Prezado amigo, segue o primeiro capítulo de "As cores do swing". É o início de uma aventura que vai desvendar aos poucos os mistérios do mundo do jazz. Se você for um jazzófilo convicto, com certeza vai gostar.
Bom divertimento!
Capítulo
1 – O Rei do Jazz
A neve caia em
finos flocos na noite fria de Chicago, como um manto de renda branca enevoando
a visão da pequena multidão que se deslocava pela região central.
Paul
caminhava pela calçada que refletia as luzes da noite, a gola do sobretudo
levantada cobrindo a metade da sua cara rosada e rechonchuda, e o chapéu de
feltro enfiado até a altura dos olhos não deixando entrever o seu semblante.
Ele seguia em
direção ao Joe’s, um pequeno restaurante escondido numa travessa lateral da
Avenida Michigan, próximo ao ancoradouro, para um jantar costumeiro em
companhia do seu amigo, o compositor e arranjador Ferde Grofé.
Já fazia algum
tempo que Paul se confessava um pouco inquieto e preocupado, e dois dedinhos de
prosa com Ferde poderiam desanuviar um pouco a sua mente.
No momento, ele
andava à procura de uma novidade que desse um impulso e um tempero novo à sua
música, que começava a ser considerada antiquada e pomposa, pelo menos para os
músicos de vanguarda e para alguns críticos mais exaltados, cuja opinião
incomodava cruelmente a sua autoestima.
O fato é que anos
atrás, com a chegada em Chicago de alguns inovadores vindos de Nova Orleans,
começara a se estabelecer na cidade uma verdadeira revolução nos conceitos da
música orquestral americana.
Paul havia se
acostumado a falar com desdém e também com um certo ressentimento sobre a
invasão dessa música de origem negra chamada stomp que começara a mudar a cabeça das pessoas a partir da segunda
metade dos anos 1920. No entanto, ele acabou sendo forçado a mudar de opinião,
considerando que a música em questão alcançara tanto sucesso que provocara a
criação de um novo estilo, conhecido como “estilo chicago”, adotado
em função do nome da cidade.
Paul já começava
então a ver com outros olhos e a ouvir com outros ouvidos a inovação sulista, à
medida que boa parte do país estava falando com animação dessa música quente e
envolvente que, diziam os seus seguidores, já dominava a Costa Leste e se
espalhava para outros cantos dos Estados Unidos.
Na
verdade, Paul Whiteman era um músico de formação erudita, e suas orquestrações
refinadas eram um espelho da música de salão que chegara à América oriunda dos
bailes das cortes europeias, cujo ponto alto havia sido as últimas décadas do
século dezenove.
A música de Paul
Whiteman, rotulada como “sweet music”, era apreciada tanto pela classe
aristocrática quanto pelos menos abastados e até pelos gângsters – os delinquentes
que naqueles anos dominavam o panorama de Chicago – porque a música gerava
muito lucro, levando sempre um grande público para consumir os comes e bebes
nas sofisticadas casas de baile por eles dirigidas. Era uma música vestida a
rigor que convinha muito bem à sociedade de consumo dos fantásticos anos 1920,
quando a industrialização começava a tomar conta das atividades principais do
país e a vida do jet set se dividia entre os bares clandestinos e as
limusines de luxo.
Naquele início de
década, sempre que a orquestra de Paul Whiteman era mencionada, respirava-se um
ar de respeito. A qualidade da sua música ainda era exaltada pelos inúmeros
admiradores, e Paul era um músico aclamado nos salões elegantes bem frequentados
por fraques e cartolas e por vestidos de soirée. Seus comandados – entre
eles o saxofone inventivo de Frank “Tram” Trumbauer, o saxofone comportado de
Jimmy Dorsey, o violino mágico de Joe Venuti, o virtuosismo do guitarrista
Eddie Lang e o sonoro trombone de Tommy Dorsey – pontificavam entre os mais
competentes do momento. O som aveludado de sua orquestra servia também como um
bálsamo para as cicatrizes deixadas pela guerra mundial que terminara alguns
anos antes.
No entanto, Paul
sentia que estava perdendo terreno para a música mais animada dos negros, na
qual era imposto um ritmo alucinante, fazendo crescer uma pulsação que fazia
pés e mãos se mexerem automaticamente. A curiosidade em conhecer de perto esta
nova tendência fora – ele não podia deixar de admitir – um dos motivos pelos
quais ele havia deixado pra trás a prazerosa Costa Oeste para partir de armas e
bagagens em direção ao Norte-Nordeste do país, onde poderia experimentar tal
novidade.
Enquanto caminhava
e estugava o passo temendo a possibilidade de que a nevasca aumentasse, Paul
fazia um retrospecto da sua vida e da sua carreira, e sentia saudades de San
Francisco, Los Angeles e Atlantic City, lugares onde ele exibira com sucesso os
seus dotes musicais dentro de uma temperatura mais amena e agradável, em todos
os sentidos.
Não que ele não
gostasse de Chicago, mas o frio às vezes inclemente da região fazia doerem as
suas juntas e progressivamente alimentava um reumatismo que começava a
preocupar sua postura de maestro.
Quando aportara em
Nova York, no ano de 1920, Paul podia ir tranquilamente a um teatro ou a um
clube noturno, ou mesmo caminhar de peito aberto e cara limpa pela Quinta
Avenida ou pelas artérias principais da cidade sem ser reconhecido ou
importunado por entusiastas à procura de um autógrafo ou de um cumprimento mais
efusivo.
Então,
quando se refestelava no melhor restaurante para saborear seu prato favorito –
vitela com batatas assadas ao molho de ervas finas e hortelã – acompanhado por
um vinho leve, ele planejava o futuro com otimismo e com a calma dos gorduchos
bem-intencionados.
Mas agora, em
Chicago, Paul vinha cercado de dúvidas.
Às vezes ele não
tinha certeza de que havia feito o certo, ao procurar esta região do país, tida
como a nova Meca do espetáculo, como muitos músicos de outras partes haviam
feito.
Entre estes
músicos, subindo o Rio Mississipi com destino a Chicago, estava um tal de King
Oliver, antecipando a chegada de um cornetista de quem se falava maravilhas,
chamado Louis Armstrong. No rastro de Oliver chegaram também dos diversos
recantos do sul muitos outros inovadores, trazendo com eles uma forte
influência de uma forma musical envolvente e fora dos padrões harmônicos
convencionais que mostrava uma divisão esquisita e não usual. A novidade era
conhecida como “blues” – na verdade
era o blues de Nova Orleans, não
aquele de raiz.
Paul havia tido a
ousadia de romper o contrato que mantinha com o sofisticado Hotel Fairmont, em
San Francisco, para onde convergia o público rico e charmoso da cidade, fazer
as malas e partir para o desconhecido, a fim de mostrar para a América o seu
estilo elegante. Buscava também promover uma saudável troca de informações
entre a sua música comportada e as tendências mais arrojadas que sabia estarem
em voga.
Afinal,
as fortes influências trazidas pelos negros do sul já estavam causando uma
certa transição na música orquestrada, e ele estava curioso a respeito disso.
Talvez amedrontado
pelo tamanho e pelo dinamismo de Nova York, Paul Whiteman fez uma parada de
cerca de um ano em Nova Jersey, a antessala da Big Apple, antes de colocar a
cara num estúdio e gravar algumas das suas orquestrações.
Músico de grande
referência, não foi difícil a Paul convencer um estúdio a executar uma sessão
de gravação com a orquestra, na tentativa de conquistar o exigente mercado nova-iorquino.
Para tanto, ele
buscou apoio no renomado compositor e diretor de orquestra Ferdinand Rudolph
van Grofé, mais conhecido como Ferde, autor da esplêndida suíte “Grand Canyon”, a quem procurou levando
uma carta de recomendação de um amigo comum que tocava corne inglês na
Orquestra Sinfônica de San Francisco. Feitas as apresentações, Grofé se
entusiasmou com o projeto do maestro e acabou se transformando em seu braço
direito.
A
sorte fora lançada e, ao terminar a gravação de “Whispering” (Vincent Rose) e
de “Japanese Sandman” (Richard A.Whiting), restou a Paul a angustiosa
expectativa de vê-las cair no gosto do público ou, quem sabe, de resultar em um
redondo fracasso.
A resposta, quase
dois milhões de cópias vendidas – um absurdo para a época – não deixou dúvidas
quanto à aceitação da sua música e da consequente consolidação do seu estilo.
Paul Whiteman era
a nova coqueluche do momento.
É claro que havia
um bocado de confusão na época sobre o que seria e o que não seria jazz.
Aparentemente, a música tocada por Paul Whiteman, por fazer parte de um
repertório que incluía alguns standards tocados ou compostos por músicos
que se diziam de jazz, era considerada por muita gente como sendo uma versão
diferente do tema, mas ainda assim, jazz.
Mas Paul sabia
muito bem que isto não era verdade. Sendo um músico de alta sensibilidade, ele conseguia
diferenciar perfeitamente a sua música e os seus arranjos suaves, claros e
aparentemente mais civilizados, daquela música que se chamava de jazz, repleta
de meios tons, de batidas invertidas e de uma certa insubordinação sonora que
traduzia a origem rasgada vinda das raízes do ragtime.
Paul Whiteman era
um purista, e a princípio chegou a pensar que talvez jamais fosse aceitar a
inclusão do jazz na sua música. Afinal, ele não se afinava totalmente com
aquele estilo que, ao chegar em Chicago, já tinha ou recebera diversos nomes,
como traditional jazz,
stomp, new orleans, blues,
dixieland, e mais recentemente, chicago, que abrigavam no seu som
uma pungente mensagem do negro escravo, uma realidade longínqua para as suas
fortes raízes anglo-saxônicas.
Whiteman era o seu
nome e branca era a sua música, baseada no formalismo comportamental europeu. A
explosão nova-iorquina da sua música era, no seu modo de ver, uma prova mais do
que evidente de que ainda havia bom senso nas pessoas que apreciavam a boa arte
musical.
Elas até podiam
gostar daquela música negra da Louisiana, cheia de sons estranhos e tomada por
um ritmo alucinante. Esta música, porém, não convidava os casais românticos a
dançar socialmente nos salões elegantes; o que ela fazia era criar no corpo e na
mente uma agitação frenética, marcante e ruidosa, quase selvagem.
Paul tinha a
impressão de que, quando soava o stomp, até os pés das mesas e das cadeiras se manifestavam em êxtase,
embora sem o menor refinamento.
Para
a vaidade de Paul, o que contava era que, naquela mesma Nova York influenciada
pela música negra, a sua arte melódica e quase sinfônica também havia
conseguido obter o reconhecimento imediato do público, a ponto de transformar a
sua orquestra da noite para o dia na mais popular da cidade.
A sua técnica era
soberba, e os seus músicos eram talentosos. Suas apresentações variavam desde
canções populares e valsas semiclássicas até uma tímida investida naquela nova
experiência – o jazz – acrescentando, de uma forma embora um tanto canhestra, o
ritmo e a pulsação que a sua música naturalmente não possuía.
Isto não passava
de uma concessão, é claro, feita mais em virtude das exigências do público que
estava aprovando a novidade pulsante do novo estilo, do que da sua própria
aceitação como maestro.
Afinal, Paul
começara a sua vida musical tocando viola e violino na Orquestra Sinfônica de
Denver, sua cidade natal, e abraçara este espírito erudito de corpo e alma,
mesmo depois de montar uma orquestra de danças.
Paul Whiteman havia
vencido na Costa Oeste e agora, com Nova York sob controle, ele resolvera enfrentar
outro desafio, partindo para conquistar Chicago.
Mas Chicago
fervilhava de modernismo, e sua chegada na cidade o colocou a par de uma outra
realidade.
Por Chicago haviam
passado ou ainda se mantinham na ativa um sem número de bandas negras de dixieland
de primeira linha, como os Hot Five e os Hot Seven de Louis Armstrong, os
Red Hot Peppers de Jelly Roll Morton, os New Orleans Wanderers de Johnny Dodds,
a banda liderada por Earl Hines e os Savannah Syncopators de King Oliver,
remanescentes da Creole Jazz Band, além de algumas bandas brancas pioneiras
como a Original Dixieland Jass Band, do trompetista Nick LaRocca, a New Orleans
Rhythm Kings, do pianista Elmer Schoebel e do cornetista Paul Mares, também
originárias do sul, e a banda chamada The Wolverines, comandada por Bix
Beiderbecke.
Paul Whiteman
achava que os seus verdadeiros concorrentes, no entanto, não eram as bandas de
jazz tradicional, mas sim as orquestras de Ted Lewis e Art Hickman, que ainda
faziam sucesso por lá mantendo o romantismo herdado do século anterior, embora
também já houvessem assimilado alguma coisa das raízes de Nova Orleans. Ele
respeitava também a música de Adrian Rollini e Jean Goldkette, embora não as
considerasse propriamente orquestras rivais, por achar seu apelo relativamente
comercial (Whiteman na verdade não percebia, mas Rollini e Goldkette tinham até
mais swing do que as outras...).
Coincidência ou
não, as orquestras de Lewis, Hickman, Rollini e Goldkette eram compostas por
músicos brancos, o que para muitos reforçava a tese de que o problema de Paul
Whiteman talvez não estivesse na negritude das músicas dos negros, mas sim na
cor dos músicos que as interpretavam.
Whiteman, no
entanto, aparentemente se dava muito bem com os músicos negros e, sinceramente,
os respeitava pela sua curiosa inventividade. Costumava trocar confidências
musicais com Fletcher Henderson, um pianista negro cuja orquestra praticava o
jazz com muita eficiência, e discutia com ele técnicas de arranjos e harmonia.
Mas mesmo assim,
Paul concordava com Nick LaRocca, trompetista e líder da Original Dixieland
Jass Band quando, nos seus devaneios (que no futuro se transformariam em sérios
problemas mentais) ele afirmava que os brancos eram os responsáveis por todo e
qualquer tipo de criação musical – incluindo aí o jazz – e que os negros apenas
copiavam e acrescentavam à música detalhes pessoais da sua cultura.
Absorto em seus
pensamentos, Paul finalmente chegou ao Joe’s.
Com um cumprimento
de cabeça, disse um mudo “boa noite”
ao porteiro que lhe fazia vênia e passou pelo portal, deixando para trás os
flocos de neve que caiam flutuando, como se obedecessem aos compassos de uma
sinfonia.
Satisfeito pelo
aconchego do seu restaurante predileto e por poder enfim encarar o mundo sem
necessariamente parecer um urso – muito embora seu porte físico não fugisse
muito da comparação – Paul entregou seu chapéu, cachecol e sobretudo para o
homem da chapelaria, que os recebeu com um polido cumprimento e um sorriso
postiço. Isto feito, ele expôs aos olhos do público o seu corpanzil de maestro,
ligeiramente deselegante e humorístico, fazendo lembrar Oliver Hardy, um
comediante que estava aparecendo com sucesso no cinema como o novo parceiro
gordo do magro e já consagrado Stan Laurel.
Paul sentou-se à
sua mesa favorita, quase oculta por uma coluna revestida de madeira, próxima a
uma parede que exibia uma reprodução bem trabalhada de “As Papoulas
Silvestres”, de Monet, pediu um pernot
e se pôs a aguardar Grofé enquanto observava o ambiente com o olhar perdido em
algum ponto do salão.
