sábado, 12 de junho de 2021

 

                                          Foto: Paul Mares

AS CORES DO SWING
           (Livro de Augusto Pellegrini)

BANDLEADERS E DISCOGRAFIA


NEW ORLEANS RHYTHM KINGS (1921-1925) 

Lider – PAUL MARES (1900-1949)

Nome completo – Paul Mares

Nascimento – Nova Orleans-Louisiana-EUA

Falecimento – Chicago-Illinois-EUA

Instrumento – corneta e trompete

 

Comentário – Apesar de ter sido um excepcional trompetista, Paul Mares tem o seu nome ligado à história do jazz menos por suas qualidades profissionais e mais por ter sido o líder do grupo New Orleans Rhythm Kings. O mais impressionante é que o próprio grupo, conhecido como NORK, mesmo sendo considerado uma das melhores bandas de jazz tradicional jamais existentes, teve uma existência muito curta, pois foi formado em 1921 para ser desfeito em 1925. Filho de um comerciante de classe média, Paul Mares teve uma formação musical autodidata e começou sua vida profissional ainda muito jovem tocando como trompetista na banda de um músico-empresário chamado Tom Brown, que abrilhantava as viagens de um riverboat de nome Capitol, subindo e descendo o Rio Mississipi. Depois, Mares tocou com alguns grupos menores em Nova Orleans, até que em 1919 ele deixou a Louisiana e foi para Chicago a fim de trabalhar com a banda do baterista Joe “Ragbaby” Stephens, para mais tarde se apresentar como freelancer. Em 1921, Mares foi convidado para tocar num nightclub chamado Friars Inn e lá montou e dirigiu a Friars Society Orchestra, ao lado de dois amigos de infância, o trombonista George Brunies e o clarinetista Leon Roppolo. Em 1922 a banda foi rebatizada e assumiu o nome de New Orleans Rhythm Kings, completando a sua formação com o pianista Elmer Schoebel, o baterista Frank Snyder, o baixista Alfred Loyacano e o banjoista Louis Black. Depois de algum tempo, o grupo saiu do Friars Inn e começou a se apresentar em outros locais. A NORK realizou algumas gravações para a gravadora Gennett contando inclusive com Jelly Roll Morton no piano, e serviu de estímulo para o surgimento de outro músico fantástico, Bix Beiderbecke, que na época do seu debut em Chicago chegou a tocar lá durante algum tempo. Em 1924, George Brunies foi tocar com Ted Lewis, sendo substituído por Santo Pecora, mas em menos de um ano o grupo se desfez porque Leon Roppolo começou a apresentar problemas mentais. Paul Mares foi para Nova York e depois voltou para Nova Orleans, onde tentou reeditar a NORK, tendo inclusive realizado algumas gravações. No entanto, ele logo resolveu se aposentar da música para cuidar dos negócios da família. Morreu aos quarenta e nove anos vítima de câncer no pulmão, ocasionado – de acordo com seu irmão Joe – pela quantidade absurda de cigarros fumados durante toda a vida.

 

Algumas gravações 

Baby (Santo Pecora)

Bluin’ The Blues (Henry Ragas)

Clarinet Marmalade (Henry Ragas-Larry Shields)

Eccentric (J.Russell Robinson)

Farewell Blues (Paul Mares-Leon Roppolo-Elmer Schoebel)

Golden Leaf Strut (Leon Roppolo)

I Never Knew What A Girl Could Do (Elmer Schoebel)

Jazz Me Blues (Tom Delaney)

Livery Stable Blues (Marvin Lee-Raymond E.Lopez-Alcides “Yellow” Nuñez)

Original Dixieland One-Step (Nick LaRocca)

Panama Rag (William Tyers)

Reincarnation (Paul Mares)

She’s Crying For Me (Santo Pecora)

Shimmeshawable (Spencer Williams)

That’s A-Plenty (Ben Pollack)

The Land Of Dreams (Paul Mares)

Tin Roof Blues (Walter Melrose)

Weary Blues (Artie Matthews)

 

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