Grupo F – O FAVORITISMO
DA ARGENTINA
O
sorteio do Grupo F foi magnânimo com o nosso maior rival. A Argentina lutará
pela passagem para a segunda fase contra três adversários menores, a irregular Nigéria,
a desacreditada Bósnia e o pouco experiente Irã.
A
princípio não parece ser uma tarefa muito difícil. Seleção de muita tradição,
dona de um elenco formado por grandes jogadores, e atualmente navegando em
águas tranquilas, os platinos devem passar e podem sonhar em ir mais longe.
A
Argentina venceu duas Copas do Mundo (1978 e 1986), uma Copa das Confederações
(1992), tem dois ouros olímpicos no futebol (2004 e 2008) e ganhou 14 vezes a
Copa América, sendo ao lado da França o único país do mundo a conquistar a
chamada “quádrupla coroa” ganhando estes quatro torneios.
Foi
duas vezes vice-campeã mundial (1930 e 1990) e seus jogadores são considerados,
ao lado dos brasileiros, os grandes artistas do futebol, capazes de
desequilibrar uma partida e até decidir uma Copa do Mundo – caso de Garrincha,
Pelé, Romário, Kempes e Maradona.
Os
argentinos dizem que chegou a vez de Messi escrever o seu nome nesta galeria.
O
Mundial mostrará o talento e a raça de alguns dos seus craques que se encontram
espalhados pelo mundo: o goleiro Sergio Romero (Monaco), os defensores Ezequiel
Garay (Benfica), Nicolás Otamendi (Atlético Mineiro), Pablo Zabaleta
(Manchester City) e Federico Fernandez (Napoli), os volantes e meias Javier
Mascherano (Barcelona), Maxi Rodriguez (Newell’s Old Boys), Angel Di Maria
(Real Madrid) e Fernando Gago (Boca Juniors) e os atacantes Gonzalo Higuaín
(Napoli), Sergio Aguero (Manchester City), Ezequiel Lavezzi (PSG) e Lionel
Messi (Barcelona), Bola de Ouro em 2010, 2011 e 2012.
Herdeiro
mais pobre da antiga Iugoslávia, a Bósnia e Herzegovina tem um cartel pouco
animador desde que se tornou independente em 1992.
É
a primeira vez que se classifica para uma Copa do Mundo e nunca se classificou
para a Eurocopa.
No
entanto, a Bósnia tem algumas atrações que vêm despertando a atenção dos
comentaristas esportivos, como o zagueiro Emir Spahic (Bayer Leverkusen), o
meia Zvjedan Misimovic (Guizhou Renhe – China) e os atacantes Vedad Ibisevic
(VfB Stuttgart) e o craque do time Edin Dzeko (Manchester City). Com sorte,
poderá lutar pela segunda vaga.
O
objetivo do Irã nesta Copa é não fazer feio.
Nas
quatro vezes que participou (1978, 1998 e 2006) nunca passou da primeira fase,
sofreu seis derrotas, marcou dois empates e conseguiu apenas uma vitória (2x1
sobre os Estados Unidos em 1998). Conquistou a Copa da Ásia três vezes (1968,
1972 e 1976) em quinze torneios disputados.
Seus
principais jogadores – entre eles o atacante Sardar Azmoun (Rubin Kazan –
Russia), chamado de “Messi iraniano” – exercem um papel secundário no cenário
do futebol mundial. Destaque para o volante Javad Nekouran (Al-Kuwait), e os
atacantes Ashkan Dejagah (Fulham), Masoud Shojaei (Las Palmas), Reza
Goochannejhad (Charlton United) e Karim Ansariford (Tractor Sazi Tabriz – Irã).
Com
exceção da Copa das Nações Africanas, a qual venceu três vezes em dezesseis
disputas, a Nigéria sempre foi um coadjuvante nos grandes torneios
internacionais. Seu melhor resultado talvez tenha sido a medalha de prata do
futebol olímpico conquistada em 2008. Em quatro Copas do Mundo disputadas
(1994, 1998, 2002 e 2010) os “Super Águias” – como são chamados – sempre foram eliminados
precocemente.
No
entanto, eles têm alguns jogadores de destaque, como o volante John Obi Mikel e
o atacante Victor Moses (ambos do Chelsea), bem como o goleiro Vincent Enyeama
(Lille), o zagueiros Kenneth Omervo (Chelsea) e Taye Taiwo (Bursapoor –
Turquia) e os atacantes Ahmed Musa (CSKA Moskva), Emmanuel Emenike (Fernebahçe
– Turquia) e Brown Ideye (Dynamo Kiev).
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