sexta-feira, 15 de dezembro de 2017





ALVORADA

(música composta por Augusto Pellegrini em 1978)

E mal raiou a alvorada
O dia mal despertou
Voltei pra casa
O sol brilhando
Na manhã de prata
Desmancha toda a cor
Da serenata

Vou sem descanso
E por muito favor
Porque no fundo não passo
De mais um trabalhador
Que chega em casa
E se prepara
Para outro dia enfrentar
Noutro compasso
Se declara
Estar disposto a trabalhar


Mas tem um detalhe, rapaz
Quando madrugada chegar
Você vai me ver outra vez
Com meu violão, que me traz
Remédio para este mal
E me ajuda a esquecer 

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017





A GULA

Excerto de um conto publicado no livro “O Fantasma da FM” em 1992.


Ah, a gula!
Se gula fosse pecado os padres não se empanturrariam dos mais variados acepipes acompanhados por um saboroso vinho espanhol daqueles recebidos no Brasil contrabandeados e acondicionados em barris de carvalho legítimo, depois transferidos para jarras e garrafões sem medo de azedar, pois conforme dizia Padre Lourenço “...vinho puro, consumo rápido”...”
E o que dizer de um assado de carneiro, ornamentado com batatas sauté e servido com arroz de açafrão, salada de rabanetes adubada com azeite de oliva português primeira prensa e pão de peito daqueles da Basilicata?
É certo que todas as religiões preconizam algum jejum durante o ano – talvez mais pela necessidade de reservar o estoque e preservar o pouco do fígado e da vesícula que nos resta do que para prestar uma homenagem ao Senhor Deus. Afinal, que religião é essa que se preocupa com fartura de comida e de bebida e se esquece da farsa, da mentira, da guerra, da opressão e do opróbio?
Será pecado a ingestão de chá com torradas, ovos e bacon pela manhã, um belo suco de frutas e um iogurte batido, além do sanduiche de queijo e de uma fatia de melão? Será pecado o T-bone steak com agrião na hora do almoço ajudado por um chope escuro e broto de alcachofra na entrada? Café com chantili na saída?
Será pecado o carpaccio?
Pecado não é a comida e sim a falta dela.

  

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017






SINOPSE DO PROGRAMA SEXTA JAZZ DE 13/05/2016
RÁDIO UNIVERSIDADE FM 106,9 Mhz
São Luís- MA

 JAZZ LAB - GIGI GRYCE & DONALD BYRD 

 Um dos estilos de jazz mais apreciados pelo público jazzófilo é o chamado West Coast, uma espécie de bebop mais sofisticado que assumiu ares de cool jazz e foi viver na Costa Oeste dos Estados Unidos, como seu nome indica. Ele foi criado e cresceu em Los Angeles como uma contraposição ao hard bop que se desenvolvia na Costa Leste durante os anos 1950 e 1960. Vários nomes estão associados ao gênero, como Shorty Rogers, Gerry Mulligan, Chet Baker, Bud Shank, Jimmy Giuffre, Shelly Manne e Dave Brubeck. Um dos discos mais emblemáticos que marcaram o estilo foi o primeiro álbum da série "Jazz Lab" gravado em 1957 pelo quinteto liderado pelo saxofonista Gigi Gryce e pelo trompetista Donald Byrd (outros cinco álbuns viriam a seguir), mostrando muita leveza melódica, um alto nível de interpretação e uma harmonia vibrante. Músicas como "Blue Lights", "Onion Head", "Imagination" e "Xtacy" são apresentadas pelo quinteto que inclui o pianista Hank Jones, o baixista Paul Chambers e o baterista Art Taylor, uma garantia de qualidade. 

 Sexta Jazz, nesta sexta, oito da noite, produção e apresentação de Augusto Pellegrini

terça-feira, 12 de dezembro de 2017





A IRA

Conto publicado no livro “O Fantasma da FM” em 1992.