Enquanto degustava
seu aperitivo e aspirava o seu delicado aroma de menta, Paul continuou a
meditar sobre a sua carreira. Definitivamente, pensou, não podia ter maiores
queixas.
Ele possuía uma
invejável estabilidade financeira, e já houvera conquistado uma grande
popularidade em San Francisco, além de muitos aplausos em Los Angeles, onde
havia liderado a banda da Marinha durante a Guerra Mundial, banda que em 1918
veio originar a Paul Whiteman Orchestra. Em agosto de 1920, surgiram as suas
primeiras gravações bem-sucedidas, feitas pela Victor.
Em 1924, Paul
gravou aquela que ele considerava “a música da sua vida” – “Rhapsody in Blue”,
de George Gershwin, com o próprio Gershwin ao piano. A apresentação, uma
première mundial, fizera parte de um projeto de Paul denominado “Um Experimento na Música Moderna” e acontecera no Aeolian Hall,
uma prestigiada casa de concertos de Nova York localizada na Rua 42 (ou 43,
dependendo do lado por onde você entrasse). A performance da orquestra levou os
críticos a considerarem a música, meio popular e meio erudita, como uma peça de
rara inventividade.
Agora, Chicago,
1927.
Paul andava à cata
de algum ingrediente para dar outra guinada experimental na sua música e voltar
a ouvir o elogio dos críticos, que andavam meio arredios com o advento do jazz hot. Ele lia frequentemente nos
jornais artigos que se referiam aos seus efeitos musicais “exagerados” e à sua
música “cheia de sacarina”, enquanto elogiavam o jazz hot que
francamente já dominava a cena.
Na verdade, os
clubes mais frequentados na cidade – entre eles o Dreamland Café, o Reisenweber
e o mal reputado Peking Café, que havia se transformado num antro de gângsters
e pessoas duvidosas – tocavam o jazz hot em
meio a muita algazarra, o que desgostava Paul, acostumado a uma plateia educada
que também gostava de dançar, é claro, mas o fazia de uma maneira sóbria e
comportada.
Assim, Paul tinha
concebido na sua cabeça o modelo do que ele chamaria “uma orquestra sofisticada
de jazz”.
Quando morava em
Nova York, a atenção de Paul havia sido atraída por uma novidade que ia de
encontro ao seu gosto pessoal, executada por uma orquestra emergente que
começava a impor o seu estilo ao mesmo tempo vigoroso, maduro e moderno. Sob a
batuta de um jovem band leader, esta orquestra executava temas e
improvisos, e dentro de um balanço especial, que alguns chamavam de “swing”,
fazia a música pulsar mesmo nos momentos mais intimistas e introspectivos.
O band leader era Duke Ellington.
Por diversas vezes,
Whiteman e Grofé foram anonimamente ao Kentucky, ao Executive, ou a qualquer
outro clube em que Ellington se apresentasse para tentar entender como se
processava aquela nova estrutura harmônica ou até mesmo para assimilar alguma
sonoridade a fim de adaptá-la aos seus arranjos. No entanto, a multiplicidade
de tons e acordes tornava extremamente difícil qualquer aventura deste tipo.
Paul se achava
diante de um dilema: embora no íntimo ele não admitisse que o chamado jazz hot
fosse musicalmente superior à música meio sinfônica que ele interpretava, ele
sentia que precisava incluir com elegância certos elementos vindos do blues e do jazz negro – como Duke
Ellington fazia – para tornar suas apresentações mais atraentes, menos
estáticas, e mais de acordo com a realidade que os novos tempos estavam
impondo.
Mas Ellington era
negro, e seus arranjos jazzísticos fluíam naturalmente, quase que
intuitivamente...
Perdido em seus
pensamentos, Paul quase nem notou quando Ferde Grofé se aproximou e levou um
pequeno susto quando ele puxou a cadeira, com um forte ruído. Então sorriu e
cumprimentou o amigo, pronto para colocar suas ideias em discussão e para ouvir
as novidades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário