sábado, 25 de junho de 2022

 

CURIOSIDADES ESPORTIVAS



CAMPEÕES DO MUNDO       

2006 - Campeão: ITÁLIA
            Vice-campeão: FRANÇA

A décima-oitava edição da Copa do Mundo foi realizada na Alemanha e reuniu 32 países. O Brasil foi representado por uma seleção muito forte, com a escalação-base formada por Dida; Cafu, Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Emerson, Kaká e Zé Roberto; Ronaldinho, Ronaldo e Adriano, e parecia caminhar muito bem após vencer a Croácia (1x0), a Austrália (2x0), o Japão (4x1) e Gana (3x0), mas foi eliminado pela França nas quartas de final por 1x0, com um gol solitário de Henry. Nas semifinais, a Itália eliminou a anfitriã Alemanha (2x0) e a França bateu Portugal (1x0). Os alemães conseguiram o terceiro lugar vencendo Portugal por 3x1, e a Itália conquistou o título ao vencer a França nos pênaltis por 5x3 após um empate de 1x1 no tempo regulamentar. Os italianos formaram com Buffon; Zambrotta, Cannavaro (capitão), Materazzi e Grosso; Gattuso, Camoranesi (Del Piero), Pirlo e Perrotta (De Rossi); Totti (Iaquinta) e Luca Toni. Os gols do jogo foram marcados por Zidani para a França e Materazzi para a Itália. O fato marcante do jogo foi a expulsão de Zinedine Zidane na prorrogação por revidar com um golpe de cabeça uma provocação de Materazzi.

terça-feira, 21 de junho de 2022

 


DOS USOS E (MAUS) COSTUMES

(Augusto Pellegrini) 

Fazendo uma exegese dos costumes
Vou começar falando de comida
Necessidade principal do homem
E de qualquer ser que nesta terra habita
Que todo dia tem que saciar a fome
Para manter sua condição de vida 

Qualquer ser vivo sente fome, e come
Isto é fundamental para a subsistência
Assim, os animais, os insetos e o homem
Conseguem conservar sua energia
Com todo o combustível que consomem
Para consolidar sua sobrevivência

Mas tudo é feito sem muito critério
Alguns comem demais, outros de menos
Há os que colocam lenha demais na fornalha
Ficando obesos, pesados e lentos
E os que não têm o pão, só as migalhas
Rosto sem vida, triste e macilento 

Outra necessidade é a do agasalho
Que nos protege dos olhares e do tempo
Já foi-se o tempo em que mulher e homem
Usavam pele de animais como paramento
Depois veio a vergonha – diz a lenda
E começaram a cobrir as partes pudendas 

Por um estranho desvio de conduta
Estamos atualmente em retrocesso
E as partes que eram pudicamente veladas
Agora são mostradas a céu aberto
Por homens e mulheres que por certo
Gostam de estar pelados e peladas 

Outro fator que determina a história
É a convivência dos povos, ou a falta dela
Pois desde os tempos em que se tem registro

Homens se batem, combatem e se matam

Uns aos outros, por qualquer motivo

Transformando o mundo todo num lugar sinistro 

Não existe um ano só, no calendário
Em que o mundo não registre alguma guerra
Uma revolução ou algum distúrbio sério
O que leva os homens a se digladiarem
Fazendo de um jardim um cemitério
E molhando de sangue e lágrimas a terra 

Fazer do uso bom um mau costume
Tornou-se do homem especialidade
Pois ele sempre busca um adversário
Na luta por poder ou materialidades
Ou outras condições que lhe provocam inveja
E o fazem ser de um crime mandante ou sicário 

Dezembro 2020

 

 

domingo, 19 de junho de 2022

 


SINOPSE DO PROGRAMA SEXTA JAZZ DE 21/06/2019
RÁDIO UNIVERSIDADE FM - 106,9 Mhz
São Luís-MA

PIANO JAZZ
OSCAR PETERSON-JOE SAMPLE-DAVE BRUBECK-THELONIOUS MONK

Desde os primórdios, o piano foi um instrumento muito importante para a formatação da linguagem do jazz, tanto nos solos como participante de grupos. Entre os pianistas se encontra uma elite de jazzistas que, independentemente da posição que ocupam dentro do grupo - seja um trio, um pequeno conjunto ou uma orquestra - assumem um protagonismo ímpar, não raro ditando as principais características e o sentimento da música. O número de pianistas – e, por extensão, de tecladistas – talentosos é incontável, com a tendência de ser ampliado a cada dia. Na impossibilidade de apresentarmos um número de pianistas que possa realmente representar a categoria, como seria o nosso desejo, nós limitamos a participação no programa desta sexta a apenas quatro das suas maiores expressões – Oscar Peterson, Joe Sample, Dave Brubeck e Thelonious Monk (estes últimos dividindo o palco numa deliciosa interpretação da famosa "C Jam Blues", de Ellington, por sinal também pianista).   

Sexta Jazz, nesta sexta, oito da noite, produção e apresentação de Augusto Pellegrini

 

 


AI, MEU SÁBADO

1974

(Samba de Augusto Pellegrini)

 

Ai, meu sábado

Que mal que você me fez

Para eu lhe tratar desta maneira

Como sendo brincadeira

Estar em casa outra vez

O fato de eu estar passando mal

Desde o fim do carnaval

Tem razões muito sérias

Que férias, miséria

Vou curtir minha ressaca

Até o fim da primavera

Que dura espera

Que férias, miséria

Frequentar samba de roda

Um batuque, ai quem me dera

 

No entanto

Fico em casa, amargurado

Cuidando do meu fígado estragado

 

Que férias, miséria

Vou curtir minha ressaca

Até o fim da primavera

Que dura espera

 

 


PÁGINAS ESCOLHIDAS

Do livro À NOITE, TODOS OS GATOS (1998)
(Augusto Pellegrini)

A NOITE DA MARIOLA

O céu toma a cor do azulado da madrugada antes de se tingir com o âmbar do nascer do sol. O mar repousa lá ao longe na sua maré baixa deixando à vista um banco de areia com formato de praia tão vasto quanto um deserto.

A velha Mariola com sua cara de bruxa recolhe as garrafas vazias e os pratos com os restos de peixe e camarão, agora que o garçom que nos servia, com seu jeito enferrujado e sua cara de vela já se apagou, enquanto a linda Raíssa, que felizmente não saiu à mãe, acena o adeus com as mãos, o vento colando o vestido fino por sobre o corpo, denunciando um belo par de pernas e uma escultura de ventre e ancas que positivamente não lembram sereia alguma.

Sento num banco da orla e olho com desprazer para Gilberto, meu amigo de farra, aboletado no banco ao lado enrolado feito um pacote, qual um gato procurado se proteger da brisa úmida da madrugada. Os pés descalços se encolhem sobre o cimento frio como os pés de um macaco.

Foi uma noitada – soluço! – e tanto. Deveras.

(Resultado de muita cerveja tomada no Bar da Mariola)