sábado, 23 de janeiro de 2021

 


SINOPSE DO PROGRAMA SEXTA JAZZ DE 03/08/2018
RÁDIO UNIVERSIDADE FM - 106,9 Mhz
São Luís-MA

VICTOR CASTRO - AÇOR

Quando Victor Castro residiu no Maranhão, nós nos tornamos muito amigos, unidos pela música, pela arte e pelo bom gosto. Juntos, navegamos muita música e excelentes momentos de convivência ao lado de outros amigos. Brilhante violonista clássico, Victor abdicou da cátedra para passear por estilos nunca dantes navegados como a música pop, o samba e os ritmos maranhenses, sempre entremeados por temas que expressavam o sentimento lusitano. Ao voltar para à sua Ilha Terceira, Victor Castro retornou também às suas origens geográficas e musicais, multiplicou o número de concertos tanto nas ilhas como no continente europeu, e acaba por nos brindar com um belíssimo CD recém-saído do forno, intitulado "Açor", nome que se dá à ave que aparece estampada na bandeira dos Açores. O álbum inclui composições suas e de outros violonistas/autores açorianos e portugueses e também recoleções de temas tradicionais e populares das Ilhas. Ouvir Victor Castro interpretando Açor leva a nossa alma para lugares muito especiais, como se estivéssemos vivendo um mundo de sonho.

Sexta Jazz, nesta sexta, oito da noite, produção e apresentação de Augusto Pellegrini

                                                                                                                                    

 

 

 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

 

                                               Foto: Roscoe Mitchell

AS CORES DO SWING
           (Livro de Augusto Pellegrini)


ART ENSEMBLE OF CHICAGO (formada em 1966) 

LiderRoscoe Mitchell (1940-       )

Nome completo – Roscoe Edward Mitchell, Jr.

Nascimento – Chicago-Illinois-EUA

Instrumento – saxofones (tenor, soprano, baixo, barítono e alto) e flauta

 

Comentário – A Association For The Advancement Of Creative Musicians (Associação para o Desenvolvimento de Músicos Criativos), mais conhecida pela sigla AACM, foi uma espécie de agremiação musical formada em 1966 para desenvolver um trabalho que visava a produção de um jazz experimental dentro da febre vanguardista que surgiu na segunda metade do século vinte. O grupo evoluiu e se transformou em uma orquestra com identidade própria, assumindo em 1969 o nome de Art Ensemble of Chicago. Os fundadores da AACM foram os saxofonistas Roscoe Mitchell e Joseph Jarman, o trompetista Lester Bowie, o baixista Malachi Favors e o baterista Famoudou Don Moye. A continuidade de uma ideia bem sucedida e a manutenção dos músicos fundadores contribuíram para a execução de um trabalho que beirava a perfeição, fazendo com que a crítica avaliasse o Art Ensemble of Chicago como o melhor e mais influente grupo de jazz “avant-garde” dos anos 1960 até 1980. O grupo foi pioneiro na elaboração de um trabalho que fazia uma estranha fusão entre o jazz, a arte cênica e elementos africanos através de uma representação conhecida como happening. O desempenho performático da banda combinava uma livre e diversificada alteração no tempo, muita dinâmica e uma textura que era a tônica teatral das suas apresentações. O líder Roscoe Mitchell já havia trabalhado o estilo durante o tempo em que participara da banda experimental do também revolucionário pianista Muhal Richard Abrams. Ele foi o principal mentor do grupo, que começou como Roscoe Mitchell Art Ensemble, formado dois anos antes da AACM. Por conta do seu trabalho e da sua vitalidade, o Art Ensemble Of Chicago se mantém até os dias de hoje fazendo uma música que continua na vanguarda do jazz, apesar dos quarenta anos já decorridos da saída de Don Moye, de Joseph Jarman (que se retirou para ser um monge budista), e da morte de Lester Bowie e Malachi Favors. O lema da orquestra é “somos a grande música negra, da antiguidade ao futuro”.

 

Algumas gravações 

As Clear As The Sun (Roscoe Mitchell-Malachi Favors-Famoudou Don Moye)

Everyday’s A Perfect Day (Joseph Jarman-Famoudou Don Moye)

It’s The Sign Of The Times (Malachi Favors)

Jamaica Farewell (Roscoe Mitchell)

Nine To Get Ready (Roscoe Mitchell)

People In Sorrow (Lester Bowie-Joseph Jarman-Roscoe Mitchell-Malachi Favors)

Slow Tenor And Bass (Roscoe Mitchell)

Song For My Sister (Roscoe Mitchell)

The J Song (Joseph Jarman)

The Meeting (Roscoe Mitchell)

Voyage (Roscoe Mitchell-Malachi Favors)

Way Way Down Yonder (Malachi Favors)

We Bop (Lester Bowie)

Zero / Alternative Line (Lester Bowie-Roscoe Mitchell)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

 


A MINHA RUA

(Augusto Pellegrini)

Minha rua tem belezas que as outras ruas não têm
As pessoas que aqui moram se conhecem muito bem
O calçamento é de pedra, com seus vãos cheios de grama
Pois ela é vedada aos carros, preservando o panorama

Na rua, as crianças brincam de brincadeiras antigas
E os idosos se distraem com conversas sempre amigas
Lá vêm os entregadores de jornal, também os carteiros
E nas tardes de verão aparece o sorveteiro

A paz sempre está presente, tudo no mais fino trato
Vizinhos se cumprimentam e os cães brincam com os gatos
As borboletas coriscam, vovó chega do mercado
E passa pelo jardim coberto de alcatifado

Parece que nesta rua sempre brilha o sol, alegre
O céu está sempre azul, tisnado de nuvens breves
Arrulham os passarinhos e a brisa vem do Leste
E o homem do realejo traz a sorte em seus bilhetes

...

Foi uma rua companheira, com seu ar franco e risonho
E retrata a minha infância – hoje não passa de um sonho
Os mais velhos já se foram, as casas foram vendidas
E um comércio muito intenso fez da rua uma avenida

O calçamento é moderno, coberto de macadame
O que era bom já passou, hoje é apenas triste e infame
Passarinhos, borboletas, vizinhos em paz com os outros
É uma imagem superada, agora é só desconforto

A rua tinha belezas que nenhuma outra tinha
Tinha o velho bilheteiro, tinha flores e andorinhas
Tinha crianças brincando, tinha a tia na janela
Hoje só nos traz lembrança de um passado em torno dela

A saudade dessa rua mora na minha consciência
Eu dela jamais me afasto, quer por amor ou prudência
Bons tempos foram aqueles, quando a vida era inocência
Bem diferente de hoje, com mau humor e inclemência

Dezembro 2018

 

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

 


AS CORES DO SWING
           (Livro de Augusto Pellegrini)

BANDLEADERS E DISCOGRAFIA


Andy Kirk (1898-1992) 

Nome completo – Andrew Dewey Kirk

Nascimento – Newport-Kentucky-EUA

Falecimento – Nova York-New York-EUA

Instrumento – sax-baixo, sax-barítono e tuba

 

Comentário – Apesar de não ser um músico muito habilidoso – ele não executava solos, possivelmente por ter pertencido às orquestras de dança do início do século vinte – Andy Kirk foi um dos bandleaders que mais se destacaram durante o período de 1930 a 1940 na região de Kansas City. Kirk começou tocando saxofone-baixo e tuba na banda de George Morrison em 1918, e em 1925 ele se mudou para Dallas para tocar na Terence Holder’s Dark Clouds of Joy. Com a saída de Holder, em 1929, Kirk foi conduzido ao comando da orquestra, rebatizada como Twelve Clouds of Joy, e lá começou a sua carreira de bandleader. Ele decidiu mudar de ares e foi para Kansas City junto com a maioria dos seus músicos, onde conseguiu um contrato no Pla-Mor Ballroom, fazendo grande sucesso ao lado da pianista e arranjadora Mary Lou Williams, do violinista Claude Williams e do trompetista Edgar “Puddinghead” Battle (com os quais gravou alguns discos), sendo até hoje considerado um dos melhores bandleaders que trabalharam no local. Mas, mesmo com todo o sucesso alcançado em Kansas City, Andy Kirk não fez nenhuma gravação entre os anos 1931 e 1935, e somente retornou aos estúdios quando foi para Nova York em 1939. Pela sua orquestra passaram alguns músicos famosos, como Charlie Parker (no início da carreira), Don Byas, Shorty Baker, Howard McGhee, Jimmy Forrest e Fats Navarro. Andy Kirk se manteve musicalmente ativo desde o início dos anos 1920 até o final da década de 1940. Em 1948, Kirk desfez a orquestra, encerrou a carreira musical e passou a comandar um hotel e a dirigir o Sindicato dos Músicos.

