AS CORES DO SWING
(Livro de Augusto Pellegrini)
BANDLEADERS E DISCOGRAFIA
CHARLIE BARNET (1913-1991)
Nome completo – Charles Daly Barnet
Nascimento – Nova York-New York-EUA
Falecimento – San Diego-California-EUA
Instrumento – sax-tenor, sax-alto e sax-soprano
Comentário – Charlie Barnet foi um caso raro de um
músico de jazz que nasceu milionário. Sua família queria que ele fosse
advogado, mas ele preferiu alternar as responsabilidades de músico profissional
com uma boa vida de play-boy, o que
provavelmente tenha contribuído para que ele não tivesse uma cotação mais alta entre
os críticos. Charlie começou a tocar ainda adolescente, tendo como referência
os saxofonistas Johnny Hodges, Coleman Hawkins e Sidney Bechet, mas não
escondia a sua admiração pelas orquestras de Duke Ellington e Count Basie. Como
consequencia, ele montou a sua própria orquestra produzindo uma música e uma
sonoridade bastante semelhantes às destes maestros que ele admirava. A
orquestra explodiu em 1939 com a gravação da música “Cherokee”, de Ray Noble,
que havia recebido um arranjo de Billy May tido como antológico. Como
compositor, Barnet também usava o pseudônimo de Dale Bennett, sob qual compôs a
música “Redskin Rhumba”, uma extensão de “Cherokee”. Barnet foi um dos
primeiros bandleaders a utilizar
músicos negros na sua orquestra branca (foi ele, por exemplo, quem lançou a
cantora Lena Horne). Por este motivo, sua orquestra foi denominada “the blackest white orchestra of all” (“a orquestra branca mais negra de todas”). Pela sua orquestra passaram o pianista Dodo
Marmarosa, o guitarrista Barney Kessel e os trompetistas Bobby Burnet, Roy
Eldridge, Maynard Ferguson, Clark Terry e Doc Severinsen. Em 1949, depois de ter substituído o swing pelo bebop, ele resolveu trabalhar menos e aproveitar mais a sua
fortuna, que continuara a crescer em meio à sua atividade musical. Barnet
alternava longas férias com breves turnês, o que aconteceu até o fim da sua
vida. Ele gravou o seu último disco em 1966, mas continuou ativo como bandleader. Durante a década de 1940,
Barnet aproveitou a sua grande popularidade para aparecer em quatro filmes de
Hollywood, “Music In Manhattan” e “Jam Session” (ambos em 1944), “Idea Girl” (1946) e “A Song Is Born” (1948). A rigor, Charlie
Barnet começou sua carreira de bandleader
aos dezesseis anos e se manteve ativo durante mais de sessenta anos, até
falecer em 1991.
Algumas gravações
A Lover’s Lullaby (Frankie
Carle-Larry Wagner-Andy Razaf)
Cherokee (Ray
Noble)
Darn That Dream (Eddie
DeLange-Jimmy Van Heusen)
Echoes Of Harlem (Duke
Ellington)
Flying Home (Benny
Goodman-Lionel Hampton-Sidney Robin)
Indian Love Call (Oscar
Hammerstein II-Otto Harbach)
Leapin’ At The Lincoln (Charlie Barnet)
Midweek Function (Charlie
Barnet)
My Old Flame (Arthur
Johnston-Sam Coslow)
Night Song (Jimmy
Mundy-Juan Tizol)
Scotch And Soda (Charlie
Barnet)
Skyliner (Charlie
Barnet)
Some Like It Hot (Gene
Krupa-Frank Loesser-Ray Biondi)
The Breeze And I (Ernesto
Lecuona-Al Stillman)
This Is No Dream (Tommy
Dorsey-Ted Shapiro-Benny Davis)
What’s New? (Bobby
Haggart-Johnny Burke)
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