A COPA DAS CONFEDERAÇÕES
(Leia também o blog http://augustopellegrini.blogspot.com.br)
Durante o período de 17 de junho a 2 de
julho será realizada na Rússia a Copa das Confederações de 2017.
O evento, que agora faz parte do
calendário da Fifa, começou romanticamente em 1992, como um simples torneio de
verão para movimentar as atividades esportivas da Arábia Saudita.
Depois que a Fifa chancelou o torneio,
em 1997, ele passou a agregar a finalidade de servir como ensaio para a Copa do
Mundo que se realizará no ano seguinte, neste caso, Rússia-2018. Na ocasião são
testados alguns aspectos importantes como segurança, mobilidade, serviços
paralelos, alojamentos e condições dos estádios.
As seleções participantes também poderão
fazer experiências para a montagem de equipes sólidas para 2018, sua maior
ambição, isto é, teoricamente o torneio também deveria servir de teste para as
seleções que dele participam e que estarão presentes na Copa do Mundo, mas isto
não funciona bem assim. As principais seleções costumam esconder o jogo e
voltar seu principal foco no ganho financeiro que a competição lhes dá.
Nas edições realizadas desde que assumiu
o seu formato atual, o campeão da Copa das Confederações nunca foi o campeão da
Copa do Mundo seguinte, o que está começando a virar um tabu.
A Copa das Confederações é um torneio
realizado com este nome desde 1997. Ele nasceu com a criação da Copa do Rei
Fahd, disputada na Arábia Saudita em 1992 e 1995 e teve como campeões Argentina
e Dinamarca.
A partir de 1997 a Copa foi
definitivamente açambarcada pela Fifa, sendo disputada a cada dois anos de 1997
a 2003 e a cada quatro anos de 2005 em diante, sempre no ano anterior e no
local onde será realizada a Copa do Mundo.
Somente em três das sete disputas até
agora o anfitrião ganhou (México em 1999, França em 2003 e Brasil em 2013). Os
outros quatro torneios foram conquistados pelo Brasil (1997, na Arábia
Saudita), França (2001, na Coréia do Sul/Japão), Brasil (2005, na Alemanha) e
Brasil (2009, na África do Sul).
Assim, o Brasil é o maior vencedor, com
quatro títulos, vindo a seguir a França com três, e o México, a Dinamarca e a
Argentina com uma conquista cada um.
São oito os disputantes da Copa das
Confederações. Sete países são qualificados de acordo com as suas conquistas
prévias e o oitavo é aquele que representa a sede do torneio. Neste ano estarão
presentes a Rússia (país anfitrião), a Alemanha (campeã do mundo, em 2014), a
Austrália (campeã da Copa da Ásia, em 2015), o Chile (campeão da Copa América,
em 2015), o México (campeão da Copa Ouro Concacaf, em 2015), a Nova Zelândia
(campeã da Copa das Nações da Oceania, em 2016), Portugal (campeão da Eurocopa
UEFA, em 2016) e Camarões (campeão da Copa das Nações Africanas em 2017).
O maior artilheiro da competição é o
brasileiro Romário, com sete gols assinalados em 1997. A seguir vêm Ronaldinho,
também do Brasil, com seis gols em 1999, os brasileiros Adriano (2005), Luís
Fabiano (2009) e Fred (2013) e o espanhol Fernando Torres (2013) com cinco gols
marcados. Com quatro, os franceses Robert Pirès (2001) e Thierry Henry (2003).
É significativo ser observado que desde
que o torneio foi regulamentado e administrado pela Fifa em 1997, esta é a
primeira vez que o Brasil fica fora, pois não é o país sede, não é o atual
campeão do mundo nem é o atual campeão da Copa América.
(Artigo publicado no caderno de Esportes do
jornal O Imparcial de 16/06/2017)