 

Algumas gravações 

Corky Stomp (Andy Kirk-Mary Lou Williams)

Blue Clarinet Stomp (Andy Kirk)

Fifteen Minute Intermission (Buddy Cannon-Sunny Skylar)

Fine And Mellow (Billie Holiday)

I Lost My Girl From Memphis (Charles Tobias-Peter DeRose)

I Surrender Dear (Harry Barris-Gordon Clifford)

Lotta Sex Appeal (Mary Lou Williams)

Mess-A-Stomp (Mary Lou Williams)

Midnight Stroll (Sammy Lowe)

Moten Swing (Bennie Moten)

Please Don’t Talk About Me When I’m Gone (Sam H.Stept-Sidney Clare)

Poor Butterfly (John Golden-Raymond Hubbell)

Skies Are Blue (Sammy Cahn-Saul Chaplin)

There Is No Greater Love (Isham Jones-Marty Simes)

Toadie Toodle (Mary Lou Williams-Sharon Pease)

Together (Buddy G.DeSylva-Lew Brown-Ray Henderson-Stephen Ballantine)

Twelfth Street Rag (Euday L.Bowman)

You Rascal You (Harry Brooks)

 


domingo, 17 de janeiro de 2021

 


NOVOCABULÁRIO INGLÊS

(Copyright Cambridge) 

(ver tradução após o texto)

 

CHAT BENCH

CHAT BENCH is a long seat in a public place where strangers are encouraged to sit and talk to each other. One of the best ways to effectively combat loneliness and isolation was to establish this kind of environment where unknown people can meet and share a chat.   

 

            “Sit on a CHAT BENCH if you don’t mind someone stopping to say Hello.”  

 

            “Can a CHAT BENCH really tackle the epidemic of loneliness among the elderly?”

           

            “The City Police Force launched the CHAT BENCH initiative earlier this month.”

 

            

TRADUÇÃO

 

BANCO DE BATER PAPO

O BANCO DE BATER PAPO é um banco de jardim comprido onde estranhos são encorajados a sentar e conversar com outras pessoas. Uma das melhores formas de combater efetivamente a solidão e o isolamento foi criar este tipo de ambiente onde as pessoas que não se conhecem podem sentar e trocar ideias.  

 

“Sente-se num BANCO DE PATER PAPO se você não se importa que alguém passe e lhe diga um Alô”.

“Um BANCO DE BATER PAPO pode de fato combater a solidão entre os idosos?”

“O Departamento de Polícia da Cidade tomou a iniciativa de lançar o programa ‘BANCO DE BATER PAPO’ no início deste mês”.  

 

 

 

 


SINOPSE DO PROGRAMA SEXTA JAZZ DE 25/05/2018
RÁDIO UNIVERSIDADE FM - 106,9 Mhz
São Luís-MA

ZÖE SCHWARZ - SLOW BURN

A força interpretativa do blues pode ser resumida na simplicidade e no talento. Este é o resultado que obtemos quando colocamos no mesmo palco a voz rascante e poderosa de Zöe Schwarz, o saxofone lamentoso de Ian Ellis e a guitarra plangente de Rob Koral. Aí o blues emerge com todo o sentimento e negritude e nos concede momentos de rara beleza musical. Zöe Schwarz começou como cantora na banda The Baddest Blues Band ao lado de Rob Koral, com quem constituiu uma parceria que já dura mais de dez anos, conjugando harmonia e robustez. Para completar o espírito do blues, eles se cercaram do saxofonista Ian Ellis nesta gravação feita em julho de 2012 com algumas músicas com certeza inéditas para a maioria dos ouvintes ao lado das conhecidas "Angel Eyes" e "Willow Weep For Me", e o resultado é este álbum chamado "Slow Burn", que retrata o melhor do blues produzido na Inglaterra, positivamente uma das melhores coisas do gênero acontecidas neste século.

Sexta Jazz, nesta sexta, oito da noite, produção e apresentação de Augusto Pellegrini

                                                                                                                                    

 


AS CORES DO SWING
           (Livro de Augusto Pellegrini)

CAPÍTULO 22 - RESUMO DA DISCOGRAFIA


WOODY HERMAN (1913-1987) 

Nome completo – Woodrow Charles Thomas Herman

Nascimento – Milwaukee-Wisconsin-EUA

Falecimento – Los Angeles-California-EUA

Instrumento – sax-alto, sax-soprano, clarinete e cantor

 