Tudo andava às mil maravilhas naquela cidadezinha no sul da França, Saint Jean des Canards. Monsieur Patou caminhando placidamente pela rua arborizada, as flores florindo na primavera, o sol resplandecente furando as copas das árvores, os passarinhos gorjeando em francês e alguns Jacques, Jean-Pierres e Charlottes se cumprimentando e se sorrindo.
Close para o vendedor de sorvetes oferecendo risonho e rubicundo um copinho com “crème des pommes” enquanto ao fundo a jovem Geneviève tem um “frisson” ai cruzar seu olhar com o de Laurent, um vizinho tímido e agradável que falava com os olhos tudo aquilo que os lábios não ousavam pronunciar, como dizia o poeta.
O gramado aparado parecia estar verde, não aquele verde amarelado dos “westerns” de Hollywood, mas aquele verde esmeraldino dos filmes de capa e espada, apesar da centena de cavalos e cavaleiros que por ali passavam diariamente, das liças e das caçadas. Mas o filme era branco-e-preto, o adorável branco-e-preto dos clássicos, o branco-e-preto do estilo “noir”, da fotografia bem cuidada, da direção perfeita que usa a indução psicológica, sem efeitos especiais, e da grama puramente cinza naquela calma matinal.
Monsieur Patou consulta o seu relógio, aqueles de bolso, a  corrente fazendo um arco por cima da virilha, é quase hora do almoço, vamos provar os quitutes preparados por Madeleine, sua mulher há mais de trinta anos, exímia cozinheira, talentosa fazedora de “croissants”, “petit fours” e “patés”, já antevendo o assado de vitela com batatas coradas, regadas ao bom vinho “du Rhône”.
Corte para dentro da casa.
Madeleine terminando de ajeitar a mesa, o avental impecavelmente engomado servindo de adorno ao vestido caseiro, trazendo no rosto a expressão de um artista a contemplar a sua mais recente obra prima, a mesa posta e uma terrina de sopa ocupando o centro.
Monsieur Patou entra pela porta da sala, dirige-se à mesa, beija afetuosamente Madeleine na testa e pergunta – “o que minha patinha fez para o almoço de hoje?” – ao que Madeleine responde – “sopa de quiabo” – “sopa de quiabo?!” – exclama Patou estupefato – “mas Joujou” – Joujou é Madeleine, na intimidade – “você sabe que eu odeio sopa de quiabo!” – “mas sopa de quiabo é tão bom!...” – e segue por aí afora a discussão sobre as qualidades nutritivas do quiabo, até que Patou se deu por vencido e sentou-se à mesa sem disfarçar um resmungo – “sopa de quiabo com vinho ‘du Rhone’, bah!”
Mas a primavera estava linda, Patou amava Joujou e ainda mais com essa linguiça cortada aos pedaços, e a batata, e o tempero de Joujou... sem contar que ele já havia lido num velho almanaque que quiabo era um poderoso afrodisíaco!...
Os dois sentados à mesa, a toalha xadrez já um pouco machucada pelo uso, a terrina fumegando, os pratos decorados e o relógio da sala batendo meio-dia, o sol penetrando pelas frestas da janela e as nuvens negras do desacordo se desvanecendo no ar.
Patou e Madeleine Joujou, um casal feliz como feliz se sentia toda a humanidade concentrada na pequena Saint Jean des Canards naquele dia maravilhoso. 
Monsieur Patou dá a primeira colherada, dá a segunda colherada, limpa o canto da boca com o guardanapo branco que tem preso ao pescoço e, de repente, arregala os olhos.
“Uma mosca! Uma mosca na minha sopa!”
O pequeno díptero, já morto e com as patas arreganhadas flutuava de costas ao lado de um pedaço de tomate e de uma rodela de quiabo, preso à sua viscosidade como se estivesse preso a uma teia de aranha gelatinosa.
Agora Patou se levanta num solavanco, arranca o guardanapo do pescoço e ainda gritando – “uma mosca! Uma mosca!” – arremessa o prato com sopa, mosca e demais pertences por cima da mesa, borrifando o líquido quente e pegajoso sobre o avental bem cuidado de Joujou, que exclama “Mon Dieu!” e, ato contínuo, destempera a cabeça de Patou com a garrafa do puro “Rhône” safra 1982, uma das melhores dos últimos vinte anos, de acordo com os enólogos.
Está aberto o diálogo franco, franco em todos os sentidos.
Os passarinhos já estão se bicando por conta de um verme encontrado no meio do gramado, uma cumulus-nimbus tolda o brilho do sol, Jean-Pierre esbarra em Jacques e ambos trocam insultos, Charlotte ouve algumas palavras mal-intencionadas, pensa que é com ela e acerta a cabeça do sorveteiro com um portentoso golpe de guarda-chuva, ao ver a cena a criança morde a língua e chora, toda lambuzada de sorvete, e Geneviève planta um tapa na cara do jovem Laurent que enfim desencabulara e fizera propostas um tanto arrojadas para a sua condição de donzela e para o certificado de censura do filme. Laurent vira uma fera e agride a mocinha na maior baixaria.
Todo mundo se ofende e se desrespeita, pedras são atiradas a esmo, chega a polícia, bombas de gás, chega o reforço do exército, e por fim explode a bomba.
Estas cenas foram, tirando uma ou outra incorreção semântica, extraídas do filme “Les sept péchés capitaux”, episódio “La colère” dirigido por Sylvain Dhomme e Max Douy, mostrando uma ira à francesa, já bem familiarizada com as devastações que a guerra pode trazer.
Como nós aqui desde os idos da Guerra do Paraguai não somos brindados com o inimigo à porte de casa, nossa ira normalmente explode por questões de somenos importância ou pelo menos sem a mesma gravidade, e as nossas asas do rancor se estendem apenas até onde alcança a nossa rotina do dia-a-dia.
Ira em francês é mais “chic”.    


segunda-feira, 11 de dezembro de 2017





I REMEMBER KAFKA

Conto publicado no livro “O Fantasma da FM” em 1992.

(Parte 2)


Ainda outro dia, se bem me lembro, eu estava placidamente dividindo com três ou quatro formigas e uma mosca doméstica um resto de bolo de festa, desses com recheio de leite condensado e ameixa preta e a cobertura com aquela pasta branca e açucarada e bolinhas de confeite cor de prata, quando me apercebi do desencanto desta vida, tudo é tão bonito e coberto de açúcar até que vem a vassoura, o veneno ou o chinelo, e aí então tudo se torna amargo como fel, e então comecei a me sentir “down” e “down”, como um inseto deserdado, como uma barata sobre a neve, como um biscoito amolecido debaixo do armário.
E, por pura necessidade de desafiar o perigo, em vez de me enrustir pelo mato adentro e lá ficar vegetando à cata de restos de comida e lixo, subindo pelas folhas do capim, decido por esta casa antiga com diversos moradores e alguns convidados de fins de semana e, o que é pior, em vez de me esconder no sótão no meio de ratos e objetos quebrados, me aventuro pelo jardim, pela dispensa e pelos armários, numa verdadeira afronta aos circunstantes – um grito de alerta aqui, um grito de nojo ali, um grito de espanto mais além – e eu me divirto vendo as pessoas correndo como baratas tontas atrás de instrumentos e apetrechos de defesa, tão grandes e tão poderosas, tão cultas e tão soberbas, tão importantes e tão valentes, tão idiotas.
No verão, então, é um pandemônio – baratas voando e correndo em ziguezague pelos cantos, besouros barulhentos chocando suas carapaças de encontro às paredes e depois – pobres imbecis – revirando as pernas de barriga para cima como uma tartaruga, incapazes de voltar à sua posição normal graças ao seu formato antiestético e antianatômico, com o centro de gravidade colocado numa posição nada estratégica denunciando um projeto mal feito para um inseto mal-acabado, a vergonha dos coleópteros.
E aquelas formigas-de-asa voando semiloucas em torno da lâmpada de cem velas e caindo exaustas dentro do prato de sopa, se enroscando nos cabelos da mocinha ou fazendo cócegas nas suas costas alvas e decotadas devido ao calor reinante nesta época do ano!
E os mosquitos e pernilongos explodidos na parede e marcando coágulos de sangue de humanos recém sugados, face à hélice do ventilador que chupa e expulsa como um vórtice?
As noites de luar são as minhas preferidas. É gostoso passear no cimento frio e fazer companhia aos grilos, mas é perigoso e assustador estar a cada canto topando com homens mal-intencionados e armados até os dentes não necessariamente à nossa captura, mas aproveitando a cada instante para extravasar o seu ódio irracional e para nos matar pelo simples prazer de matar – afinal os racionais, se é que assim podem ser chamados, matam para se alimentar, mas nós não somos alimento para essa gente dita civilizada.
