domingo, 26 de novembro de 2017




O GRÊMIO E A LIBERTADORES


Na próxima quarta-feira o Grêmio estará em Buenos Aires na busca do título da Copa Libertadores 2017. Para tanto, precisa de tão somente um empate diante do Lanús ou de perder por um gol de diferença e tentar a sorte nos pênaltis.
Com a vitória apertada sobre os argentinos na quarta-feira por um solitário 1x0, os gaúchos deram um importante passo para chegar ao tricampeonato da Copa Libertadores, podendo se igualar ao Santos (campeão em 1962, 1963 e 2011) e ao São Paulo (campeão em 1992, 1993 e 2005) entre os clubes brasileiros que venceram a competição por três vezes.
O Grêmio Foot-Ball Portoalegrense foi campeão em 1983 e 1995 em disputas contra o Peñarol (Uruguai) e Atlético Nacional (Colômbia) respectivamente.
Em 1983 a competição contou com 20 clubes de 10 países - o Brasil foi representado pelo Grêmio e pelo Flamengo (respectivamente vice-campeão e campeão brasileiro).
Naquele tempo a tabela agrupava cinco grupos de quatro times cada. No grupo do Grêmio estavam o Flamengo e dois clubes bolivianos -  Bolivar e Blooming - e o tricolor gaúcho se classificou com facilidade, abrindo cinco pontos para o Flamengo, segundo colocado.
Nas semifinais os gaúchos eliminaram o Estudiantes (Argentina) e o América de Cali (Colômbia) com duas vitórias em casa e dois empates no campo dos adversários.
A final reuniu Grêmio e Peñarol (Uruguai), com um empate de 1x1 em Montevidéu e uma vitória tricolor por 2x1 no Estádio Olímpico em Porto Alegre.  Ambas as partidas tiveram um público superior a 70 mil pessoas, sendo a partida final realizada no dia 28 de julho, data em que o Grêmio comemorava 80 anos de fundação, o que só fez aumentar a festa.
O Grêmio jogou com Mazaropi;  Paulo Roberto, Baidek e De León;  Casemiro, China, Osvaldo e Tita; Renato, Caio (Cesar) e Tarcísio, com o técnico Valdir Espinosa. 
A imagem do jogo foi a do capitão De León - zagueiro do Grêmio que havia defendido o Nacional, arqui-rival do Peñarol - erguendo a taça com a testa ensanguentada. Os gols brasileiros foram anotados por Caio, aos 10 minutos de jogo, e Cesar aos 31 minutos do segundo tempo, cinco minutos depois dos uruguaios terem empatado.
Em 1995, doze anos depois, o Grêmio conquistaria a sua segunda Copa, numa competição com 21 clubes, repetindo a fórmula de 1983, mas incluindo o campeão do ano anterior. O Brasil foi representado pelo Grêmio (campeão da Copa do Brasil) e pelo Palmeiras (campeão brasileiro).
A tabela novamente agrupava cinco grupos de quatro times cada. No grupo do Grêmio estavam o Palmeiras e o Emelec (Equador) e as três equipes se classificaram. O quarto time era o El Nacional (Equador), que foi eliminado nesta fase.
 A fase final se constituiu de um mata-mata com 16 clubes se eliminando a partir de uma tabela com 8 jogos. Na sequência, o Grêmio eliminou o Olimpia (Paraguai) com duas vitórias, o Palmeiras, no saldo de gols, com uma vitória e uma derrota , e o Emelec, com uma vitória e um empate.
Nas duas partidas finais o Grêmio se defrontou com o Atlético Nacional, vencendo a primeira partida no Estádio Olímpico, em Porto Alegre, por 3x1 e empatando a segunda por 1x1 no Estádio Anastasio Girardot, em Medellin, Colômbia.
O título veio com um gol de pênalti assinalado por Dinho aos 40 minutos do segundo tempo. Os heróis da jornada foram Danrlei; Arce, Rivarola, Adilson e Roger; Dinho, Luís Carlos Goiano e Carlos Miguel; Paulo Nunes, Jardel e Arilson, com o técnico Luís Felipe Scolari. 
Além do Santos e do São Paulo, ambos tricampeões e do Grêmio, bicampeão na busca pelo terceiro título, o Brasil possui outros nove títulos que são: Cruzeiro (1976 e 1997), Internacional (2006 e 2010), Flamengo (1981), Vasco da Gama (1998), Palmeiras (1999), Corinthians (2012) e Atlético Mineiro (2013). São 17 títulos, 7 a menos que os argentinos, que têm 24, e 9 a mais de o Uruguai, que tem 8. Os outros países vêm bem abaixo: Colômbia e Paraguai têm 3 conquistas, Chile e Equador tem apenas uma cada um e Peru, Bolívia e Venezuela nunca venceram o torneio.                


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