A FAIXA DE CAMPEÃO
Pouco ou nada se sabe da origem das
faixas que os jogadores de futebol recebem quando conquistam títulos na maioria
das competições das quais participam. Sabe-se, no entanto, que a entrega de
faixas aos jogadores campeões é uma prática comum desde que o futebol começou a
ser jogado na Inglaterra no final do século 19.
Sabe-se também que este tipo de
premiação é utilizado em todo o mundo, principalmente nos campeonatos nacionais
ou regionais regulares, quando o calendário e o protocolo permitem a sua entrega
em campo, pois normalmente a faixa não costuma ser entregue logo após o
encerramento da partida que sagra o time campeão, por motivos óbvios.
Isto é bem diferente da distribuição de
medalhas nos Jogos Olímpicos, Pan-Americanos, Asiáticos e quetais, porque tal
prática já faz parte do ritual de premiação.
Com o atual calendário, nem sempre a
definição do título acontece antes da partida final, o que impossibilita a
realização da tradicional “partida de entrega de faixas” onde o rival que foi derrotado
na competição muito a contragosto entrega aos vencedores as faixas de campeão
com o indisfarçável desejo de “carimbar as faixas”, isto é, derrotar o campeão
na sua última partida do certame.
Como estamos chegando ao fim do ano,
muitos fabricantes de faixas já se assanham para prever para quem serão
vendidas as milhares – em alguns casos milhões – de faixas de campeão nos
diversos torneios que vão chegando ao seu final. Afinal, as faixas, que
teoricamente não deveriam passar de menos de trinta para decorar a galeria
doméstica dos jogadores e membros da comissão técnica, são uma exigência dos
torcedores que também querem ter este troféu na sua galeria de glórias
particular.
A esta altura dos acontecimentos, poucos
são clubes os postulantes a essa encomenda.
No Campeonato Brasileiro, as fábricas de
confecções já estão fabricando a pleno vapor as faixas do Corinthians, que
comemorará o seu sétimo título brasileiro – 1990, 1998, 1999, 2005, 2011, 2915
e 2017 – restando saber quando o título será efetivamente ganho (se contra o
Fluminense, o Flamengo, a Atlético Mineiro ou o Sport). As faixas poderão ser entregues
na partida seguinte.
Já na Série B a situação é diferente. Faltando
cinco jogos, o América Mineiro livra dois pontos à frente do Internacional, mas
parece que tanto um como outro podem sonhar com o título. Ceará e Paraná correm
por fora, mas suas pretensões maiores é ficar entre os quatro primeiros para
ascender à Séria A. Não haverá mais nenhum confronto direto entre esses times.
No âmbito continental existem brasileiros
na parada, na luta pela tão sonhada faixa de campeão.
O Grêmio chegou à final da Libertadores
e vai decidir o título em duas partidas contra o imprevisível Lanús, da
Argentina, sendo a final disputada em Buenos Aires. Com 50% de chance de ver os
gaúchos campeões, os fabricantes de faixas devem estar em plena ação, pois
muitos torcedores já deverão utilizar ao adorno até por ocasião da primeira
partida em Porto Alegre, onde uma vitória folgada levaria o time a jogar por um
empate no campo adversário.
O mesmo ocorre na Copa Sul-Americana,
para cuja semifinal o Flamengo se classificou na bacia das almas, com muita
luta e entrega dos jogadores, mas ainda vai ter que aguardar outros resultados saber
quais serão os seus adversários.
Por enquanto a única faixa importante no
Brasil que ainda não tem candidatos favoritos à vitória, embora não faltem candidatos
a candidatos, é a faixa presidencial. Neste momento histórico, esta faixa anda
com a cotação meio em baixa.
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