segunda-feira, 13 de novembro de 2017




A FAIXA DE CAMPEÃO

Pouco ou nada se sabe da origem das faixas que os jogadores de futebol recebem quando conquistam títulos na maioria das competições das quais participam. Sabe-se, no entanto, que a entrega de faixas aos jogadores campeões é uma prática comum desde que o futebol começou a ser jogado na Inglaterra no final do século 19.
Sabe-se também que este tipo de premiação é utilizado em todo o mundo, principalmente nos campeonatos nacionais ou regionais regulares, quando o calendário e o protocolo permitem a sua entrega em campo, pois normalmente a faixa não costuma ser entregue logo após o encerramento da partida que sagra o time campeão, por motivos óbvios.
Isto é bem diferente da distribuição de medalhas nos Jogos Olímpicos, Pan-Americanos, Asiáticos e quetais, porque tal prática já faz parte do ritual de premiação.
Com o atual calendário, nem sempre a definição do título acontece antes da partida final, o que impossibilita a realização da tradicional “partida de entrega de faixas” onde o rival que foi derrotado na competição muito a contragosto entrega aos vencedores as faixas de campeão com o indisfarçável desejo de “carimbar as faixas”, isto é, derrotar o campeão na sua última partida do certame.
Como estamos chegando ao fim do ano, muitos fabricantes de faixas já se assanham para prever para quem serão vendidas as milhares – em alguns casos milhões – de faixas de campeão nos diversos torneios que vão chegando ao seu final. Afinal, as faixas, que teoricamente não deveriam passar de menos de trinta para decorar a galeria doméstica dos jogadores e membros da comissão técnica, são uma exigência dos torcedores que também querem ter este troféu na sua galeria de glórias particular. 
A esta altura dos acontecimentos, poucos são clubes os postulantes a essa encomenda.
No Campeonato Brasileiro, as fábricas de confecções já estão fabricando a pleno vapor as faixas do Corinthians, que comemorará o seu sétimo título brasileiro – 1990, 1998, 1999, 2005, 2011, 2915 e 2017 – restando saber quando o título será efetivamente ganho (se contra o Fluminense, o Flamengo, a Atlético Mineiro ou o Sport). As faixas poderão ser entregues na partida seguinte.    
Já na Série B a situação é diferente. Faltando cinco jogos, o América Mineiro livra dois pontos à frente do Internacional, mas parece que tanto um como outro podem sonhar com o título. Ceará e Paraná correm por fora, mas suas pretensões maiores é ficar entre os quatro primeiros para ascender à Séria A. Não haverá mais nenhum confronto direto entre esses times.
No âmbito continental existem brasileiros na parada, na luta pela tão sonhada faixa de campeão.
O Grêmio chegou à final da Libertadores e vai decidir o título em duas partidas contra o imprevisível Lanús, da Argentina, sendo a final disputada em Buenos Aires. Com 50% de chance de ver os gaúchos campeões, os fabricantes de faixas devem estar em plena ação, pois muitos torcedores já deverão utilizar ao adorno até por ocasião da primeira partida em Porto Alegre, onde uma vitória folgada levaria o time a jogar por um empate no campo adversário.
O mesmo ocorre na Copa Sul-Americana, para cuja semifinal o Flamengo se classificou na bacia das almas, com muita luta e entrega dos jogadores, mas ainda vai ter que aguardar outros resultados saber quais serão os seus adversários.         
Por enquanto a única faixa importante no Brasil que ainda não tem candidatos favoritos à vitória, embora não faltem candidatos a candidatos, é a faixa presidencial. Neste momento histórico, esta faixa anda com a cotação meio em baixa.
  








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