Por precaução me dirijo até o fundo da casa, para o quarto de despejo onde se acumulam garrafas cheias e garrafas vazias, algumas ainda com vestígio de bebida dentro, e também jornais velhos e uma coleção de trapos. E fico lá, espreitando no escuro, vivendo a vida, planejando meus próximos movimentos.
De repente, a luz se acende.
Minhas antenas se movem tentando captar de onde vem o perigo. Uma bota enlameada se arremete rapidamente em minha direção. Meus sentidos se inflamam, minha asa se dilata, minhas farpas se arrepiam.
Meu odor característico toma conta do ar numa autodefesa e na tentativa desesperada de pedir ajuda procuro me enveredar pelas garrafas enfileiradas, mas o meu perseguidor não para a sua perseguição.
Com um pontapé afasta as garrafas do seu caminho e do meu caminho. Sinto-me relativamente aliviada, pois não vejo lá no alto a chuva aletrina e não vou ser combatida por criminosos utilizando a abominável guerra química, desta vez a batalha será de igual para igual, eu com a minha rapidez e os meus truques buscando rachaduras e interstícios para me esconder e me camuflar, ele com o seu tacão e bota agindo como um demente, espatifando garrafas e procurando me esmigalhar com os pés.
Consigo me esconder por detrás de uma caixa de papelão cheia de sabão em barra, com aquele cheiro enjoativo de sebo com composto de sódio, e me julgo a salvo por um instante.
Vislumbro uma companheira distraída e corro em sua direção para avisá-la do perigo que nos cerca, ambas nos camuflando com o desenho avermelhado da caixa de sabão próxima à nossa estampa reproduzida por algum artista numa embalagem vazia de inseticida.
Procuro manter a calma e arquitetar algum plano de salvamento; será que ajuda ficar como o besouro, barriga pro alto, e me fingir de morta? Ou será mais prudente bater as asas e sair voando em direção ao rosto do meu oponente para fazê-lo ficar pasmo com a surpresa e o susto? Ou ainda atravessar a abertura da caixa e me misturar com as barras de sabão mesmo correndo o risco de uma intoxicação mortal ou de uma contaminação lenta e progressiva por quaternário de amônia?
Enquanto eu penso e considero, as antenas ouriçadas e os sentidos em estado de alerta, minha companheira resolve sair do nosso refúgio e se aventurar entre algumas garrafas e um maço de jornal amarrado com um barbante desfiado.
Quer seja por descuido, quer seja por desfaçatez ou destemor, incúria, desafio, precipitação ou esquecimento, ela se move lenta e compassadamente, chamando a atenção do agressor.
Então, tudo se transforma em um segundo – a bota, o bote, o  grito, o ruído e o esmagamento, e minha companheira se esborracha entre o solado e o chão, espremida como um furúnculo maduro, visguenta como creme de baunilha misturado em molho chinês, patas e asas arrancadas e uma antena partida.
Fico imóvel como uma estátua de pedra, tensa e alerta, enquanto o par de botas se afasta, a luz se apaga e se ouve uma gargalhada de regozijo.
Só restamos eu e a caricatura esmigalhada da minha audaciosa companheira.
E sabões, poeira e teias de aranha.
    
  


 


domingo, 10 de dezembro de 2017





QUEM É QUEM NO GRUPO DO BRASIL

(artigo publicado no O Imparcial de 10/12/2018)


