sexta-feira, 16 de maio de 2014


 
 
 
Grupo F – O FAVORITISMO DA ARGENTINA

 

O sorteio do Grupo F foi magnânimo com o nosso maior rival. A Argentina lutará pela passagem para a segunda fase contra três adversários menores, a irregular Nigéria, a desacreditada Bósnia e o pouco experiente Irã.
A princípio não parece ser uma tarefa muito difícil. Seleção de muita tradição, dona de um elenco formado por grandes jogadores, e atualmente navegando em águas tranquilas, os platinos devem passar e podem sonhar em ir mais longe.
A Argentina venceu duas Copas do Mundo (1978 e 1986), uma Copa das Confederações (1992), tem dois ouros olímpicos no futebol (2004 e 2008) e ganhou 14 vezes a Copa América, sendo ao lado da França o único país do mundo a conquistar a chamada “quádrupla coroa” ganhando estes quatro torneios.
Foi duas vezes vice-campeã mundial (1930 e 1990) e seus jogadores são considerados, ao lado dos brasileiros, os grandes artistas do futebol, capazes de desequilibrar uma partida e até decidir uma Copa do Mundo – caso de Garrincha, Pelé, Romário, Kempes e Maradona.
Os argentinos dizem que chegou a vez de Messi escrever o seu nome nesta galeria.
O Mundial mostrará o talento e a raça de alguns dos seus craques que se encontram espalhados pelo mundo: o goleiro Sergio Romero (Monaco), os defensores Ezequiel Garay (Benfica), Nicolás Otamendi (Atlético Mineiro), Pablo Zabaleta (Manchester City) e Federico Fernandez (Napoli), os volantes e meias Javier Mascherano (Barcelona), Maxi Rodriguez (Newell’s Old Boys), Angel Di Maria (Real Madrid) e Fernando Gago (Boca Juniors) e os atacantes Gonzalo Higuaín (Napoli), Sergio Aguero (Manchester City), Ezequiel Lavezzi (PSG) e Lionel Messi (Barcelona), Bola de Ouro em 2010, 2011 e 2012.
Herdeiro mais pobre da antiga Iugoslávia, a Bósnia e Herzegovina tem um cartel pouco animador desde que se tornou independente em 1992.
É a primeira vez que se classifica para uma Copa do Mundo e nunca se classificou para a Eurocopa.
No entanto, a Bósnia tem algumas atrações que vêm despertando a atenção dos comentaristas esportivos, como o zagueiro Emir Spahic (Bayer Leverkusen), o meia Zvjedan Misimovic (Guizhou Renhe – China) e os atacantes Vedad Ibisevic (VfB Stuttgart) e o craque do time Edin Dzeko (Manchester City). Com sorte, poderá lutar pela segunda vaga.  
O objetivo do Irã nesta Copa é não fazer feio.
Nas quatro vezes que participou (1978, 1998 e 2006) nunca passou da primeira fase, sofreu seis derrotas, marcou dois empates e conseguiu apenas uma vitória (2x1 sobre os Estados Unidos em 1998). Conquistou a Copa da Ásia três vezes (1968, 1972 e 1976) em quinze torneios disputados.
Seus principais jogadores – entre eles o atacante Sardar Azmoun (Rubin Kazan – Russia), chamado de “Messi iraniano” – exercem um papel secundário no cenário do futebol mundial. Destaque para o volante Javad Nekouran (Al-Kuwait), e os atacantes Ashkan Dejagah (Fulham), Masoud Shojaei (Las Palmas), Reza Goochannejhad (Charlton United) e Karim Ansariford (Tractor Sazi Tabriz – Irã).
Com exceção da Copa das Nações Africanas, a qual venceu três vezes em dezesseis disputas, a Nigéria sempre foi um coadjuvante nos grandes torneios internacionais. Seu melhor resultado talvez tenha sido a medalha de prata do futebol olímpico conquistada em 2008. Em quatro Copas do Mundo disputadas (1994, 1998, 2002 e 2010) os “Super Águias” – como são chamados – sempre foram eliminados precocemente.
No entanto, eles têm alguns jogadores de destaque, como o volante John Obi Mikel e o atacante Victor Moses (ambos do Chelsea), bem como o goleiro Vincent Enyeama (Lille), o zagueiros Kenneth Omervo (Chelsea) e Taye Taiwo (Bursapoor – Turquia) e os atacantes Ahmed Musa (CSKA Moskva), Emmanuel Emenike (Fernebahçe – Turquia) e Brown Ideye (Dynamo Kiev). 

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