segunda-feira, 30 de maio de 2016





COPA LIBERTADORES 2016

Com a chegada da sua fase semifinal, a Copa Libertadores 2016 vem comprovar que o futebol brasileiro não está assustando mais ninguém.
No início da competição os analistas apostavam as suas fichas no Corinthians e no Atlético Mineiro, tidos como potenciais finalistas e candidatos ao título. Com o passar dos jogos, no entanto, a realidade veio a ser bem diferente.
Um início irregular quando ainda era dirigido por Marcelo Oliveira eliminou o Palmeiras na fase de grupos. De nada valeu a tentativa de recuperação quando os jogadores já obedeciam às instruções do técnico Cuca e o time se encontrava em franca evolução.
As oitavas de final deixaram para trás o grande de favorito Corinthians, eliminado no seu próprio reduto pelo Nacional do Uruguai, e o Grêmio, que perdeu as duas partidas para o Rosario Central, da Argentina.
Os brasileiros restantes, São Paulo e Atlético Mineiro se pegaram nas quartas de final e o tricolor despachou o Galo.
O São Paulo, desacreditado desde que perdeu em casa na estreia para o boliviano Strongest era considerado o clube brasileiro menos indicado para chegar até onde chegou, mas conseguiu se classificar para as semifinais e vai defender a tradição da sua camisa – a rigor, a única coisa que lhe resta no momento – contra o melhor time da competição até agora, o Atlético Nacional, da Colômbia, que tem sete vitórias, dois empates e apenas uma derrota quando já estava classificado.
A outra semifinal reúne o Independiente del Valle (Equador) e o tradicional Boca Juniors (Argentina) com o seu ataque insidioso formado por Pavón, Tévez e Palacios.
Os registros do torneio neste século 21 mostram seis conquistas brasileiras, contra 10 de outros países – sete da Argentina e uma para Equador, Paraguai e Colômbia cada um.
O Independiente (Argentina) é o maior vencedor da história do torneio com sete conquistas. Os “rojos”, no entanto, não sabem o que é vencer a Libertadores há 32 anos, pois seu último título data de 1984. O Boca Juniors pode igualar esta marca este ano, pois tem seis títulos, o mais recente deles em 2007.
O terceiro clube com mais vitórias, cinco vezes campeão, é o Peñarol (Uruguai), primeiro campeão da competição, que também está na fila há muitos anos, 29 para ser exato, pois a última vez que venceu foi em 1987.
A seguir vem o Estudiantes de La Plata (Argentina), com quatro títulos, o mais recente em 2009.
Os brasileiros mais vencedores são o Santos (três vezes, em 1962, 1963 e 2011) e o São Paulo (também três vezes, em 1992, 1993 e 2005).
Entre os semifinalistas deste ano, além de São Paulo e Boca Juniors, o Atlético Nacional já venceu em 1989, mas o Independiente del Valle procura quebrar um tabu.   
As disputas pelas semifinais começam apenas no dia 6 de julho, quando o São Paulo recebe o Atlético Nacional no Morumbi, indo jogar depois a partida de volta em Medellin, no alçapão chamado Estádio Atanasio Girardot Sports Complex.
Os brasileiros precisam fazer o seu papel de casa com certa folga para jogar com cautela na Colômbia, onde enfrentará enormes dificuldades não apenas com a qualidade do adversário, mas também com respeito a campo e torcida.
Para o tricolor este espaço de mais de quarenta dias pode ser proveitoso, porque até lá o ciclo produtivo das duas equipes pode mudar. Além do mais, o técnico do Nacional Reinaldo Rueda prevê um desmanche no time antes da primeira partida, com a saída já confirmada do atacante Jonathan Copete para o Santos e as prováveis saídas de outros dois atacantes – Marlos Moreno para o Benfica (Portugal), Victor Ibarbo, que deverá retornar ao Cagliari (Itália) – e do goleiro Franco Armani, pretendido pelo River Plate (Argentina).
Por outro lado, o São Paulo poderá ficar sem Maicon e Calleri.
As disputas pela outra semifinal, entre Boca Juniors e Independiente del Valle começam no dia 7 de julho no Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito.

   

(Artigo publicado no caderno Super Esportes do jornal O Imparcial de 27/05/2016)

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