SINAL DE ALERTA
(Augusto Pellegrini)
Atenção, todas as áreas, aos quatro
cantos do mundo!
O século vinte e um, que prometeu ser “do amor”
Decorridos poucos anos mostra um contraste profundo
Entre a vã filosofia e a realidade da
dor
Começou com um aviso – “o polo está
derretendo”
E a temperatura ambiente a cada dia a aumentar
As chaminés produzindo um vapor ácido
tremendo
E plásticos mergulhando, tomando banho de mar
Vinte e dois anos se foram, recomeçaram
as doenças
Coronavírus de um lado, uma cepa a cada vez
Síndrome gripal e pólio, e para confundir a crenças
A varíola dos macacos e um novo vírus chinês
Pior – isso vai além – o problema não se
encerra
Em meio à fome que aumenta e ao trabalho que escasseia
Faltava ‘inda um complemento – oh que delícia de guerra!
E o ódio tomando conta de irmãos, que se bombardeiam
A superpopulação já não é mera ameaça
E daqui a cinquenta anos não haverá água pra todos
Agora usamos a máscara, vamos usar a
mordaça
Pra tentar daqui pra frente sair vivos deste jogo
Atenção, todas as áreas, o alerta está
ligado!
O século vinte e um enganou a raça inteira
Prometia a paz de Aquarius com vinho e
ar condicionado
E nos trouxe muitos males, intrigas e uma fogueira