sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

 


ERA UMA VEZ TRÊS

(História recontada)

 

Era uma vez três. Dois espanhóis e um francês.

Os três amavam a mesma mulher.

Julián, Julio e Jules certo dia se encontraram numa praça da cidade para discutir o assunto e resolver as diferenças.

Julián, que era barbeiro, portava uma navalha no bolso. Julio, que era cozinheiro, trazia no bolso de trás uma faca de cozinha. Jules, sem nenhum motivo aparente, tinha no bolso um canivete suíço.

Sabe o que aconteceu?

Então preste atenção que eu vou contar:

 

Era uma vez três. Dois espanhóis e um francês.

Os três amavam a mesma mulher.

Julián, Julio e Jules certo dia se encontraram numa praça da cidade para discutir o assunto e resolver as diferenças.

Julián, que era barbeiro, portava uma navalha no bolso. Julio, que era cozinheiro, trazia no bolso de trás uma faca de cozinha. Jules, sem nenhum motivo aparente, tinha no bolso um canivete suíço.

Sabe o que aconteceu?

Então preste atenção que eu vou contar:

 

Era uma vez, três...

 

2019

 

 A PONTA GUIA
(Augusto Pellegrini)


Eu procuro um complemento
Para adoçar os meus dias
Já cansei de viver só
Pois tenho a alma vazia
De projetos e momentos

Fazendo uma analogia
Com uma bússola de alma
Tento achar minha metade
E estou em busca da calma
Que traga paz e alegria

Devia ter iniciado
Nos tempos de mocidade
Antes de amadurecer
Mas procurar nunca é tarde
Mesmo no outono avançado

Fim, começo, tanto faz
Eu quero uma ponta guia
Que me oriente na procura
De uma boa companhia
Que o tempo custa, mas traz

Sigo em busca da bonança
Da laranja a outra parte
Para refazer os planos
Recheados de amor e arte
Com alegria de criança

E assim, transformar a vida
Numa trilha benfazeja
Cada momento uma prenda
É o que a gente sempre almeja
Quando a esperança é perdida

2018

 

 

 




quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

 


NOVOCABULÁRIO INGLÊS

(Copyright FluentU)

English words that people say wrong and use wrong 

(ver tradução após o texto) 

POISONOUS   

Wrong meaning: Something that will make you poisoned if you eat it, or if it bites you. 

Right meaning: Something that will poison you, but only if you eat it. 

People often think the words “POISONOUS” and “VENOMOUS” mean the same thing. And they do both deal with POISON, a substance that will make you sick or even kill you. The difference is in the way the POISON is administered (given).   

POISONOUS is used for anything that will poison you when you ingest (eat) it.   

VENOMOUS is used for anything that will poison you if it bites you.    

This is why murderers on TV shows use POISON to kill their victims, they don’t use VENOM. Another example is the pufferfish, the Japanese delicacy, which is a POISONOUS fish – it can kill you if you eat it (and yet many people do still eat it!). A snake that can poison you, on the other hand, is VENOMOUS. Unless you bite it first, we guess.   

 

            

            TRADUÇÃO 

Palavras da língua inglesa que as pessoas usam com o sentido errado

 

POISONOUS (VENENOSO)

Significado errado: Algo que vai te envenenar se você comer ou se você for mordido por ele.  

Significado correto: Algo que vai te envenenar, mas apenas se você comer (ingerir).   

As pessoas geralmente pensam que as palavras da língua inglesa “POISONOUS” (venenoso) e “VENOMOUS” (venenoso) significam a mesma coisa. É que ambas têm a ver com “POISON” (veneno) uma substância que poderá lhe fazer mal ou até matá-lo. A diferença está na forma como esse veneno é administrado ou ingerido.  

POISONOUS é usado para alguma coisa que pode te envenenar se você comer (ingerir).

VENOMOUS é usado para alguma coisa que vai te envenenar se você por mordido, picado ou tiver contato com por ela.

Essa é a razão pela qual os criminosos dos programas de televisão usam POISON (veneno), não VENOM (veneno), para matar as suas vítimas. Outro exemplo é o baiacu, um peixe usado na culinária japonesa, que é POISONOUS (venenoso) – você pode até morrer se comer (e mesmo assim muita gente come!). Uma cobra que pode envenenar você, por outro lado, é VENOMOUS.     

           

 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

 


     PÁGINAS ESCOLHIDAS

O FANTASMA DA FM (1992)
(Augusto Pellegrini)

 NASCIMENTO

Já quase percebo uma luz no fim do túnel, mas pressinto a morte próxima.
Uma terrível tensão se apodera de mim. Quero agarrar-me às paredes mornas e lisas que me cercam, mas elas se movem e me repelem, e me empurram e me expulsam da então tranquilidade, prontas para me jogar rumo ao desconhecido.

Esta ruptura parece ser inevitável, embora seja uma tragédia, um quase crime. Já começo a ouvir sons e rumores estranhos e uma expectativa cercada de agonia me abraça.
No princípio era o tédio, a imobilidade, a constante escuridão, e eu procurando saber quem era, o que fazia ali e o que se esperava de mim, feio, encolhido e surdo.

No princípio era o tédio, agora o sufoco.
Me assusta a ideia do inevitável, de passar para outra esfera, ser rotulado e numerado e começar uma competição nem sempre justa. Já devo ter vivido essa outra vida alguma vez, pois algo dentro de mim me faz arrepiar e prever os momentos terríveis que me esperam, o ódio e a angústia, o medo e a solidão, o opróbio e e infelicitação, o caos.

Tento lutar até o fim contra esta agressão, esta prepotência, quero continur vivendo assim como sou, mesmo sendo um verme, um parasita, um inútil – melhor ser inútil agora do que massa de manobra depois.   
Mas percebo cada vez mais clara a luz no fim do tunel, estou me aproximando da minha próxima morada.

Sinto um mal-estar irreprimível, zonzo, quase cego, e a luz vem cada vez mais forte enquanto um grito rouco escapa do meu peito, num protesto alucinado.
De repente, já estou fora do meu túnel.

Cores e formas confusas se me apresentam e um frio inesperado, esperado, serve de advertência de como terei que enfrentar este meu novo destino.
Estou enfim na minha outra vida.

Nasci? (como todos pensam) ou morri? (como me sinto?).