sexta-feira, 30 de dezembro de 2016





Os primeiros dois versos se referem a uma música que eu denominei Mágoa de Verão, composta no início da década de 1960. Os dois outros versos correspondiam a outra música também feita na época, que não chegou a ter um título porque eu percebi que as duas partes se encaixavam perfeitamente tanto na melodia quanto na letra e acabei juntando as duas partes numa só. A música é uma bossa nova lenta.


MÁGOA DE VERÃO

Se dor fosse como a chuva
Que há em dia quente
Cai, passa depressa
Passa de repente
Mágoa de verão
Não passa logo, não

Se amor fosse como a folha
De árvore que chora
Cai devagarinho
Vento leva embora
Mas amor não vai
Fica no coração

Chove, a noite é fria
Chovem meus olhos também
Foge a paz que havia
Não pode haver mais ninguém
Não pode haver poesia
Não pode haver mais amor
Cadê aquela alegria?
Cadê? A chuva levou

Chove, a noite é quieta
Parece até procurar
Pela luz do dia
Pra esta tristeza acabar



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