre os músicos nas orquestras por
onde passou, pelo seu grande conhecimento, por seu caráter imaginativo e por
sua incessante busca de novos sons. Com base nesta liderança, ele montou a sua
própria orquestra em 1965, produzindo um som vibrante e “cheio de cores”. Sua big band misturava o estilo bop com o free-jazz e também utilizava fragmentos da música clássica e da
música indiana. Sua orquestra se notabilizou pelo lineup diferente – ele chegava a utilizar três contrabaixistas e
três bateristas na mesma execução musical, variando ele próprio na execução do
trompete e da bateria. Infelizmente, Don Ellis não conseguiu seguir em frente
com seus experimentos, pois morreu aos quarenta e quatro anos, vitimado por um
ataque cardíaco, privando o mundo do jazz de um músico criativo e promissor.
Don Ellis se manteve musicalmente ativo desde o final dos anos 1950 até a final
dos anos 1970.
Algumas gravações
Beat Me Daddy, Seven To The Bar (Hughie Prince-Don Raye-Eleanore Sheehy)
Chain Reaction (Hank
Levy)
Concerto For Trumpet (Don Ellis)
Final Analysis (Don
Ellis)
I Remember Clifford (Benny Golson)
Indian Lady (Don
Ellis)
Loneliness (Don
Ellis)
New Nine (Don
Ellis)
Night City (Don
Ellis-Kelly McFadden)
Passacaglia And Fugue (Hank Levy)
Pussywiggle Stomp (Don
Ellis)
Put It Where You Want It (Joe Sample)
Seven Up (Howlett
Smith)
Tears Of Joy (Don
Ellis)
The Blues (Don
Ellis)
Turkish Bath (Ron
Meyers)
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