AS CORES DO SWING
(Livro de Augusto Pellegrini)
BANDLEADERS E DISCOGRAFIA
JOHNNY RICHARDS (1911-1968)
Nome completo – Juan Manuel Cascales
Nascimento – Querétaro-México
Falecimento – Nova York-New York-EUA
Instrumento – piano
Comentário – Nascido no México, Juan Manuel foi
criado no condado de Schenecdaty, estão de Nova York, onde aprendeu a tocar
piano, violino, banjo e trompete. Por morar nos Estados Unidos, ele adotou o
nome artístico de Johnny Richards, vindo a se constituir em um dos grandes
arranjadores que fizeram parte do cenário jazzístico do país, especialmente no
período transcorrido entre os anos 1950 e 1960. Praticamente desconhecido,
Richards trabalhou para Dizzy Gillespie nos anos 1940 e originou diversas concepções
musicais para o tipo de jazz que iria prevalecer no país nas décadas seguintes,
colaborando assim com os passos decisivos que conduziriam a música de jazz em
direção ao futuro. Richards introduziu uma boa dose de dissonância e de
elementos latinos nos arranjos que escreveu para Gillespie (o que para ele
soava perfeitamente natural, dada a sua origem mexicana) e também ajudou a
construir a música “provocativa” de Stan Kenton, com arranjos diferentes e
coloridos. Curiosamente, porém, foi em Londres, 1932, que Richards começou a
vida profissional, compondo música para cinema. Posteriormente, ele foi para
Hollywood, onde trabalhou como assistente do maestro Victor Young na Paramount
Pictures e estudou arranjo e composição com o afamado Arnold Schoenberg. Montou
uma big band que se apresentou de
1940 até 1945, quando retornou a Los Angeles para trabalhar como arranjador de
Charlie Barnet e Boyd Raeburn. Foi em 1950 que ele se juntou a Dizzy Gillespie,
começando por fazer arranjos para um álbum com músicas para big band e cordas. Gravou também com
Sarah Vaughan, Helen Merrill e Sonny Stitt. Em 1952, Richards começou a
trabalhar com Stan Kenton, fazendo o arranjo de um álbum extraordinário chamado
“Cuban Fire!”, o primeiro de uma série
de sucessos. Durante 1956 a 1965 Richards dirigiu sua própria orquestra e fez
diversas gravações para a Capitol, Coral, Roulette e Bethlehem. Também escreveu
a canção “Young At Heart”, um dos grandes sucessos de Frank Sinatra. A
contribuição de Johnny Richards para o jazz poderia ter sido muito mais
profunda se ele não tivesse morrido cedo, aos cinquenta e sete anos, vítima de
um tumor no cérebro. A morte interrompeu uma brilhante carreira de trinta e
cinco anos de duração. Richards é reconhecido como a “alma” do som de Stan
Kenton e como a porta de abertura para o jazz progressivo.
Algumas gravações
Annotation Of The Muses (Johnny Richards)
Cimarron (Johnny
Richards)
Close Your Eyes (Bernice
Petkere)
La Pecadora (Johnny
Richards)
Lake Tahoe (Johnny
Richards)
So Beats My Heart For You (Charles Henderson-Tom Waring-Pat Ballard)
Stockholm Sweetnin’ (Quincy Jones)
Tempest On The Charles (Johnny Richards)
Terpsichore (Johnny
Richards)
The Ballad Of Tappan Zee (Johnny Richards)
The Nearness Of You (Ned Washington-Hoagland “Hoagy” Carmichael)
Theme For The Concerto To End All Concertos (Stan Kenton)
Walkin’ (Richard
Carpenter)
Waltz, Anyone? (Johnny
Richards)
Young At Heart (Johnny
Richards-Carolyn Leigh)
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