As bolinhas, que o folclore diz podem ser quentes ou geladas, marcaram o destino da seleção brasileira na Copa do Mundo que se aproxima, e o sorteio nos reservou como adversários a Suíça, Costa Rica e a Sérvia.
Como diz o popular, sorteio é sorteio, mas acima de tudo numa Copa do Mundo ninguém pode escolher adversários. As pedreiras vão aparecer, cedo ou tarde.
Nossos adversários na primeira fase não tem pretensões ao título, mas se esforçarão para fazer uma boa figura. Sair classificado num grupo que tem a força do Brasil será para qualquer dos três países um motivo de comemoração.
Os analistas se dividem ao comentar a dureza ou as facilidades que o Brasil encontrará para se livrar dos três primeiros adversários e avançar em direção às oitavas de final, com um afunilamento seletivo que poderá fazer com que cruzemos na sequência com Alemanha ou Espanha.
Considerando o nível técnico e o atual ranking das seleções, o Brasil não tem o que temer - estamos em 2º lugar, a Suíça está na 8ª posição, Costa Rica é a 26ª colocada e a Sérvia ocupa o 37º posto, dentro de um universo de 206 países.
O problema está na forma de jogar dos nossos adversários, que têm em conta que o Brasil fatalmente passará para a outra fase e brigam entre si pelo segundo lugar no grupo. Assim espera-se que os nossos três adversários joguem totalmente retrancados contra nós para colher um empate ou mesmo perder de pouco a fim de decidir a segunda vaga entre si, num jogo aberto.
A história é francamente favorável às cores brasileiras no que diz respeito aos nossos concorrentes.
Brasil e Suíça já se enfrentaram 8 vezes, sendo a primeira um empate de 2x2 no Mundial de 1950, jogando no Pacaembu. As outras sete partidas foram jogos amistosos, com cinco delas disputadas na Suíça e apenas duas no Brasil - em Cuiabá e no Recife. No total o Brasil venceu três vezes, a Suíça venceu duas e aconteceram três empates, mas os resultados foram todos muito magros, jamais passando de dois gols para o time vencedor.
A Suíça já participou de dez Copas do Mundo, e o seu melhor desempenho foi em 1934 e 1938, onde foi eliminada nas quartas de final, o que não significa muito, pois a quantidade de disputantes era menor e o regulamento diferente.
A principal característica dos suíços é o seu forte sistema defensivo, chamado de "catenaccio", palavra italiana que significa "parafuso", que é a forma como os seus jogadores "apertam" os seus adversários. Seus principais jogadores são o lateral direito Stephan Lichtsteiner (que atua pela Juventus-Itália), o meiocampista Granit Xhaka (Arsenal-Inglaterra) e os meias Xherdan Shakiri (Stoke City-Inglaterra) e Admir Mehmedi (Bayer Leverkusen-Alemanha).  
O retrospecto brasileiro contra Costa Rica é avassalador: em  10 jogos realizados, o Brasil venceu 9  e sofreu apenas uma derrota, 3x0 num amistoso disputado em 1960 em San José. Os costarriquenhos já nos enfrentaram em duas Copas do Mundo (1990 e 2002), ocasiões em que o Brasil venceu por 1x0 e 5x2 respectivamente, e outras duas vezes na Copa América (1997 e 2004), com duas goleadas brasileiras, 5x0 e 4x1. No total, foram 32 gols marcados pelo Brasil contra apenas 9 de Costa Rica.
A Costa Rica esteve presente em apenas quatro Copas do Mundo (1990, 2002, 2006 e 2014) e sua melhor classificação foi um 7º lugar na Copa de 2014. Seus dois jogadores mais badalados são o atacante Brian Ruiz (que joga no Sporting-Portugal) e o goleiro Keylor Navas (Real Madrid).  
A Sérvia é um adversário com o qual não temos história, pois  houve apenas uma partida disputada entre os dois países, em 2014, quando o Brasil venceu por 1x0 um amistoso em São Paulo. A antiga Iugoslávia, da qual a Sérvia fazia parte junto com Bósnia e Herzegovina, Croácia, Eslovênia, Macedônia e Montenegro, sempre produziu um futebol de respeito, técnico e aguerrido, e sempre foi um adversário difícil de ser batido. Com a fragmentação do país em diversas repúblicas independentes, o seu futebol ficou enfraquecido.
A Sérvia participou da Copa do Mundo de 2010 e conseguiu uma vitória memorável contra a Alemanha.  Mesmo assim, foi eliminada na fase de grupos por ter sido derrotada por Gana e pela Austrália. É uma equipe homogênea, que tem como destaque o ala Aleksandar Kolarov (Roma-Itália) e o meia Nemanja Matic, que atua pelo Manchester United-Inglaterra.