Comentário – Woody Herman foi um excelente clarinetista, saxofonista-alto e cantor de blues que consolidou o seu nome na história do jazz como um notável bandleader graças à sua extrema habilidade em lidar com as pessoas. Aos onze anos de idade, quando já cantava em bandas de vaudeville, Herman resolveu estudar saxofone sob uma forte influência de Johnny Hodges. Mais tarde, foi adquirindo experiência em algumas orquestras menores como Tom Gerun, Harry Sosnik e Gus Arnheim até que foi contratado por Isham Jones. Em 1936, quando Jones encerrou as atividades do grupo, Herman convidou alguns dos músicos remanescentes para formar a sua primeira orquestra, à qual primeiramente denominou “The Band That Plays The Blues” (A Orquestra Que Toca Blues). Em 1939 Herman gravou o seu primeiro grande sucesso, “At The Woodchopper’s Ball”, e começou a ser reconhecido como um bandleader de qualidade. Tal qual um pastor que cuida das suas ovelhas, Herman chamava o núcleo dos seus músicos de “herd” (rebanho). Apesar de tocar numa época onde pontificavam as grandes orquestras, Woody Herman inovou e conseguiu modernizar o som do swing, com arranjos primorosos e arrojados de Ralph Burns e Neal Hefti, antecipando a chegada de alguns estilistas como Gerry Mulligan, Claude Thornhill e George Russell. Em 1946, impressionado pelo som diferenciado de Herman, o maestro e compositor Igor Stravinsky compôs a música “Ebony Concerto” para ser executada por ele e sua orquestra. Como diretor de orquestra, Herman valorizou ao extremo os seus naipes de saxofones, como o famoso grupo composto por Stan Getz, Zoot Sims, Herbie Steward (depois Al Cohn) e Serge Chaloff, denominado “The Four Brothers” (Os Quatro Irmãos). Ele se manteve ativo até a véspera da sua morte, aos setenta e quatro anos, após ter completado mais de cinquenta anos ininterruptos comandando ou participando de uma orquestra.

 

Alguns dos principais músicos que participaram da orquestra – Al Cohn (sax-tenor), Bill Harris (trombone), Billy Bauer (guitarra), Chubby Jackson (contrabaixo), Conte Candoli (trompete), Dave Tough (bateria), Don Lamond (bateria), Flip Philips (sax-tenor), Herb Steward (sax-tenor), Jimmy Rowles (piano), Pete Candoli (trompete), Serge Chaloff (sax-barítono), Shorty Rogers (trompete), Stan Getz (sax-tenor), Zoot Sims (sax-tenor).

 

Resumo da discografia (gravações no período de 1940 a 1952)

 

A Kiss Goodnight (Freddie Slack-Frederico Victor)

Almost Like Being In Love (Frederick Loewe-Alan Jay Lerner)

Apple Honey (Woody Herman)

Bijou (Ralph Burns)

Blowin’ Up a Storm (Woody Herman-Neal Hefti)

Blue Flame (Joe Bishop-James Noble-Leo Corday)

Blue Prelude (Gordon Jenkins-Joe Bishop)

Blues On Parade (Woody Herman-Tobee Tyler)

Caldonia (Fleecie Moore)

Carioca (Vincent Youman-Gus Kahn-Edward Eliscu)

Crazy Rhythm (Irving Caesar-Roger Wolfe Kahn-Joseph Mayer)

East Of The Sun (Brooks Bowman)

Ebony Concerto (Igor Stravinsky)

Four Brothers (Jimmy Giuffre)

Get Happy (Harold Arlen-Ted Koehler)

Herman At The Sherman (Woody Herman)

I Can’t Believe That You’re In Love With Me (Clarence Gaskill-Jimmy McHugh)

I Can’t Get Started (Vernon Duke-Ira Gershwin)

I Cover The Waterfront (Johnny Green-Edward Heyman)

I Would Do Anything For You (Alexander Hill-Bob Williams-Claude Hopkins)

In A Little Spanish Town (Mabel Wayne-Sam Lewis-Joe Young)

It’s Autumn (Henry Nemo)

Jazz Hot (Bill Holman)

Laura (David Raskin-Johnny Mercer)

Lazy River (Hoagland “Hoagy” Carmichael-Sidney Arodin)

Long Time No See (Arthur Altman-James Cavanaugh)

Love Is Here To Stay (George Gershwin-Ira Gershwin)

Love Of My Life (Artie Shaw-Johnny Mercer)

Lullaby Of Birdland (George Shearing)

Midnight Sun (Lionel Hampton-Sonny Burke-Johnny Mercer)

Nice Work If You Can Get It (George Gershwin-Ira Gershwin)

Northwest Passage (Ralph Burns-Woody Herman-Chubby Jackson)

One, Two, Three, Four Jump (Flip Philips)

Opus De Funk (Horace Silver)

Red Top (Woody Herman)

Somebody Loves Me (George Gershwin-Buddy DeSylva-Ballard MacDonald)

Stars Fell On Alabama (Mitchell Parish-Frank Perkins)

Sweet Lorraine (Carter Burwell-Mitchell Parish)

The Sheik Of Araby (Harry Beasley Smith-Ted Snyder-Francis Wheeler)

This Is New (Kurt Weill-Ira Gershwin)

Woodchopper’s Ball (Woody Herman-Joe Bishop)