quinta-feira, 15 de maio de 2014








ARTIGO PUBLICADO NO CADERNO “SUPER ESPORTE” DO JORNAL “O IMPARCIAL” DE 01/05/2014

Grupo E – A FRANÇA DEVE LARGAR NA FRENTE

Se as Eliminatórias europeias funcionassem como um fiel de balança, a desacreditada Suíça seria favorita disparada para se classificar no Grupo E da Copa do Mundo 2014.
A Suíça terminou a fase classificatória em primeiro lugar e de forma invicta, com 7 vitórias e 3 empates, fato bastante promissor para um país que teve como melhor resultado em nove Copas disputadas apenas um discreto 6º lugar em 1950, com a presença de somente 13 participantes.
Nestas Eliminatórias, os suíços tiveram a sorte de não enfrentar nenhum bicho-papão – seus adversários foram Islândia, Eslovênia, Noruega, Albânia e Chipre – mas isto não tira o mérito da sua caminhada.
Pra completar, a Suíça detém no momento a sua melhor posição no ranking de seleções, um 8º lugar, logo abaixo do Brasil. O país tem, no entanto, uma baixa produção na Eurocopa, com apenas um 9º lugar em 2008 e um 15º em 2004.
Seu líder e melhor jogador, o marfinense naturalizado Johan Djourou se submeteu a uma cirurgia e está fora da Copa, mas a equipe vem representada por outros bons valores – o goleiro Diego Benaglio (Wolfsburg), os defensores Philippe Senderos (Valencia) e Stephan Lichtsteiner (Juventus), o meia Tranquillo Barnetta (Schalke 04), o atacante Mario Gavranovic (Zurich) e o melhor deles, o meio-campista Xherdan Shaqiri (Bayern Munich).   
O Equador é um país de fraca tradição futebolística e nunca brilhou em competições internacionais.  Participou somente de duas Copas do Mundo, em 2002 e 2006, amargando um 24º e um 12º lugar, respectivamente. Na Copa América o máximo que conseguiu foi um 4º lugar em 1993, jogando em casa.
Pode, no entanto, ser beneficiado pelo clima sul-americano, surpreender algum favorito e passar para a segunda fase. Aí, o que vier será lucro.
O craque do time é o meia Antonio Valencia (Manchester United), de acordo com registros oficiais o jogador mais rápido do mundo, alcançando a velocidade de 35 m/seg, mais até do que o recordista Usain Bolt. Eles também têm os meias Christian Noboa (Dynamo Moscow) e Enner Valencia (Pachuca-México) e os atacantes Joao Rojas (Cruz Azul-México) e Felipe Caicedo (Al Jazira-Emirados Árabes).
Depois de um redondo fracasso em 2010 na África do Sul, a França sofreu uma série de mudanças, conseguiu reencontrar o seu futebol de dez anos atrás e desponta como franca favorita para ficar com uma das duas vagas da primeira fase. Tudo indica que no Brasil os Bleus farão valer a tradição, pois possuem no elenco alguns talentos incontestes encabeçados por Karim Benzema, do Real Madrid, e Frank Ribéry, do Bayern Munich. Outros jogadores que podem fazer a diferença são o goleiro Hugo Lloris (Tottenham), os defensores Patrice Evra (Manchester United) e Eric Abidal (Monaco) e os meias Samir Nasri (Manchester City), Mathieu Valbuena (Olympique de Marseille) e Yohan Cabaye (Newcastle).
Os franceses participaram de 12 Copas, e têm no seu cartel um título – em 1998 ao vencer o Brasil em Paris por 3x0 – um vice-campeonato para a Itália em 2006 e um terceiro lugar em 1958, com uma única derrota – 5x2 para o Brasil nas semifinais.
A França também ganhou duas Copas das Confederações (2001 e 2003) e duas Eurocopas (1984 e 2000).
Honduras é a seleção mais fraca do grupo, e deve na verdade participar como uma espécie de figurante.
Seus grandes feitos internacionais são o vice-campeonato da Copa Ouro Concacaf em 1991 e um surpreendente 3º lugar na Copa América em 2001.
Participou de duas Copas do Mundo (1982 e 2010), e em ambas foi eliminada na primeira fase, num total de três empates e três derrotas em seis partidas.
O destaque é Wilson Palacios, meia do Stoke City; outros jogadores que merecem ser mencionados são o goleiro Noel Valladares (Olimpia), o zagueiro Emilio Izaguirre (Celtic) e os atacantes Jerry Bengtson (New England Revolution-EUA) e Carlo Costly (Guizhou Zhicheng-China).

                                                                                       Augusto Pellegrini

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