domingo, 6 de junho de 2021

 


AS CORES DO SWING
           (Livro de Augusto Pellegrini)

BANDLEADERS E DISCOGRAFIA


Muggsy Spanier (1906-1967) 

Nome completo – Francis Joseph Julian Spanier

Nascimento – Chicago-Illinois-EUA

Falecimento – Sausalito-California-EUA

Instrumento – Corneta

(*) (Alguns biógrafos informam 1901 como data de nascimento)

 

Comentário – Francis Spanier ganhou o apelido de ”Muggsy” por conta do jogador de beisebol John “Muggsy” McGraw – seu ídolo de infância. Muggsy se tornou conhecido como um cornetista de sopro forte, bastante influenciado por King Oliver e por Louis Armstrong, mas que raramente se desviava da melodia para se aventurar em solos improvisados. Apesar disso, ele conseguia exibir uma técnica apurada e se destacou dentro do estilo dixieland. Muggsy Spanier começou a tocar corneta quando tinha treze anos, e aos quinze já participava do grupo do pianista Elmer Schoebel. Em 1924 ele fez a sua primeira gravação e começou a chamar a atenção dos músicos e do público de Chicago. Em 1929 Spanier se juntou ao clarinetista Ted Lewis, contribuindo para um contraste interessante de corneta versus clarinete que se constituiu na marca registrada do grupo durante os sete anos em que eles estiveram juntos. Mais tarde, durante quase três anos – entre 1936 e 1938 – Spanier tocou na banda de Ben Pollack, até que ficou seriamente doente, permanecendo hospitalizado durante três meses. Após se recuperar, ele colocou em prática um velho sonho e formou a sua banda de dixieland, um octeto que iria realizar dezesseis gravações pela Bluebird (gravações que virtualmente representavam o renascimento do estilo – “dixieland revival” – em plena febre do swing). O pacote receberia mais tarde o nome de “The Great Sixteen”, ou seja, algo parecido como “As Dezesseis Mais” e foi muito festejado pelos fãs do gênero. No entanto, por se encontrar fora do contexto da música que estava na moda, ele acabou encerrando as atividades da banda e se associou ao bandleader Bob Crosby por algum tempo. Depois, Muggsy montou outros grupos de curta duração, trabalhou como freelancer com algumas bandas de dixieland de Nova York e, a partir de 1950, deu um salto em direção ao estilo west coast. De 1957 a 1959, Muggsy Spanier participou da orquestra de Earl “Fatha” Hines e em 1960 excursionou pela Europa. Spanier voltou a assumir o estilo dixieland e continuou trabalhando até 1964, quando problemas de saúde forçaram a sua aposentadoria, vindo a falecer três anos depois. Muggsy Spanier se manteve musicalmente ativo durante cerca de quarenta anos, dos anos 1920 aos anos 1960.

 

Algumas gravações 

At The Jazzband Ball (Nick RaRocca-Johnny Mercer)

Baby, Won’t You Please Come Home? (Clarence Williams-Charles Warfield)

(Back Home Again In) Indiana (Ballard MacDonald-James F.Hanley)

Beale Street Blues (William Christopher Handy)

Feather Brain Blues (Muggsy Spanier)

I Ain’t Gonna Give Nobody None O’ This Jelly Roll (Clarence Williams-Spencer Williams)

I Can’t Give You Anything But Love (Jimmy McHugh-Dorothy Fields)

I’m Sorry I Made You Cry (Jeannine Clesi)

I’ve Found A New Baby (Jack Palmer-Spencer Williams)

Judy (Hoagland “Hoagy” Carmichael)

Mama’s In The Groove (Pee Wee Russell)

Moonglow (Will Hudson-Eddie DeLange-Irving Mills)

Muskrat Ramble (Kid Ory-Ray Gilbert)

Nobody’s Sweetheart (Gus Kahn-Elmer Schoebel-Billy Myers-Ernie Erdman)

South (Bennie Moten-Thamon Hayes)

Sweet Lorraine (Cliff Burwell-Mitchell Parish)

The Lonesome Road (Nathaniel Shilkret-Gene Austin)

Three Little Words (Bert Kalmar-Harry Ruby)

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