AS CORES DO SWING
(Livro de Augusto Pellegrini)
BANDLEADERS E DISCOGRAFIA
DIZZY GILLESPIE (1917-1993)
Nome completo – John Birks Gillespie
Nascimento – Cheraw-North Carolina-EUA
Falecimento – Englewood-New Jersey-EUA
Instrumento – trompete e vocal
Comentário – Se forem levados em conta a sua
importância histórica, a influência que ele teve sobre seus seguidores, a sua
técnica inovadora e o enorme carisma do qual era dotado, Dizzy Gillespie tem
que fazer parte da galeria dos maiores nomes do jazz de todos os tempos,
possivelmente ao lado de Louis Armstrong, Duke Ellington, Charlie Parker e
Miles Davis. Dizzy conseguiu a façanha de fazer o seu trompete brilhar numa
época onde reinava Armstrong, e onde Roy Eldridge servia como modelo para todo
e qualquer músico que estivesse se deslocando do jazz tradicional para o jazz
que iniciava a era da modernidade. Como trompetista, ele sacudiu literalmente
as estruturas do jazz, sendo um dos responsáveis pelo surgimento do bebop e também um dos pioneiros da
estruturação dos sons latino-americanos no jazz. Como bandleader, sua afirmação e domínio do grupo não podem ser
questionados. Gillespie se destacou na orquestra de Cab Calloway antes de
“descobrir” o bebop. Depois de
brilhar intensamente conduzindo (ou participando de) pequenos grupos de bebop, Gillespie tocou nas orquestras de
Earl ‘Fatha’ Hines e Billy Eckstine antes de em 1945 montar o seu primeiro
grupo, o qual se expandiu em 1946 e durou até 1950. Foi nessa época que ele
introduziu os elementos latinos na sua música, através de ligações com os
percussionistas cubanos Luciano “Chano Pozo” Gonzales e Ramón “Mongo”
Santamaria. A banda de Gillespie deixou o swing
definitivamente de lado e ingressou no bebop
e no mainstream jazz, utilizando
intrincadas figuras rítmicas que serviam como moldura para o som inconfundível
do seu trompete. A sua orquestra abrigava nomes importantes do jazz, como
aqueles que fariam a futura base do Modern Jazz Quartet – Milt Jackson, John
Lewis, Ray Brown e Kenny Clarke – e também J.J.Johnson, Yousef Lateef, James
Moody e o jovem John Coltrane. A partir de 1950, Gillespie deu preferência aos
pequenos combos, embora
excepcionalmente voltasse a reunir uma grande orquestra para apresentações
ocasionais. Sua carreira de bandleader
não chegou a ser muito longa, mas foi verdadeiramente significativa. Como
trompetista, tanto solando como participando de pequenos combos, ele se manteve ativo desde os anos 1930 até o início dos
anos 1990.
Algumas gravações
A Night In Tunisia (Dizzy Gillespie-Frank Paparelli)
Algo Bueno (Woody’n You) (Dizzy Gillespie)
All The Things You Are (Jerome Kern-Oscar Hammerstein II)
Anthropology (Dizzy
Gillespie-Charlie Parker)
Birk’s Work (Dizzy
Gillespie)
Blues Chanté (Mama Blues) (Dizzy Gillespie)
Con Alma (Dizzy
Gillespie)
Cubana Be, Cubana Bop (Dizzy Gillespie)
Emanon (Dizzy
Gillespie-Milton Shaw)
Groovin’ High (Dizzy
Gillespie)
Groovy Man (Danny
Maley)
Hot House (Tadd
Dameron)
Manteca (Gil
Fuller-Dizzy Gillespie-Chano Pozo)
Salt Peanuts (Dizzy
Gillespie-Kenny Clarke)
Summertime (George
Gershwin-Ira Gershwin-DuBose Heyward)
Tin Tin Deo (Gil
Fuller-Chano Pozo)
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