ARTIGO PUBLICADO NO
CADERNO “SUPER ESPORTE” DO JORNAL “O IMPARCIAL” DE 01/05/2014
Grupo E – A FRANÇA DEVE
LARGAR NA FRENTE
Se
as Eliminatórias europeias funcionassem como um fiel de balança, a
desacreditada Suíça seria favorita disparada para se classificar no Grupo E da
Copa do Mundo 2014.
A
Suíça terminou a fase classificatória em primeiro lugar e de forma invicta, com
7 vitórias e 3 empates, fato bastante promissor para um país que teve como
melhor resultado em nove Copas disputadas apenas um discreto 6º lugar em 1950,
com a presença de somente 13 participantes.
Nestas
Eliminatórias, os suíços tiveram a sorte de não enfrentar nenhum bicho-papão – seus
adversários foram Islândia, Eslovênia, Noruega, Albânia e Chipre – mas isto não
tira o mérito da sua caminhada.
Pra
completar, a Suíça detém no momento a sua melhor posição no ranking de seleções,
um 8º lugar, logo abaixo do Brasil. O país tem, no entanto, uma baixa produção na
Eurocopa, com apenas um 9º lugar em 2008 e um 15º em 2004.
Seu
líder e melhor jogador, o marfinense naturalizado Johan Djourou se submeteu a
uma cirurgia e está fora da Copa, mas a equipe vem representada por outros bons
valores – o goleiro Diego Benaglio (Wolfsburg), os defensores Philippe Senderos
(Valencia) e Stephan Lichtsteiner (Juventus), o meia Tranquillo Barnetta
(Schalke 04), o atacante Mario Gavranovic (Zurich) e o melhor deles, o
meio-campista Xherdan Shaqiri (Bayern Munich).
O
Equador é um país de fraca tradição futebolística e nunca brilhou em
competições internacionais. Participou somente
de duas Copas do Mundo, em 2002 e 2006, amargando um 24º e um 12º lugar,
respectivamente. Na Copa América o máximo que conseguiu foi um 4º lugar em
1993, jogando em casa.
Pode,
no entanto, ser beneficiado pelo clima sul-americano, surpreender algum
favorito e passar para a segunda fase. Aí, o que vier será lucro.
O
craque do time é o meia Antonio Valencia (Manchester United), de acordo com
registros oficiais o jogador mais rápido do mundo, alcançando a velocidade de 35
m/seg, mais até do que o recordista Usain Bolt. Eles também têm os meias
Christian Noboa (Dynamo Moscow) e Enner Valencia (Pachuca-México) e os
atacantes Joao Rojas (Cruz Azul-México) e Felipe Caicedo (Al Jazira-Emirados
Árabes).
Depois
de um redondo fracasso em 2010 na África do Sul, a França sofreu uma série de
mudanças, conseguiu reencontrar o seu futebol de dez anos atrás e desponta como
franca favorita para ficar com uma das duas vagas da primeira fase. Tudo indica
que no Brasil os Bleus farão valer a tradição, pois possuem no elenco alguns
talentos incontestes encabeçados por Karim Benzema, do Real Madrid, e Frank
Ribéry, do Bayern Munich. Outros jogadores que podem fazer a diferença são o
goleiro Hugo Lloris (Tottenham), os defensores Patrice Evra (Manchester United)
e Eric Abidal (Monaco) e os meias Samir Nasri (Manchester City), Mathieu
Valbuena (Olympique de Marseille) e Yohan Cabaye (Newcastle).
Os
franceses participaram de 12 Copas, e têm no seu cartel um título – em 1998 ao
vencer o Brasil em Paris por 3x0 – um vice-campeonato para a Itália em 2006 e um
terceiro lugar em 1958, com uma única derrota – 5x2 para o Brasil nas
semifinais.
A
França também ganhou duas Copas das Confederações (2001 e 2003) e duas
Eurocopas (1984 e 2000).
Honduras
é a seleção mais fraca do grupo, e deve na verdade participar como uma espécie
de figurante.
Seus
grandes feitos internacionais são o vice-campeonato da Copa Ouro Concacaf em
1991 e um surpreendente 3º lugar na Copa América em 2001.
Participou
de duas Copas do Mundo (1982 e 2010), e em ambas foi eliminada na primeira
fase, num total de três empates e três derrotas em seis partidas.
O
destaque é Wilson Palacios, meia do Stoke City; outros jogadores que merecem
ser mencionados são o goleiro Noel Valladares (Olimpia), o zagueiro Emilio
Izaguirre (Celtic) e os atacantes Jerry Bengtson (New England Revolution-EUA) e
Carlo Costly (Guizhou Zhicheng-China).
Augusto Pellegrini
Nenhum comentário:
Postar um comentário