sexta-feira, 2 de julho de 2021

 



AS CORES DO SWING
           (Livro de Augusto Pellegrini)

BANDLEADERS E DISCOGRAFIA

RAY CONNIFF (1916-2002) 

Nome completo – Joseph Raymond Conniff

Nascimento – Attleboro-Massachusetts-EUA

Falecimento – Escondido-Califórnia-EUA

Instrumento – trombone

 

Comentário – Apesar de ser filho de um pai trombonista e de uma mãe pianista, Ray Conniff começou a sua vida musical sem ter um professor de música nem se dedicando a um instrumento específico. Ele fez um curso de teoria musical por correspondência, pelo qual pagou apenas um dólar, e só então começou a experimentar o trombone e o piano. A sua primeira aparição como músico foi na banda da Attleboro High School. Anos mais tarde ele se aperfeiçoou na Julliard School of Music e começou a trabalhar como trombonista na big band de Dan Murphy, passando depois pelas bandas de Bunny Berigan e Bob Crosby, até ingressar na orquestra de Artie Shaw como trombonista e arranjador. Depois, Conniff passou pelas orquestras de Glen Gray, Harry James e Mitch Miller, e então começou a escrever arranjos para cantores como Johnny Mathis, Johnnie Ray, Frankie Laine, Marty Robbins e Guy Mitchell até que, em 1955, foi convencido pelo maestro Mitch Miller a montar a sua própria orquestra. Seu estilo único e bastante original, chamado “shuffle” (“arrasta-pé”), convinha à dança de salão, e embora Conniff fugisse das características genuínas do swing, ele imprimia à orquestra a mesma abordagem jazzista que compunham os seus arranjos. O shuffle mantinha um andamento forte, e Conniff reforçava a melodia associando vozes masculinas aos trombones, trompas e saxofones (barítonos e tenores) e vozes femininas aos clarinetes, trompetes e saxofones-altos. A música de Ray Conniff se tornou internacionalmente popular, e suas raízes jazzistas eram freqüentemente encontradas em diferentes passagens. Mesmo assim, os críticos e os jazzófilos em geral discriminavam Conniff sob o rótulo de “comercial”. Durante os anos 1950 e 1960, Conniff inundou o mercado com uma série de álbuns lançados pela CBS – “’S Wonderful”, “’S Awful Nice”, “’S Marvellous”, “’S Continental”, “’S Music”, “’S Different”, “‘S Lovely”, “’S Hollywood”, “’S Concert” e outros, que lhe valeram nove discos de ouro e setenta milhões de cópias vendidas por todo o mundo. Quanto mais Conniff se especializava em executar uma música universalista, mais ele se afastava do jazz, e mais ele comercializava a sua obra. O próprio som majestoso que ele extraía nos seus arranjos perdeu um pouco o brilho quando o número de cantores foi reduzido de vinte e quatro para apenas oito, a fim de facilitar o deslocamento do grupo nas intermináveis turnês por todo o planeta. Ray Conniff continuou se apresentando até alguns meses antes da sua morte aos oitenta e cinco anos, causada por um derrame cerebral.    

 

Algumas gravações 

Anything Goes (Cole Porter)

Besame Mucho (Sunny Skylar-Consuelo Velázquez)

Beyond The Sea (La Mer) (Charles Trenet-Jack Lawrence)

Brazil (Ary Barroso-Bob Russell)

Dancing In The Dark (Howard Dietz-Arthur Schwartz)

Easy To Love (Cole Porter)

Everybody’s Talkin (Fred Neil)

I Love You (Cole Porter)

It Might As Well Be Spring (Richard Rodgers-Oscar Hammerstein II)

Laura (Johnny Mercer-David Raksin)

Love Is A Many Splendored Thing (Sammy Fain-Paul Francis Webster)

Love Me Tonight (Mitchell Parish-Lorenzo Pilat)

My Heart Stood Still (Richard Rodgers-Lorenz Hart)

‘S Wonderful (George Gershwin-Ira Gershwin)

Thanks For The Memory (Ralph Rainger-Leo Robin)

The Power Of Love (Ray Conniff)  

Where Or When (Richard Rodgers- Lorenz Hart)

You Do Something To Me (Cole Porter)

 

Nenhum comentário: