sábado, 10 de abril de 2021

 


AS CORES DO SWING
           (Livro de Augusto Pellegrini)

BANDLEADERS E DISCOGRAFIA


JATP – Jazz At The Philharmonic (formada em 1944, extinta em 1983) 

LiderNORMAN GRANZ (1918-2001)

Nome completo – Norman Granz

Nascimento – Los Angeles-Califórnia-EUA

Falecimento – Genebra-Suiça

Instrumento – nenhum (produtor e executivo)

 

Comentário – Mesmo ser ter sido músico e apesar de jamais ter tido intimidade com qualquer instrumento musical, Norman Granz acabou sendo um dos principais nomes do jazz a partir de meados dos anos 1940. Granz apreciava o jazz e os músicos que tocavam jazz, e se especializou em produzir shows numa época onde os artistas encontravam uma certa dificuldade em se apresentar, com os Estados Unidos saindo de uma guerra e as suas devidas sequelas. Certo dia, ele contratou alguns músicos para se apresentarem no auditório da Orquestra Filarmônica de Los Angeles e tentou criar um grande impacto para atrair o público californiano, dando ao espetáculo o nome de “Jazz At The Philharmonic” (Jazz na Filarmônica). Fizeram parte do primeiro concerto os músicos Illinois Jacquet, J.J.Johnson, Nat King Cole e Les Paul, entre outros. O sucesso foi grande, e o nome Jazz At The Philharmonic se transformou na marca registrada do grupo gerenciado por Norman Granz, que passou a ser conhecido pelas iniciais JATP. Granz trabalhou bastante na divulgação do jazz e dos músicos de jazz e lutou com determinação contra o racismo que procurava impedir músicos brancos e negros de se hospedarem – e às vezes se apresentarem – no mesmo local. A JATP não mantinha a mesma formação a cada temporada, mas foi sempre constituída por músicos seletos. Entre os artistas que fizeram parte da JATP, em diferentes épocas e formações, se encontram Ella Fitzgerald, Oscar Peterson, Lester Young, Roy Eldridge, Dizzy Gillespie, Charlie Parker, Clark Terry, Zoot Sims, Buddy Rich, Bessie Smith, Count Basie, Ben Webster e outros. A JATP começou tocando na costa oeste dos Estados Unidos, mas logo expandiu a sua linha de atuação. Em 1957, a orquestra excursionou por todo o país e mais tarde por toda a Europa e Japão. Norman Granz capitalizou bastante em cima do grupo, pois mantinha sob contrato a maioria dos músicos através da gravadora Verve, o que lhe possibilitava gravar todos os concertos e editá-los quando bem entendesse. Durante algum tempo Granz gerenciou a carreira de Oscar Peterson e também produziu uma série de oito memoráveis songbooks apresentando Louis Armstrong, Oscar Peterson, Ella Fitzgerald, Joe Pass e Stan Getz, entre outros. Em 1960, Granz vendeu a Verve Records para a Metro Goldwin Mayer e se aposentou para morar na Suíça onde viveu tranquilamente por mais quarenta anos. Atualmente, a Verve pertence à Universal Music Group.

 

Algumas gravações feitas pela Verve Records (músicos diversos)

Autumn Leaves (Johnny Mercer-Jacques Prévert-Joseph Kosma)

C Jam Blues (Duke Ellington)

Cotton Tail (Duke Ellington)

Don’t Be That Way (Benny Goodman-Edgar Sampson-Mitchell Parish)

Don’t Blame Me (Jimmy McHugh-Dorothy Fields)

I Can’t Get Started (Vernon Duke-Ira Gershwin)

I’ll Remember April (Gene DePaul-Don Raye-Patricia Johnston)

My Romance (Richard Rodgers-Lorenz Hart)

September Song (Kurt Weill-Maxwell Anderson)

Shiny Stockings (Frank Foster)

That Old Black Magic (Harold Arlen-Johnny Mercer)

These Foolish Things (Harry Link-Jack Strachey-Holt Marvell)

