sexta-feira, 25 de novembro de 2022

 


NÃO VOU JAMAIS AMAR 

1976

(Samba de Augusto Pellegrini, Marinho e Luís Albuquerque)

 

Me vejo perdido num canto

A chorar de aflição

Passado, saudade

Lembrança, desilusão

Palavras que têm consistência

Num samba, é verdade

Mas que na realidade

Só fazem magoar um coração

 

Pedaços da minha vida

Espalhados ao chão

Colhidos e reconfessados

Por meu violão 

Se toda a filosofia

Pudesse assim demonstrar

Toda a verdade contida

Num samba na mesa de um bar

Confesso, então eu diria

Ironia, melhor não falar

Em samba e na poesia

Não vou jamais amar

Confesso, então eu diria

Ironia, melhor não falar

Em samba e na poesia

Não vou jamais amar

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