OS TRAPALHÕES
Vai começar o campeonato. O Diretor de Competições da Federação define o calendário, prepara a tabela dos jogos e sugere a forma de disputa.
As decisões que dizem respeito ao regulamento, no entanto, são analisadas e discutidas posteriormente através de um foro específico denominado Conselho Arbitral, a quem cabe referendar o documento.
Assim, antes do início de qualquer competição, os participantes se reúnem entre si e com os responsáveis pela federação através deste Conselho Arbitral para discutir detalhes e chegar a um consenso sobre o formato e a regulamentação do certame. Isso não é feito do dia para a noite. Todos têm a sua disposição o tempo necessário para digerir todos os aspectos que cercam a competição que será disputada.
O Conselho Arbitral tem como mediador o presidente da Federação ou alguém legalmente designado por ele e conta com a participação de representantes devidamente autorizados de todos os clubes que participarão do campeonato, dirimindo dúvidas e analisando generalidades como datas, horários, condições dos estádios, inscrição de jogadores e critérios de desempate.
Esta reunião é realizada para que não venha pairar nenhuma dúvida sobre a compreensão e a operacionalização do torneio.
Tudo tem que ser discutido e todos terão voz para colocar seus posicionamentos inclusive no que diz respeito à logística que os clubes terão que implementar e nas questões financeiras, os mandos de jogo considerando os resultados de cada fase, os cartões zerados ao fim de cada fase (ou não) e outros assuntos que possam gerar uma futura polêmica.
O correto seria que cada representante de clube analisasse com atenção todas as possibilidades de ocorrências e fizesse as mais variadas simulações para detectar eventuais riscos. Na verdade, esta simulação já deveria ter sido esgotada pelo próprio Diretor de Competições, que durante a reunião do Conselho produziria uma ata enxuta e não sujeita a erros ou remendos.
Infelizmente isto não é o que acontece.
Com base em interpretações pessoais passíveis de posteriores interpretações jurídicas, todo um trabalho de planejamento vai para o ralo.
Isto acontece no Brasil inteiro, em todas as áreas de atuação da justiça, e o futebol maranhense não poderia passar incólume.
O mesmo regulamento considerado impróprio que norteou o Campeonato Maranhense de 2016 foi posto em prática em 2017. Todos leram, concordaram e assinaram, mas a Federação achou por bem mudar a regra do jogo exatamente na fase final, contrariando não apenas o regulamento inicial como também os preceitos da CBF e do bom senso que dizem "nenhuma regra pode ser alterada no decorrer de um certame".
Começou aí uma série de trapalhadas, pontuadas por liminares autorizando e desautorizando, todas elas tendo como base a lei, porque no nosso país uma mesma lei pode produzir diferentes definições. Um autêntico samba do crioulo doido.
Ocorrências como esta geram a desconfiança de que os luminares do Conselho Arbitral ao assinarem o regulamento tinham pleno conhecimento das falhas existentes e sabiam perfeitamente onde estavam as brechas para delas se utilizarem no momento preciso.
O Cordino, único finalista que ninguém contesta, já entrou em campo duas vezes para decidir o título contra dois adversários diferentes em duas partidas que não aconteceram e se vê prejudicado com a indefinição pois na verdade não se preocupa apenas com quem será o outro finalista - se Sampaio ou se Moto.
Os jogadores estão perdendo o ritmo de jogo, os torcedores estão perdendo o entusiasmo, a diretoria está perdendo a paciência e o clube está perdendo dinheiro com tanta paralisação e com esta situação esdrúxula.
Insensíveis a tudo isso, a Federação, o Sampaio, o Moto, os juízes dos Tribunais e os advogados transformaram o campeonato de 2017 numa trapalhada de mau gosto cujo desfecho é absolutamente incerto.
As decisões que dizem respeito ao regulamento, no entanto, são analisadas e discutidas posteriormente através de um foro específico denominado Conselho Arbitral, a quem cabe referendar o documento.
Assim, antes do início de qualquer competição, os participantes se reúnem entre si e com os responsáveis pela federação através deste Conselho Arbitral para discutir detalhes e chegar a um consenso sobre o formato e a regulamentação do certame. Isso não é feito do dia para a noite. Todos têm a sua disposição o tempo necessário para digerir todos os aspectos que cercam a competição que será disputada.
O Conselho Arbitral tem como mediador o presidente da Federação ou alguém legalmente designado por ele e conta com a participação de representantes devidamente autorizados de todos os clubes que participarão do campeonato, dirimindo dúvidas e analisando generalidades como datas, horários, condições dos estádios, inscrição de jogadores e critérios de desempate.
Esta reunião é realizada para que não venha pairar nenhuma dúvida sobre a compreensão e a operacionalização do torneio.
Tudo tem que ser discutido e todos terão voz para colocar seus posicionamentos inclusive no que diz respeito à logística que os clubes terão que implementar e nas questões financeiras, os mandos de jogo considerando os resultados de cada fase, os cartões zerados ao fim de cada fase (ou não) e outros assuntos que possam gerar uma futura polêmica.
O correto seria que cada representante de clube analisasse com atenção todas as possibilidades de ocorrências e fizesse as mais variadas simulações para detectar eventuais riscos. Na verdade, esta simulação já deveria ter sido esgotada pelo próprio Diretor de Competições, que durante a reunião do Conselho produziria uma ata enxuta e não sujeita a erros ou remendos.
Infelizmente isto não é o que acontece.
Com base em interpretações pessoais passíveis de posteriores interpretações jurídicas, todo um trabalho de planejamento vai para o ralo.
Isto acontece no Brasil inteiro, em todas as áreas de atuação da justiça, e o futebol maranhense não poderia passar incólume.
O mesmo regulamento considerado impróprio que norteou o Campeonato Maranhense de 2016 foi posto em prática em 2017. Todos leram, concordaram e assinaram, mas a Federação achou por bem mudar a regra do jogo exatamente na fase final, contrariando não apenas o regulamento inicial como também os preceitos da CBF e do bom senso que dizem "nenhuma regra pode ser alterada no decorrer de um certame".
Começou aí uma série de trapalhadas, pontuadas por liminares autorizando e desautorizando, todas elas tendo como base a lei, porque no nosso país uma mesma lei pode produzir diferentes definições. Um autêntico samba do crioulo doido.
Ocorrências como esta geram a desconfiança de que os luminares do Conselho Arbitral ao assinarem o regulamento tinham pleno conhecimento das falhas existentes e sabiam perfeitamente onde estavam as brechas para delas se utilizarem no momento preciso.
O Cordino, único finalista que ninguém contesta, já entrou em campo duas vezes para decidir o título contra dois adversários diferentes em duas partidas que não aconteceram e se vê prejudicado com a indefinição pois na verdade não se preocupa apenas com quem será o outro finalista - se Sampaio ou se Moto.
Os jogadores estão perdendo o ritmo de jogo, os torcedores estão perdendo o entusiasmo, a diretoria está perdendo a paciência e o clube está perdendo dinheiro com tanta paralisação e com esta situação esdrúxula.
Insensíveis a tudo isso, a Federação, o Sampaio, o Moto, os juízes dos Tribunais e os advogados transformaram o campeonato de 2017 numa trapalhada de mau gosto cujo desfecho é absolutamente incerto.