Undecided (Charlie Shavers-Sydney Robin)

What Is This Thing Called Love? (Cole Porter)

Yesterdays (Jerome Kern-Otto Harbach)

 

 

sexta-feira, 9 de abril de 2021

 


SINOPSE DO PROGRAMA SEXTA JAZZ DE 20/04/2018
RÁDIO UNIVERSIDADE FM - 106,9 Mhz
São Luís-MA

SALSA BREZINSKI

Salsa Brezinski é um bluesman residente em Vitória-ES que atua como cantor, compositor e sax-tenorista – e também desenhista e gravurista. Salsa esteve em São Luís-MA no ano passado e participou de diversas jam sessions com os blueseiros e jazzistas locais, deixando como lembrança da sua visita este CD "Salsa Brezinski Blues" com nove composições de sua autoria gravadas entre 2015 e 2016 na aprazível Praia do Canto, litoral capixaba, com letras em inglês e em português.
O blues é um gênero musical originado no fim do século 19, tendo se desenvolvido a partir das raízes das músicas africanas, canções de trabalho, spirituals e baladas de narrativas simples. A escala utilizada, a progressão de acordes específica e a divisão dos seus compassos fizeram do blues uma das manifestações mais importantes da história da música americana. O blues foi um dos componentes responsáveis pela existência do jazz, e hoje pode ser apreciado em diversas versões, como Delta Blues, Chicago Blues, Country Blues, Louisiana Blues, Harmonica Blues, Blues-Rock, West Coast Blues e Rhythm 'n' Blues, estes dois últimos os mais explorados pelas jazzistas.      

Sexta Jazz, nesta sexta, oito da noite, produção e apresentação de Augusto Pellegrini

                                                                                                                                    

 

 

 

quinta-feira, 8 de abril de 2021

 


AS CORES DO SWING
           (Livro de Augusto Pellegrini)

BANDLEADERS E DISCOGRAFIA


JAY MC SHANN (1916-2006) 

Nome completo – James Columbus McShann

Nascimento – Muskogee-Oklahoma-EUA

Falecimento – Kansas City-Missouri-EUA

Instrumento – piano e cantor

 

Comentário – Jay McShann, também conhecido pelo apelido de Hootie, era um pianista autodidata que teve como modelo o também pianista Earl “Fatha” Hines, especialista em ragtime, blues e no estilo pianístico denominado stride. McShann costumava executar um tipo de piano-blues mais voltado para o solo, mas aos poucos foi se acostumando com um novo som orquestral vindo do vizinho estado de Kansas, embrião daquilo que no futuro ganharia o nome de swing. Jay McShann começou a se apresentar profissionalmente em 1931, viajando pelos estados de Oklahoma e Arkansas ao lado do saxofonista Don Byas. Em 1936 ele se mudou para Kansas City, onde formou inicialmente um trio com o trompetista Oliver Todd e o baterista Elmer Hopkins, depois outro trio com o saxofonista Buster Smith e o trompetista Dee Stewart, até que conseguiu montar a sua primeira orquestra, na verdade um octeto, contratando entre outros um jovem saxofonista que se notabilizaria como um gênio do instrumento – Charlie Parker. McShann e sua orquestra foram brilhar em Nova York em 1942, alcançando um grande sucesso, mas os problemas com a Segunda Guerra Mundial começaram a inviabilizar as grandes bandas e ele resolveu então parar as suas atividades e se alistar no exército americano. Quando retornou da Europa e tentou o recomeço, McShann não conseguiu repetir o sucesso anterior como bandleader e voltou a se dedicar ao piano, desta vez com uma sonoridade estilo Count Basie, formando um pequeno grupo de blues, do qual fazia parte o cantor James Witherspoon.  Nos vinte anos seguintes, Jay McShann enfrentou um período de relativa obscuridade dentro do show business, até que em 1969, ele retornou ao spotlight cantando blues e swing, mantendo-se em atividade até o final dos anos 1990 e completando cerca de sessenta anos de apresentações, vindo a falecer aos noventa anos de idade.

 

Algumas gravações 

All Of Me (Seymour Simons-Gerald Marks)

Confessin’ The Blues (Jay McShann-Walter Brown)

Gee Baby, Ain’t I Good To You? (Don Redman-Andy Razaf)

Get Me On Your Mind (Pete Johnson)

Hold’Em Hootie (Jay McShann)

Hootie Blues (Jay McShann-Charlie Parker)

I’ve Found A New Baby (Jack Palmer-Spencer Williams)

Just Squeeze Me (But Don’t Tease Me) (Duke Ellington-Leo Gaines)

Kansas City (Little Willie Littlefield)

Lullaby Of Birdland (George Shearing-George David Weiss)

McShann Bounce (Jay McShann)

Moten Swing (Bennie Moten-Buster Moten)

So You Won’t Jump (Jay McShann-Gene Ramey)

Swingmatism (Jay McShann-William Scott)

What A Wonderful World (Bob Thiele-George David Weiss)

When I’ve Been Drinking (Numa Lee Davis)

 

quarta-feira, 7 de abril de 2021

 


NOVOCABULÁRIO INGLÊS

(Copyright FluentU) 

(ver tradução após o texto)

 

WHIPPERSNAPPER 

Originally a WHIPPERSNAPPER would be somebody who snaps a whipper, but back in the 17th century it was a mixture of two terms: “whipper” referred to a lazy person with no ambitions, and “snapper” was used for young people who lived on the street and did bad things, like stealing and tricking people. This meaning has changed again over the years, and today it’s used for a person who is too confident and perhaps a little cheeky. It’s a perfect word for a child who just can’t stop questioning and correcting their parents.

  

            Mother: “Come here, please”
             Child: “No, I’m busy”
            Mother: “I asked you to please come here”
             Child: “No. Dad said when people are busy you shouldn’t disturb them. So please leave me alone!”
             Mother: “Well, you little whippersnapper…!”

           

                       TRADUÇÃO

 

METIDO A BESTA

Originalmente, WHIPPERSNAPPER seria alguém que estala (“snaps”) um chicote (“whip”), mas já no século 17 ele era uma mistura de dois termos da época: WHIPPER se referia a uma pessoa preguiçosa e sem ambições, e SNAPPER se referia a adolescentes que viviam nas ruas cometendo pequenos delitos, como roubo e vigarice. Ao longo dos anos, o termo mudou novamente e agora é usado para definir uma pessoa que age de forma insolente. É a palavra perfeita para uma criança que vive questionando e corrigindo os pais.   

 

Mãe: “Venha aqui, por favor”
             Criança: “Estou ocupado”
             Mãe: “Eu disse para você vir aqui”
            Criança: “Não. Meu pai falou que não se deve perturbar as pessoas que estão ocupadas. Então, me deixe em paz”
             Mãe: “Escute aqui, seu malcriado!...

 

 


SINOPSE DO PROGRAMA SEXTA JAZZ DE 30/12/2016 e 14/10/2018
RÁDIO UNIVERSIDADE FM - 106,9 Mhz
São Luís-MA

SYLVIA TELLES
AMOR DE GENTE MOÇA

Sylvia Telles representa a alma da bossa nova mesmo antes de o estilo ser oficialmente reconhecido através do violão de João Gilberto. Quando a bossa nova explodiu nas praias e nos apartamentos da Zona Sul do Rio de Janeiro, a cantora imediatamente se identificou e foi identificada como parte do movimento. Sylvia Telles foi uma das melhores intérpretes da música brasileira que modernizou os anos 1950 e muito ajudou na criação do novo estilo ao lado de nomes como Dick Farney, Lúcio Alves e Johnny Alf. Todas as músicas do programa desta sexta-feira foram compostas pelo maestro Antonio Carlos Jobim, com a riqueza dos arranjos e da regência do maestro Lindolpho Gaya. Aqui você se encontrará com "Dindi", "Discussão", "Fotografia", "A felicidade" e "Só em teus braços" entre outras preciosidades compostas por Tom.

Sexta Jazz, nesta sexta, oito da noite, produção e apresentação de Augusto Pellegrini

                                                                                                                                    

 

 

segunda-feira, 5 de abril de 2021

 


AS CORES DO SWING
           (Livro de Augusto Pellegrini)

BANDLEADERS E DISCOGRAFIA  


Harry Roy (1900-1971) 

Nome completo – Harry Lipman

Nascimento – Londres-Inglaterra

Falecimento - Londres-Inglaterra

Instrumento - clarinete

 

Comentário - Harry Roy foi um bandleader inglês bastante conceituado durante quase quarenta anos (do início dos anos 1920 até meados dos anos 1960). Ele começou a estudar música na adolescência, enquanto trabalhava na fábrica de papelão do seu pai, e já na época tocava vários instrumentos. Em 1919, quando a Original Dixieland Jazz Band excursionou pela Inglaterra, Harry ficou impressionado com o clarinetista Larry Shields e decidiu investir no instrumento. Em 1920, Harry formou uma banda com seu irmão, o pianista Syd Lipman, chamada “The Damswells”, logo trocado pelo mais pomposo nome de “Roy Brothers Original Lyrical Five”, que foi novamente alterado em 1927 para “Original Crichton Lyrical Orchestra”. A orquestra gravou para diversos selos e tocou nos melhores clubes de Londres, excursionando em 1928 pela França, Austrália, Tasmânia e África do Sul, e em 1930 por toda a Alemanha. Em 1931, Syd passou a cuidar da administração e do gerenciamento da orquestra, que adotou então o nome de Harry Roy & His Bat Club Boys, que foi mais tarde finalmente alterado para Harry Roy And His Orchestra. Roy dividia seu tempo entre os palcos – como a bem-sucedida temporada de dois anos (1935-1936) no afamado Mayfair Hotel – e o cinema, aparecendo nas películas “Everything In Heaven” em 1935 e “Rhythm Racketeers” em 1936. Em 1938, durante a Segunda Guerra Mundial, Harry Roy voltou a excursionar com sua orquestra por toda a Inglaterra, e depois pela América do Sul e pelo Oriente Médio. Naquela ocasião, ele tentou levar a orquestra para os Estados Unidos, mas não conseguiu o visto de entrada no país em virtude do conflito. Cansado, Harry achou então melhor dissolver a orquestra e abrir um restaurante, onde continuou tocando ocasionalmente. A última apresentação pública de Harry Roy como músico se deu em 1969; logo depois, ele adoeceu gravemente e abandonou a música, vindo a falecer dois anos depois. Roy deixou uma marca importante na história do jazz orquestrado europeu.

 

Algumas gravações 

Bugle Call Rag (Jack Pettis-Elmer Schoebel-Billy Meyers)

Bye Bye Baby (George Gershwin-Ira Gershwin)

Elmer’s Tune (Dick Jurgens-Sammy Gallop-Elmer Albrecht)

Goody Goodbye (Nat Simon-James Cavanaugh)

Goody Goody (Johnny Mercer-Matty Malneck)

It’s Funny To Everyone But Me (Jack Lawrence)

Let’s Call The Whole Thing Off (George Gershwin-Ira Gershwin)

Lullaby Of Broadway (Al Dubin-Harry Warren)

My Girl’s Pussy (Harry Roy)

My Hat’s On The Side Of My Head (Brown Woods)

No Name Rag (Harry Roy)

Nobody’s Sweetheart (Gus Kahn-Elmer Schoebel-Billy Meyers-Ernie Erdman)

Smoke Gets In Your Eyes (Jerome Kern-Otto Harbach)

Tangerine (Johnny Mercer-Victor Schertzinger)

The Roy Rag (Harry Roy)

Tiger Rag (Nick LaRocca-Eddie Edwards-Henry Ragas-Tony Sbarbaro-Larry Shields)